(Disponível na Netflix em 7/2024.)
Depois de dezenas de longa-metragens e séries produzidas em Hollywood – 33, para ser exato –, o diretor Rodrigo García, nascido em Bogotá em 1959, rodou no México o primeiro filme em sua língua. Ele nos faz acompanhar um dia importante na vida de uma família de gente como a gente, do final de uma noite até o final da noite seguinte – e é uma experiência enriquecedora. Família. são 105 minutos de bom cinema.
Há muitos filmes sobre reuniões familiares – felizmente, já que vida em família é um tema importante, fundamental, que diz respeito a absolutamente todo mundo, muito diferentemente de roubos, sequestros, assassinatos, tema de um número absurdo de filmes. Sempre digo – e não me incomoda repetir – que há muito mais filmes sobre bandidos do que sobre pessoas comuns, como o eventual leitor e eu, os amigos dele e os meus.
Assim, todos os filmes sobre laços afetivos, vida em família são bem-vindos – é claro que em especial os bons, como são sempre os filmes desse colombiano talentoso. Mas me ocorreu que a maior parte dos que mostram reuniões familiares costumam exacerbar nos conflitos, nos dramas, nas chagas, As famílias são em geral disfuncionais demais, problemáticas de maneira exagerada demais.
Tudo bem, não são tantas assim as famílias ajustadas, tranquilas, resolvidas – e, diabo, se uma família é absolutamente ajustada, tranquila, resolvida, não dá samba, não é mesmo? Nem samba, nem muito menos tango, ou filme.
Mas também não precisa necessariamente exagerar, acho eu.
Família. (assim, com ponto final no título), história original de Rodrigo Garcia e Bárbara Colio, com roteiro dos dois, mostra uma família de pessoas que têm problemas, questões, dúvidas, angústias – mas sem exagero. Uma família, portanto, como a imensa maioria das famílias. “Normal” – com aspas, porque, é claro, de perto ninguém é normal, como Caetano Veloso felizmente nos faz lembrar.
A reunião da família do patriarca Leo (o papel de Daniel Giménez Cacho) tem um tema importante e polêmico a ser discutido, tem enfrentamentos, desentendimentos, alguns berros, gente decidindo ir embora imediatamente por não aguentar mais, revelações de segredos. O suficiente para haver drama, momentos cômicos. Tem o tal do pathos – mais do que suficiente para fazer o espectador se interessar pela história, pelos personagens, se envolver emocionalmente. Mas sem exageros. Sem ser over do over.
Fiquei pensando nisso, depois que vimos, com grande prazer, o filme. Talvez esta seja sua principal característica. É um filme sobre vida em família que não exagera, não é over.
Tem uma outra característica que me pareceu fascinante. Família., diferentemente de muitos filmes sobre famílias, não apresenta assim propriamente um momento que é um divisor de águas, um “great divide” de que fala a canção de Kate Wolf, um “continental divide” que é o título de um filme de Michael Apted com John Belushi e roteiro original do grande Lawrence Kasdan (no Brasil Brincou Com Fogo… Acabou Fisgado!, 1981). Um momento que muda tudo, e nada será como antes, como diz a canção de Milton e Ronaldo Bastos.
Até porque essa coisa de que há um momento na vida em que tudo mudo, e nada será como antes, fica bem na literatura, na poesia, mas a vida real é um tanto diferente. Na vida real, tudo é processo – as decisões vão se cristalizando pouco a pouco. A gente muda, sim, claro – mas ao longo do tempo.
Ao final da noite após a família de Leo ter ficado reunida praticamente todo o dia, decisões foram tomadas – ou encaminhadas. Mas ainda há muitas dúvidas.
A vida da gente costuma mesmo ter mais dúvidas que certezas absolutas.
Ficamos conhecendo de uma vez 11 pessoas da família
Como em geral acontece em filmes em que há diversos personagens, o espectador pode levar um tempinho para entender exatamente quem é quem, qual é a relação entre fulano e sicrano, o que é mesmo que sicrana é de fulano. Bem, eu, pelo menos, fiquei um tanto confuso nos primeiros minutos do filme, enquanto vamos sendo apresentados aos diversos personagens – algo que sempre me acontece.
