Esta minissérie sueca de 2021 é uma sensacional, envolvente, apaixonante, extremamente bem realizada, cuidadosíssima reconstituição… não dos fatos envolvendo o assassinato do primeiro-ministro Olof Palme, ocorrido na noite de 28 de fevereiro de 1986, no centro de Estocolmo. Mas de como muito seguramente devem ter sido.
Porque, a rigor, a rigor, a rigor, até hoje, até o lançamento da série, em 5 de novembro de 2021, 35 anos e 8 meses após o assassinato de Olof Palme, nem a Polícia nem a Justiça sabem dizer, com provas sólidas, irrefutáveis, exatamente o que aconteceu.
É incrível, inacreditável, é inaceitável, mas a Polícia e a Justiça daquele que é um dos países mais ricos, civilizados, avançados do planeta não foram capazes de comprovar quem matou e por que matou o primeiro-ministro que tinha a admiração de boa parte dos suecos e do mundo.
O que a série Assassinato do Primeiro-Ministro mostra é uma teoria – uma teoria muitíssimo bem embasada, construída após pesquisa feita ao longo de 12 anos por um jornalista, Thomas Pettersson. A mesma teoria foi apresentada como verdade pelo chefe dos promotores públicos da Suécia, Krister Petersson, em uma entrevista coletiva em 10 de junho de 2020, com que o Estado sueco encerrou finalmente o caso.
“Suécia desvenda mistério sobre premiê assassinado há 34 anos”, noticiou no dia seguinte o site Scandinavian Way, especializado em temas ligados à Escandinávia, como diz seu nome. O texto começa assim:
“Depois de 34 anos, chegou ao fim nesta quarta-feira (10/6) o mistério sobre um dos crimes que mais intrigaram a Suécia em sua história: o assassinato do ex-premiê Olof Palme. O líder social-democrata cumpria seu segundo mandato como primeiro-ministro quando foi morto com um tiro pelas costas na rua mais movimentada de Estocolmo. Segundo a revelação desta quarta, o autor do disparo foi Stig Engström, um designer gráfico que…”
Aqui a notícia dá uma informação sobre Stig Engström que a rigor é spoiler para quem ainda não viu a ótima série. Mas acho que é extremamente esclarecedor registrar mais um trecho da matéria:
“A arma do crime não foi encontrada e nenhum novo indício forense foi descoberto, mas, com base nos depoimentos de Engström, a promotoria pública concluiu que suas versões para os eventos daquele dia não faziam sentido. ‘Ele agiu como nós acreditamos que o assassino agiria’, disse o chefe dos promotores públicos, Krister Petersson. (…) As autoridades suecas vão poder enfim encerrar o caso. O filho de Palme, Marten, declarou a uma rádio do país que acredita no resultado da investigação e que a decisão de conclui-la é correta.”
A intenção da série é validar a versão da promotoria
Mesmo correndo o risco de ser repetitivo, reafirmo: como se vê, não houve propriamente provas, comprovações irrefutáveis – mas a promotoria concluiu, em 2020, que o assassino foi esse Stig Engström.
O que a série mostra é essa versão final da promotoria – que é a mesma versão a que chegou, após 12 anos de intensa pesquisa, o jornalista Thomas Pettersson (interpretado por Björn Bengtsson).
Um letreiro informa, no início de cada um dos episódios (de entre 45 e 50 minutos cada): “Baseado em um crime não solucionado”.
Mas é preciso insistir muito, deixar muito claro: a série não coloca em dúvida essa versão. A intenção dos realizadores – e isso fica absolutamente claro desde o início – não é defender a idéia de que pode ter havido aí um terrível erro, um engano, e o assassino pode ter sido outra pessoa. Não, não, de forma alguma. O que a série pretende é validar essa versão, é comprovar que foram assim que os fatos se deram. A intenção – e isso me parece absolutamente claro também – é mostrar que houve falhas, erros terríveis no trabalho inicial da polícia, e foi por isso que não se chegou mais rapidamente à conclusão de que o assassino era Stig Engström. Se a investigação tivesse sido bem feita desde o início, a Polícia seguramente teria encontrado provas materiais irrefutáveis contra Stig Engstrom.
