3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2004, com acréscimo em 2008: A sensação que dá, imediatamente, é: pois não é que a mulher do Bertolucci é melhor do que ele? Enquanto o italiano anda cada vez mais chato, fazendo filmes deprê, soturnos, com personagens angustiados não se sabe muito bem por quê, sua mulher pegou, para estrear na direção, um texto (do século XVIII!) gostoso, divertido, saboroso, bem-humorado, alegre.
Mira Sorvino, um encanto, está uma total gracinha. Ben Kingsley e Fiona Shaw estão brilhantes.
Clara Peploe não tenta inventar muito. O pouco que inventa é uma delícia – durante rápidos momentos, ao longo do filme, surgem espectadores atuais vendo a trama passada num reino semelhante à França pré-revolução. Ao final, os atores se apresentam ao público como no teatro, e o letreiro informa que O Triunfo do Amor foi encenado pela primeira vez em 1732, ou 1772, algo assim.
Ah, sim, a trama. A sinopse, pego do AllMovie, que acrescenta duas boas informações:
“Uma bela princesa (Mira Sorvino) cujo trono é ameaçado se apaixona à primeira vista pela pessoa que é o herdeiro legítimo do trono, um jovem solitário chamado Agis (Jay Rodan) na comédia romântica de Clare Peploe O Triunfo do Amor. O filme foi adaptado de uma peça do século XVIII de Marivaux. O marido de Peploe, Bernardo Bertolucci, co-escreveu o roteiro e produziu o filme, que foi feito em uma câmara – na maior parte usada na mão – de 16 mm.”
O Triunfo do Amor/The Triumph of Love
De Clara Peploe, Itália-Inglaterra, 2001
Com Mira Sorvino, Ben Kingsley, Fiona Shaw, Jay Rodan
Roteiro Clara Peploe, Marilyn Goldin e Bernardo Bertolucci
Baseado na peça de Pierre de Marivaux
Cor, 112 min