Quando, ali pelos 25 dos 105 minutos do filme, as 11 pessoas da família de Leo se juntam para o almoço à ampla mesa colocada sobre a grama, embaixo das árvores, a uma certa distância da casa da grande fazenda, já conhecemos as informações básicas todas, já estamos nos familiarizando com as pessoas. (E a intenção não foi fazer um trocadilho – é porque este é o termo perfeito para a situação.)
Na primeira sequência do filme, é tarde da noite, e o homem de aí uns 60 e tantos anos que será o protagonista da história, Leo, ainda está trabalhando no escritório da sua casa, fazendo contas. Levanta-se para dar uma última andada pela casa antes de entrar para o quarto e dormir – e, na sala, vê a mulher, Araceli (Vicky Araico), e duas filhas crianças. Araceli – o espectador saberá rapidamente – está morta faz algum tempo. Foi vítima de um acidente seis anos antes da época em que se passa a ação, ficou inconsciente por longo período, antes de morrer.
Morta faz tempo, Aracelli, no entanto, estará presente sempre no filme, nas conversas das pessoas – e, da mesma maneira que apareceu na tela bem rapidamente no início da narrativa, ainda jovem, aparecerá no final, já velha. Os mortos permanecem entre nós.
Tinha sido escritora, recebera prêmio literário importante. Uma mulher marcante.
Leo havia herdado dos pais aquela bela fazenda, na Baja California Norte, a pouca distância de Tijuana, e portanto bem perto da outra Califórnia, a dos Estados Unidos. Trabalhador, esforçado, havia se dado até bastante bem: a fazenda produzia boas azeitonas, e também azeite; era não apenas uma produtora de produtos básicos, mas uma pequena agroindústria, tocada por ele e um bom gerente, Otoniel (Adolfo Madera), com quem se dava muito bem.
Com o que a fazenda produzia, ele e Aracelli haviam criado – e criado bem – as três filhas, agora adultas, maduras, independentes, e a raspa do tacho, um garoto ali de cerca de 12, 13 anos, o único dos filhos que ainda vivia com ele na fazenda.
Depois da morte da mulher, Leo havia tido várias namoradas. Naquele momento que o filme focaliza, estava em uma relação séria, já duradoura, com uma mulher mais jovem, bela, Clara (o papel da espanhola Maribel Verdú, na foto abaixo), uma bióloga, que fazia pesquisa sobre biodiversidade de espécies marinhas. Não viviam juntos – Clara morava na cidade, e sequer mantinha algumas roupas na casa da fazenda, embora Leo já houvesse aberto espaço no armário para ela.
Isso é mostrado logo na primeira sequência do filme – a única que se passa no final da noite anterior à reunião familiar. Pode ser a noite de sexta, ou então a de sábado – isso não é dito explicitamente, até porque tanto faz. E é uma característica interessante do roteiro escrito por Rodrigo Garcia e Bárbara Colio: ele não fica explicitando o que não é necessário explicitar – prefere deixar algumas coisas em aberto.
O que importa é que o dia seguinte àquela noite é um dia de fim de semana, seja sábado ou domingo – e as três filhas de Leo irão todas passar o dia junto com o pai, na fazenda em que nasceram e cresceram.
Uma boa família, de pessoas do bem
A mais velha é Rebeca (o papel de Ilse Salas) – mais velha e também a mais resolvida, mais tranquila. É uma médica anestesiologista, e vai anunciar na reunião familiar que conseguiu o emprego que queria, de chefe do setor de anestesiologia de um hospital em Chicago. É casada com um americano, Dan (Brian Shortall), uma pessoa calma, suave – que, por vir de uma família absolutamente desestruturada, tem admiração pela família de Leo.
Rebeca e Dan têm dois filhos gêmeos adolescentes, Erika e Alan (Andrea Sutton e Zury Shasho). Na verdade, no auge da aborrescência – o que, é claro, incomoda a mãe. Mas o que vemos é que Erika e Alan podem ser aborrescentes, chatos, pentelhos, como tantos e tantos – mas não parecem ter grandes problemas, tipo drogas.