Assassinato do Primeiro-Ministro foi escrita pelos roteiristas Wilhelm Behrman e Niklas Rockström com base no livro do jornalista Thomas Petterson, lançado em 2018, Den Osannolika Mördaren – Skandiamannen och Mordet på Olof Palme. Literalmente, o assassino improvável – o homem da Skandia e o assassinato de Olof Palme. (Na foto acima, a capa de uma das várias edições do livro.)
Den Osannolika Mördaren, o assassino improvável, é o título original da série. Em língua inglesa, o título é a tradução literal: The Unlikely Murderer.
Na primeira sequência do primeiro dos cinco episódios, vemos o momento em que Stig Engström atira pelas costas em Olof Palme, e o que acontece logo em seguida.
Um homem solitário, frustrado, amargurado
Stig Engström (na foto preto-e-branco acima) é interpretado por Robert Gustafsson. Todo o elenco é absolutamente, nordicamente impecável, mas esse Robert Gustafsson, meu Deus do céu e também da Terra – que interpretação impressionante!
O roteiro escrito por Wilhelm Behrman e Niklas Rockström tem basicamente dois focos: Stig Engström, de um lado, e os trabalhos de investigação do assassinato, de outro. Esses dois focos de interesse vão sendo mostrados para o espectador em paralelo
Não se conta a história, no entanto, em rigorosa ordem cronológica. Bem ao contrário. Vão se alternando os eventos der 1986, o ano do assassinato, com outros de antes e depois – alguns bem antes, outros muito depois. As idas e vindas no tempo não são gratuitas, têm sempre sentido, razão – e letreiros com as datas facilitam enormemente a vida do espectador.
Vamos acompanhando as ações de Stig após o assassinato – mas, paralelamente, em flashback, os realizadores vão nos mostrando eventos da vida dele no passado, na tentativa de se construir o seu perfil psicológico, para que possamos entender suas motivações.
Nascido em 1934, Stig estava portanto com 52 em 1986, o ano em que assassinou Olof Palme. Estava em seu segundo casamento, com Margareta (Eva Melander), mostrada como uma pessoa boa, paciente, preocupada com o marido a quem parece amar. Ele trabalhava havia muitos anos como designer gráfico na Skandia, uma imensa empresa de seguros cuja sede ficava bem no centro de Estocolmo.
Tinha-se em alta conta, achava-se uma pessoa especial, um grande profissional – e não era nada disso. Acreditava que seria promovido a chefe de departamento na Skandia, mas isso nunca rolou. Acreditava que teria uma bela carreira política, e filiou-se ao Partido Moderado em Täby, a cidade próxima a Estocolmo em que morava – mas nunca foi muito respeitado pelos colegas, e acabou expulso. Aos 52 anos, tinha todo o conforto material possível a um profissional de classe média em país muito rico, mas era um homem sem amigos, solitário, frustrado, amargurado – e bebia muito.
Costumava trabalhar até tarde, até quando a maioria dos funcionários já tinha ido para casa. Na noite de 28 de fevereiro, saiu da Skandia para jantar ali por perto. Aconteceu, então, de ele ver o primeiro-ministro Palme (Peter Viitanen), sua mulher Lisbet (Cilla Thorell) e seu filho Mårten (David Andersson) entrando num cinema ali bem perto do prédio da companhia de seguros. Eram por volta de 21h, o filme terminaria cerca de 23h.
Como já foi dito, a série começa com o momento do assassinato, exatamente às 23h21 daquele 28 de fevereiro.
O passo a passo de Stig nas horas que antecederam ao momento do assassinato só será mostrado, é claro, no quinto e último episódio da série. Mas desde o início o espectador fica sabendo que o primeiro-ministro havia ido com a mulher e o filho ver um filme num cinema no centro de Estocolmo, sem a presença de um segurança sequer. Coisa de Primeiríssimo Mundo – mas a tranquilidade de Olof Palme, diabo, custou-lhe a vida.
Policiais incompetentes. E um idiota no comando
Ser do Primeiríssimo Mundo – é o que a gente fica pensando, ao ver esta beleza de série – tem lá suas desvantagens.
