3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2006, com complemento em 2008: Eis aí um filme surpreendente, um bom thriller do novo cinema francês, muito amargo e muito triste. Extremamente bem feito, com os personagens bem construídos, ele é daquele tipo que deixa o espectador em choque, apavorado diante das loucuras de que o ser humano é capaz.
Audrey Tautou faz Angélique (fina ironia, a escolha deste nome), uma bela e jovem estudante de arte talentosa – e faz o personagem com brilho, com aquele rostinho que ora parece angelical, maroto, a pura joie de vivre (como em Amélie Poulin), ora fica bem sombrio, apavorantemente sombrio, à beira da demência.
Angélique está perdidamente apaixonada por Loïc (Samuel Le Bihan), um cardiologista casado, cuja bela e jovem mulher, Rachel (Isabelle Carré) está grávida do primeiro filho. O comportamento de Angélique vai passando por alterações cada vez maiores, mais profundas, assustadoras.
E então o espectador vai percebendo que o que está vendo não é uma comedinha romântica; o AllMovie chama o filme de comédia de humor negro, mas não há absolutamente nada cômico aqui; há negror, sim, mas não há traço algum de humor.
Só bem mais tarde veremos que este é daquele tipo de história contada duas vezes, em duas versões completamente diferentes, vista de perspectivas quase opostas, como no livro O Colecionador, de John Fowles – talvez este seja o melhor exemplo de como a diretora e co-roteirista Laetitia Colombani estruturou sua narrativa.
E no final, no finalzinho, a última seqüência, ainda trará um último tapa na cara do espectador.
É impressionante ver como é jovem essa moça que soube contruir tão bem sua história e elaborou tão bem seu filme, o segundo que dirigiu: nasceu em 1976, portanto estava com 26 anos! Depois deste, ela faria quatro outros filmes; infelizmente, ainda não vi nenhum deles.
Bem me quer, Mal me quer/À la Folie… Pas du Tout
De Laetitia Colombani, França, 2002.
Com Audrey Tautou, Samuel Le Bihan, Isabelle Carré
Roteiro Laetitia Colombani e Caroline Thivel
Cor, 92 min.
Assisti no finalzinho da noite de ontém.
Gostei muito. Grande filme.
Na verdade, mais um ótimo filme que vejo com a Audrey Tautou,o outro foi “A delicadeza do amor”. Aliás neste, eu disse que a Tautou me lembrava a Hepburn nem tanto pela beleza mas pelo talento e magreza.Eu não quiz dizer que a Tautou é feia, porque não é mesmo. Gosto muito daquele jeito de olhar que ela tem e, ainda mais quando está sorrindo. Mas, acho que a Hepburn era mais bonita.
O título do filme aqui no Brasil nos engana.
Nos faz acreditar que vamos assistir uma comédia romântica e não é nada disso.
Já o título original, tem tudo a ver.
E é este filme maravilhoso.
” todos sonham em viver um grande amor, eu apenas sonhei mais forte que os outros ” .
” Há um mundo na minha cabeça diferente do mundo real ” .
Achei que de uma certa maneira aquele médico alimentou aquilo na cabeça dela.
Em tempo: já vi também com a Tautou, “Coisas belas e sujas” mas, faz muito tempo e não lembro de todo o filme. Vi na TV. Tenho que ver outra vez.
E, peguei na internet, 15 filmes com ela que pretendo ver mas não estou encontrando nas locadoras nem online.
Estou ficando fã da Tautou.
Um abraço !!