A filha do meio, Julia (Cassandra Ciangherotti, na foto abaixo), está, naquele momento, com o casamento em crise. O marido tinha acabado de descobrir que ela estava tendo um caso – o terceiro de um casamento já de uns 15 anos –, e tinha saído de casa para dar um tempo. Julia mentira para a filha, Amanda, garotinha aí de uns 12, 13 anos, uma gracinha, que o pai viajara a trabalho. Rebeca, a irmã mais velha, a aconselha a se divorciar, e Julia pensa em se divorciar, sim – mas a gente percebe que ainda não tem certeza sobre o que deseja fazer, o que vai fazer.
Mariana, a mais jovem das três irmãs (o papel de Natalia Solián, na foto abaixo), é lésbica, leva para a reunião familiar a nova namorada, Monica (Natalia Plascencia), na boa – e está grávida. A identidade do pai, questionada por todos, ela a princípio não revela. Só vai dizer depois da metade da narrativa, em um momento, após o longo almoço, em que se reúnem as três irmãs, longe do resto das pessoas, e trocam confidências. A revelação do nome do pai da criança que Mariana criará sozinha – ou com Monica, se o namoro continuar firme – deixa as irmãs bastante chocadas.
E, finalmente, Benny, o caçula, a raspa do tacho, um garoto entrando na adolescência (o papel de Ricardo Selmen). Benny é muitíssimo bem tratado, bem criado por Leo, e a relação entre pai e filho é uma maravilha: os dois são apaixonados um pelo outro, são companheiros, Leo fica com o filho o maior tempo possível quando ele não está na escola. O garoto tem síndrome de Down e é espertíssimo, inteligente, repara em tudo, saca tudo – uma figura.
Por exemplo: assim que Mariana apresenta Monica para todos como uma amiga, ao chegar à casa da fazenda, Benny crava: ah, sua namorada… Monica fica curiosa em saber por que ele disse isso, e o garoto responde de bate-pronto algo como “Você é muito parecida com outras namoradas dela”.
Uma boa família, uma família de pessoas do bem. Com seus problemas, é claro – mas nada demais, nada exageradamente disfuncional.
No meio do longo almoço naquele lugar especialmente agradável, gostoso, sobre a grama, sob as árvores, ali pela metade do filme, Leo fará um anúncio muito importante.
Um belo momento de cinema: sete mulheres juntas
Nada fantasticamente extraordinário, não – e provavelmente muitas sinopses do filme adiantam o que é o anúncio que o pai da família faz. Mas acho que não é necessário registrar aqui; como acontece lá pela metade da narrativa, a rigor seria um spoiler.
Sobre os eventos que rolam ao longo daquele dia de reunião familiar, eu ainda quero fazer dois registros. O primeiro é um detalhinho gostoso, saboroso, engraçado, interessante.
Acontece naquele momento após o almoço, todo mundo já com a barriga cheia de boa comida e muito vinho, em que as três irmãs se reúnem em uma espécie de gazebo, entre as árvores, com gostosas poltronas, e conversam sobre a vida o amor a morte. Mariana confessa finalmente quem é o pai do filho que ela espera. Há o susto das irmãs. Falam, discutem – e então chegam ao lugar agradável Clara, Monica, a adolescente Erika e Amanda, a garotinha gracinha. Sete mulheres juntas, de várias gerações.
A garotinhas pergunta por que as irmãs estão brigando. Mariana responde que é “tudo bem discordar às vezes e ficar brava”. Erika, piercing no nariz, se senta ao lado da mãe, Amanda se senta no colo da sua, e vem a pergunta: – “Onde está seu avô?” Amanda conta que ele está ouvindo música e fumando um cigarro.
Rebeca, sorrindo e carinhando a filha aborrescente, pergunta: – “Que música ele está ouvindo?’
Amanda diz que é aquela que tem assim: – “Eu preciso saber…”
As mulheres conversam mais um pouco. As filhas fazem perguntas à namorada do pai – perguntam até mesmo como é ele no papel de namorado. E ela responde!
Um belo momento de meninas. Uma beleza de momento de bom cinema.
Aí a garotinha Amanda diz que se lembrou do resto da música: “Es de noche y necessito saber…”
E logo todas aquelas mulheres estão cantando juntas a versão em espanhol de “Como vai você?”, a canção de Antônio Marcos e Mário Marcos que Roberto Carlos gravou no seu álbum de 1972, e logo depois no álbum En Español, de 1973, com o título de “Qué Será de Ti”.
