O Silêncio do Lago / Spoorloos


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997: Já tinha ouvido falar desse filme, premiado em vários festivais e elogiado pela crítica; sabia que Hollywood tinha chamado o diretor, um holandês, para refazer a história dentro dos padrões hollywoodianos; a refilmagem, feita cinco anos depois, com Kiefer Sutherland e Jeff Bridges, é bastante inferior, segundo três críticos no Cinemania.

Pois bem. É, de fato, um belo filme. Um exemplo de como é possível fazer um thriller de muito suspense sem uma gota de sangue. O cara consegue criar um clima envolvente, denso, e manter o suspense o tempo todo, embora não negue ao espectador o conhecimento de quase todas as ações do criminoso.

Se você não viu o filme, não leia a partir de agora

 O final é de uma crueldade absurda, daquelas coisas que o velho Código Hays não deixaria passar de forma alguma, e que é bem o reflexo da vida real – o criminoso, que se autodefine como um sociopata, casado, duas filhinhas, boa família, boa formação, professor de química, sai ileso; provavelmente nunca será alcançado pela Justiça.

O Silêncio do Lago/Spoorloos

De George Sluizer, Holanda-França, 1988.

Com Bernard-Pierre Donnadieu, Gene Bervoets, Johanna Ter Steege,

Roteiro Tim Krabbe e George Sluizer

Baseado na história de Tim Krabbe

Cor, 107 min

 

3 Comentários para “O Silêncio do Lago / Spoorloos”

  1. Acabei de assistir. Bem, eu vou discordar desses 3 críticos do Cinemania que voce citou Sergio. Não sei a tua opinião, não sei se viste a refilmagem americana,com a Sandra Bullock também. Eu gostei sim, deste filme.
    Na verdade, não quería ver pois, já tinha visto a refilmagem há muito tempo e gostei bem mais. Não aprecio bem refilmagens,aqui foi uma exceção.
    Achei que nos dois filmes a neurose, psicose do cara, a família, os motivos deveríam ser mais “mostrados”. Para mim, uma diferença importante da refilmagem para este original, é que nela, mostra como foi que o marido da desaparecida conheceu a nova namorada. Neste original ela aparece de repente,já estão namorando. E, opinião minha, o Jeff Bridges dá show, a atuação dele é bem superior que a do Donnadieu. Não sei se concordas,como já disse não sei se viste a refilmagem.
    É um suspense maravilhoso sem dúvida. E,na refilmagem ele é ainda maior.
    Na produção americana, a namorada dele fica ao seu lado até o final mas, era preciso ou não havería aquele final.
    Talvez, outro motivo que tenha feito eu gostar mais do filme americano, é que ao contrário deste como dizes,o crime não ficou impune.
    Eu havia comentado contigo sôbre este filme quando opinei sôbre “Um sonho Possível” e te falei de uns 4 filmes que tinha visto com a Sandra,sendo que neste a participação dela é pequena, foram os que lembrei mais rápido.
    Eu li que esta produção França-Holanda foi muito aclamada por críticos de vários países e foi escolhido para representar o cinema holandes no oscar de 1988 mas não foi qualificado por ter muitos diálogos em frances.
    Em suma: gostei sim, deste original,suspense maravilhoso, a impunidade é que me chateia.
    Gostei mais do segundo com clichês e tudo .

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