A sensação, diante do mostrado na série, é de que ali na Suécia, ali em Estocolmo, vive-se em um clima de paz, de tranquilidade, de segurança – em especial em comparação com outros países, com outras grandes cidades. É um lugar muitíssimo menos violento que, digamos, desde Nova Délhi, Rio de Janeiro ou São Paulo, metrópoles de países pobres, até Nova York, o centro do capitalismo mundial, mas de grandes problemas de segurança pública.
Vive-se ali em tal clima de paz, de tranquilidade, de segurança, que nem mesmo a polícia está preparada para o momento de uma tragédia.
O oficial de Polícia mais graduado da equipe que chegou primeiro ao local do atentado não foi capaz de reconhecer a vítima, nem a mulher dele, que, naturalmente, estava quase em estado de choque, o marido perdendo sangue na calçada cheia de neve.
O chefe da unidade de homicídios, Arne Irvell (o papel de Peter Andersson), não foi avisado do atentado e da morte do primeiro-ministro. Palme chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos, e a morte foi anunciada pelas emissoras de rádio e TV umas duas horas após o atentado. Mas o inspetor-chefe Arne Irvell ficou sabendo do assassinato pela manhã, ao ler os jornais. Nós o vemos chegar enfurecido à central de Polícia – e o policial a quem ele dá a primeira bronca responde, pateticamente, que não quiseram avisá-lo porque àquela hora ele já estaria dormindo.
A Polícia de Estocolmo não avisou o chefe de homicídios sobre o assassinato do primeiro-ministro do país para não acordá-lo!
Um ponto de exclamação é pouco.
Que reforços vocês já pediram?, pergunta Arne em seguida.
Nenhum.
O inspetor-chefe Arne Irvell que a série retrata é um homem experiente, preparado – mas muitos de seus subordinados, ao contrário, são mostrados como absolutamente incompetentes.
E há logo em seguida algo terrível, pavoroso: o comissário-chefe do condado de Estocolmo, Hans Holmér, resolve passar por cima de Arne Irvell, escanteá-lo, e assumir a chefia da investigação.
A série mostra que, se há um culpado na história do assassinato de Olof Palme além do próprio Stig Engström, é esse tal de Hans Holmér. Para interpretá-lo, foi escolhido um ator que tem grande semelhança física com o personagem real, Mikael Persbrandt; E o ator consegue, com admirável talento, compor uma figura desagradável, antipática, o protótipo do funcionário público graduado que se julga o umbigo do mundo – e é de uma incompetência gritante, apavorante. (Nas fotos abaixo, Hans Holmér e o ator que o interpreta.)
Há um momento em que um subalterno tenta mostrar a Holmér um fato importante, e o sujeito demonstra fastio, desagrado com aquilo. – “Não estou procurando um assassino – estou querendo descobrir a conspiração”.
Ninguém da Polícia se lembrou de interrogar o cara
Holmér assumiu a chefia da investigação partindo do princípio de que Olof Palme havia sido vítima de uma conspiração. Que o assassino não havia agido sozinho, de forma alguma.
É óbvio, é evidente que, diante de um atentado contra um líder político, deve-se partir do princípio de que muito provavelmente há motivação política.
Valho-me mais uma vez daquele texto do site Scandinavian Way, que faz um resumo preciso dessa questão:
“Olof Palme foi primeiro-ministro da Suécia por mais de dez anos, divididos em dois mandatos. Entre as grandes marcas de seu governo estão a criação de creches e pré-escolas, que permitiu o acesso de mulheres ao mercado de trabalho, e a ampliação do sistema de saúde e bem-estar social. Ele também aumentou o poder dos sindicatos e tirou os poderes políticos da monarquia. No plano internacional, o líder social-democrata criticava abertamente a invasão soviética à Checoslováquia, ocorrida em 1968, o bombardeio do Vietnã pelos Estados Unidos e também o regime do apartheid na África do Sul.
“Esses posicionamentos formam o pano de fundo de algumas das inúmeras teorias da conspiração que surgiram após o crime. A polícia sueca chegou a viajar para a África do Sul em 1996 para investigar a hipótese de sul-africanos defensores do apartheid terem participado do homicídio, por exemplo. Houve ainda teses de que o homicídio teria sido cometido por ativistas curdos, por um chileno defensor do ditador Augusto Pinochet, de quem Palme era crítico, por policiais suecos envolvidos em um complô, por integrantes de um obscuro acordo de fornecimento de armas suecas à Índia ou ainda a partir de uma intrincada colaboração entre a CIA, a agência americana de inteligência, e a maçonaria italiana.”