Rebeca-Ilse Salas, Julia-Cassandra Ciangherotti, Mariana-Natalia Solián, e logo também Monica-Natalia Plascencia, unem suas vozes para cantar os versos que a América Latina toda conhece. Aliás, ao virar “Vem que esta sed de amarte me hace bien”, perdeu-se parte do original, “a sede de te amar me faz melhor” – um dos mais belos versos que Roberto já gravou. Traduttore, traditore… Mas isso é só um detalhezinho mínimo…
Uma relação de afeto entre o patrão e os empregados
O outro ponto que eu faço questão de registrar também é um detalhe – mas eu o considero bem importante.
Além das 11 pessoas da família que se sentam à grande mesa para o almoço domingueiro (ou seria sabadeiro?), há três outros personagens neste Familia. Otoniel (o papel de Adolfo Madera), já citado, o gerente da fazenda, o braço direito de Leo; Teresa (Angeles Cruz), a empregada que está com a família há várias décadas, que cuidou dos três filhos mais jovens de Leo e Araceli, e Eva (Jessie Valcin), uma outra empregada.
Naquele dia em que se passa a ação é que Leo fica sabendo que Otoniel e Teresa, os dois já bem entrados na meia idade, finalmente descobriram que, diacho, se amam, e querem ficar juntos.
O filme de Rodrigo García mostra, em vários, vários momentos, que a relação de Leo e seus filhos com Otoniel e Teresa é de grande afeto, respeito, proximidade, amizade. São várias, várias as indicações disso.
Achei isso bem interessante, importante, fascinante mesmo. Um filme latino-americano que mostra uma relação patrão-empregado cheia de afeto – e não como um exemplo da luta de classes – é algo de fazer a gente tirar o chapéu, aplaudir de pé como na ópera.
Não que seja um caso único. Roma (2018), aquela beleza de Alfonso Cuarón, e o argentino Crimes de Família (2020), também são belíssimas exceções à regra geral que é ver a luta de classes presente em cada casa.
Para o diretor, fazer o filme foi como voltar para casa
Rodrigo Garcia Barcha é um realizador de filmes que centram o foco em pessoas comuns, gente como a gente, e nas relações afetivas. Em Mother and Child, no Brasil Destinos Ligados (2009), por exemplo, aborda as histórias de três mulheres e suas relações com a maternidade, como indica o título original. O título original de seu filme de 2005, Nine Lives, no Brasil Questão de Vida, também já sintetiza que a trama aborda as vidas de nove diferentes personagens – vidas que, de alguma forma, se entrelaçam.
Vários personagens, cujas histórias são levemente entrecruzadas. Assim é também outro filme de García, Coisas Que Você Pode Dizer Só de Olhar Para Ela/Things You Can Tell Just by Looking at Her, de 2000.
O cinema, e em especial o de Hollywood, é um trabalho necessariamente coletivo, que envolve dezenas, às vezes centenas de pessoas, Assim, é muito impressionante como Rodrigo García consegue manter sempre essa coerência na sua obra, abordando sempre o mesmo tipo de história.
Na época do lançamento de Destinos Ligados/Mother and Child, ele afirmou: “Gosto de histórias que acontecem em bairros muito comuns de classe média, em vidas muito comuns de pessoas da classe média. Tenho um desejo forte, teimoso, de contar uma história que acontece no lugar menos exótico que possa haver”.
Neste Família. aqui, saiu do país em que se radicou, fez, como já foi dito, seu primeiro filme na sua própria língua – mas manteve a coerência de sempre. Histórias de vidas muito comuns de pessoas da classe média.
Impressionante.
Dois registros, ainda, sobre este realizador que admiro. Ele é casado com uma mexicana, Adriana Sheinbaum Pardo, que vem a ser a irmã mais moça de Claudia Sheinbaum, eleita neste ano de 2024 presidente do México. Adriana e ele têm duas filhas, Inés e Isabel
Em 2021, ele publicou o livro Gabo y Mercedes: Una despedida, um relato sobre sua relação com os pais, Mercedes Barcha e Gabriel García Márquez.
Segundo reportagem publicada em maio de 2023 na Variety, a revista referência do cinema americano, o realizador estava para assumir a produção executiva da adaptação de Cem Anos de Solidão para as telas, programada para ser rodada na terra natal dele e de seus pais, a Colômbia. Neste mês de julho de 2024 em que vi Família. e escrevo esta anotação, a produção da minissérie de 16 episódios ainda não estava concluída.
