3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2007, com complemento em 2008: Mais uma delícia da série ah, como era melhor o cinema nos anos 30 a 60 – e mais uma das quase incontáveis provas de que ainda há muitos clássicos da era dourada a serem vistos. É uma espécie assim – quase 50 anos à frente – de Patch Adams, de 1998, aquele com o Robin Williams sobre médico que quer dar alegria aos doentes.
Aqui, Cary Grant faz o papel um médico absolutamente especial, anticonvencional, talvez como todos devessem ser, em cuja clínica, por exemplo, as pessoas comem a hora que quiserem (e não na hora que as enfermeiras determinam). Um colega da faculdade de Medicina onde ele dá aulas, pessoa de caráter e estatura moral pequenos, por ciúme e inveja, tenta investigar o passado dele, para descobrir algum podre que possa bani-lo do quadro de professores.
Paralelamente, o médico se apaixona por uma jovem solteira que está grávida (epa: outro tema muito adiante da época do filme) de um caso eventual. A moça é interpretada porJeanne Crain, um dos mais perfeitos rostos femininos de Hollywood.
Sofisticado, inteligente, irônico, mordaz, como tudo em que o diretor Joseph L. Mankiewicz põe a mão.
Dizem que é Pecado/People Will Talk
De Joseph L. Mankiewicz, EUA, 1951.
Com Cary Grant, Jeanne Crain, Finlay Currie, Hume Cronyn
Roteiro Curt Goetz e Joseph L. Manckiewicz
Baseado na peça de Curt Goetz
Produção Darryl F. Zanuck, 20th Century Fox.
P&B, 110 min.
Acabei de ver e achei uma maravilha, dizem que é o filme preferido de Mankiewicz.
Talvez os métodos do medico sejam considerados até ingênuos atualmente, mas para o momento da medicina que se vive atualmente no Brasil o cara é revolucionário.
O engajamento do diretor é sutil e elegante, não aquelas pedradas quase infantis do Jules Dassin, por exemplo, que quanto mais engajado, menos sutil.