De novo: é óbvio que se deve suspeitar de motivações políticas quando um líder político sofre um atentado. Mas é inconcebível que, fixando-se apenas na possível conspiração política, a investigação deixe completamente de lado outras possibilidades.
É inconcebível que a investigação tenha desprezado completamente a figura de Stig Engström, ao longo de meses e meses.
A série mostra que testemunhas fizeram já nas primeiras horas após o atentado a descrição de um homem com a aparência, o tamanho e as roupas que Stig usava – inclusive com o detalhe de que ele portava uma capanga, aquela pequena bolsa masculina muito usada na época. No dia seguinte ao atentado, ao ler no jornal sua descrição, Stig, numa manobra de grande esperteza, ligou para os jornais e deu um testemunho com elementos de verdade e vários pontos falsos. Disse que havia estado no local, que havia ajudado na tentativa de socorrer o homem ferido, que vira o assassino fugindo, que tentara avisar isso a policiais – e fechava o depoimento dizendo que outras testemunhas talvez o tivessem confundido com o assassino.
Nos dias seguintes, centenas de pessoas passaram a telefonar para a polícia dando testemunhos – o que é comum nos crimes de grande repercussão. Procurado por jornalistas de diversos órgãos de imprensa, Stig deu várias novas declarações, sempre com pequenas modificações em relação aos depoimentos anteriores.
Ao longo das primeiras semanas, dos primeiros meses, ninguém da polícia se lembrou de chamar aquele sujeito que falava tanto para tantos jornalistas para prestar um depoimento formal, com um bom, bem preparado interrogatório.
Num país pobre, uma investigação policial correta
Nos dias entre ver Assassinato do Primeiro Ministro e terminar de escrever este interminável texto, fiquei pensando em outra série – belíssima como esta aqui – que reconstitui a investigação de um crime real. Crimes em Délhi/Delhi Crime, série indiana de 2019, mostra como a Polícia da capital da Índia investigou o ataque a um casal de jovens dentro de um ônibus. Em 2012, seis homens, o motorista do ônibus e mais cinco, espancaram brutalmente dois jovens, estupraram seguidamente a moça e, depois, enfiaram uma barra de ferro na vagina e no ânus. Em seguida, os dois foram lançados do ônibus em movimento na beira de uma avenida.
Em tudo por tudo, a distância que separa a Suécia da Índia é imensa, jupiteriana. É maior que a distância entre o Sol e Netuno, o planeta mais afastado dele. É maior que a nossa galáxia. A Suécia é um dos países mais ricos, avançados, civilizados do mundo, a Índia reúne o maior número de pobres do planeta. Nova Délhi é a quarta maior cidade do mundo, com 12,5 milhões de habitantes; “11 mil crimes hediondos são reportados a cada ano” na cidade, como informa a série. A população de Estocolmo não chega a 1 milhão.
No entanto, a polícia de Nova Délhi identificou os seis criminosos que atacaram o casal dentro do ônibus. Levou algumas semanas, mas os identificou, e prendeu, e todos foram levados à Justiça.
A comparação é absolutamente chocante.
Margareta, a esposa, uma personalidade fascinante
Vejo em um site chamado Entertaining Movies uma boa avaliação sobre a série The Unlikely Murder, datada de novembro de 2021. Começa assim:
“Quem matou Olof Palme? O primeiro-ministro sueco foi morto a tiros em uma rua de Estocolmo em fevereiro de 1986, e por décadas a identidade de seu assassino permaneceu um mistério. Mesmo no ano passado, quando o caso foi afinal concluído oficialmente, e foi apontado como culpado Stig Engström – um empregado de uma companhia de seguros que (…) –, houve grande debate na Suécia sobre se ele de fato cometeu o crime.
“Essas dúvidas não atormentam The Unlikely Murder, o drama da Netflix em cinco partes sobre o caso Palme. Engström atira no primeiro- ministro na primeira cena, deixando a série livre para misturar fatos e especulação na irresistível história de um sujeito excêntrico que de alguma maneira consegue enganar a polícia, em um belamente recriado mundo do final dos anos 80-, de malhas grossas e cinzeiros abarrotados.”