Na reportagem da Variety, a repórter Anna Marie De La Fuente relata que García declarou que filmar Família. no México foi “uma grande experiência”: “Grandes produtores e colaboradores, vários dos meus atores e atrizes favoritas do cinema mexicano e o total apoio da Netflix fizeram esse projeto ser uma inesquecível viagem de volta para casa.”
Família., mostra a reportagem – faz parte de um grande projeto da Netflix chamado #QueMéxicoSeVea, a ser desenvolvido ao longo de três anos, ao custo total de US$ 300 milhões, para bancar co-produções com o cinema mexicano. Um dos filmes dentro deste #QueMéxicoSeVea é a adaptação do clássico Pedro Paramo, de Juan Rulfo, o romance que é tido como precursor do boom do realismo fantástico latino-americano – do qual o pai de Ricardo García é um dos principais nomes. Viria a estréia na direção do diretor de fotografia mexicano Rodrigo Prieto, quatro vezes indicado ao Oscar pela fotografia de O Segredo de Brokeback Mountain (2005), Silêncio (2016), O Irlandês (2019) e Assassinos da Lua das Flores (2023).
Só espero que sejam uma boa série e um bom filme essas adaptações de obras literárias tão maravilhosas. Que não sejam uma porcaria como foi O Amor nos Tempos do Cólera.
Mas isso são outras histórias.
Família. é uma beleza de filme.
Anotação em julho de 2024
Família.
De Rodrigo García, México, 2023.
Com Daniel Giménez Cacho (Leo, o pai),
Maribel Verdu (Clara, a namorada de Leo), Ilse Salas (Rebeca, a filha mais velha), Cassandra Ciangherotti (Julia, a filha do meio), Natalia Solián (Mariana. a mais jovem das filhas), Ricardo Selmen (Benny, o filho caçula), Brian Shortall (Dan, o marido de Rebeca), Andrea Sutton (Erika, a filha de Rebecca e Dan), Zury Shasho (Alan. o filho de Rebeca e Dan), Isabella Arroyo (Amanda, a filha de Julia), Natalia Plascencia (Monica, a namorada de Mariana), Angeles Cruz (Teresa, a empregada da família), Adolfo Madera (Otoniel, o gerente da fazenda), Vicky Araico (Araceli, a mulher de Leo, mãe dos quatro filhos), Elena Pérez Castro (Rebeca criança), Tessa Sandez Islas (Julia criança), Jessie Valcin (Eva, a outra empregada)
Argumento e roteiro Rodrigo Garcia & Bárbara Colio
Fotografia Igor Jadue-Lillo
Música Marco Carrión, Camilo Lara
Montagem Yibran Asuad
Casting Luis Rosales
Desenho de produção Sandra Cabriada
Na Netflix. Produção Panorama Global, Pablo Zimbrón Alva, Gerardo Gatica González.
Cor, 105 min (1h45)
***1/2
Ainda assistindo! Minha ansiedade foi logo procurar a wikipedia. Pouca coisa sobre ele. Aí entrei numa entrevista que ele deu p jornal americano. Olha só a convivência que ele é o irmão tiveram:
“It was privileged in the sense that my parents were friends with many of the great artists of the time. This was before the time artists were on the covers of magazines or were doing commercials. I knew Carlos Fuentes and Julio Cortazar, Pablo Neruda and Luis Bunuel. These were middle class men who worked away at their thing.”
Read more: https://entertainment.inquirer.net/17641/gabriel-garcia-marquez%E2%80%99s-son-on-the-art-of-storytelling#ixzz916s7d1p2
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Carlos Fuentes! LUIZ BUÑUEL, meu cineasta preferido. Que maravilha! Também tivemos nossa grande dose de sorte.
Eu li tudo do Cortazar e acho que vc também!
Nossa! Que filme lindo, tocante! Que diálogos! Poema esses diálogos! Parece que estou assistindo a um livro de imagens! Clara é maravilhosa! Léo é intenso! Cinema espanhol bombando novamente! Sabe a sensação que eu tenho? Que estamos passando pela época dos grandes filmes (entre 60/80) só que moderna. Quando eu assisto um filme desses fico atônita de perceber que ainda existem maravilhas para uma arte tão complexa.