Sim – a série é uma mistura de fatos e especulação. Mas especulação feita em cima de dados, de pesquisa séria, longa, detalhada, quase obsessiva, ao que tudo indica.
Este texto poderia perfeitamente acabar aqui – mas quero acrescentar uma consideração sobre um ponto que é claramente uma especulação dos autores da série.
O ponto é Margareta Engström, a mulher de Stig – uma bela interpretação da atriz Eva Melander.
As ações de Margareta, a forma com que ela reagiu, o tempo todo, diante das atitudes do marido – isso é, sim, especulação, teoria. Baseada em diversos indícios, é claro. Seguramente o jornalista Thomas Pettersson fez todo tipo de pesquisa possível sobre Margareta; deve ter entrevistado pessoas que a conheciam, deve ter tentado entrevistá-la, e então o que a série mostra sobre a mulher de Stig Engström não é algo tirado do nada. Muito ao contrário. Dá para confiar que o que a série mostra sobre Margareta deve ser muito próximo da verdade dos fatos. Mas dá para perceber que a própria Margareta não fez relatos a ninguém, nem à Polícia, nem a jornalista algum.
A Margareta interpretada por Eva Melander se mostra o tempo todo desconfiada do marido. Ela o observa atentamente, a cada momento, desde que ele chega em casa tarde da noite naquele 28 de fevereiro. Ela o vê lendo avidamente os jornais que fala do crime, ela o vê ligando para os jornais para dar suas seguidas e contraditórias versões sobre o que aconteceu. Ela observa como o comportamento do marido vai ficando cada vez mais estranho, como ele vai ficando cada vez mais fechado, duro, tenso, nervoso – e bebendo cada vez mais.
Em 1999, por iniciativa exclusiva dela, o casal se divorciou – e a partir daí o resto de sanidade mental que ainda restava para Stig foi indo embora. A série mostra isso clarissimamente.
Mesmo depois do divórcio, no entanto, mesmo muitos anos depois, Margareta continuou sendo fiel a Stig. Jamais deu um depoimento contra ele.
Uma personalidade fascinante.
Anotação em novembro de 2021
Assassinato do Primeiro-Ministro/Den Osannolika Mördaren
De Wilhelm Behrman e Niklas Rockström, autores, Suécia, 2021
Direção Charlotte Brändström, Simon Kaijser
Com Robert Gustafsson (Stig Engström)
e Eva Melander (Margareta Engström, a mulher de Stig), Peter Andersson (Arne Irvell, chefe da unidade nacional de homicídios), Mikael Persbrandt (Hans Holmér, comissário chefe do condado de Estocolmo), Björn Bengtsson (Thomas Pettersson, o jornalista, autor do livro), Cilla Thorell (Lisbet Palme), Peter Viitanen (Olof Palme, o primeiro-ministro), Cia Eriksson (a moça da portaria da Skandia), Einar Bredefeldt (o guarda da portaria da Skandia), Magnus Krepper (Harry Levin, o ricaço colecionador de armas), Ella Grau Roney (Petronella Levin, a filha de Harry, quando jovem), Michelle Meadows (Petronella Levin mais velha), Fredrik Gunnarsson (Mattias Göransson, da revista Filter), Joel Spira (Lennart Granström), Lia Boysen (Gunhild, colega da Skandia), Bengt Braskered (Anders, colega da Skandia), Fredrik Gunnarsson (Mattias Göransson), Jimmy Lindström (Gösta Söderholm, da Polícia), Emil Almén (Göran Fors), David Andersson (Mårten Palme, o filho de Olof e Lisbet), Johanna Wilson (Sonja Levin, a mulher de Harry Levin), Henrik Norlén (Torsten Bergman), Sanna Krepper (Camilla, colega da Skandia), Mats Rudal (o chefe da Skandia), Channa Ekborg (Anna Hage), Maria Karpathakis (Yvonne Nieminen), Niklas Falk (Sven Anér), Per Lasson (vizinho de Stig), Nora Ericsson (falsa Karin Johansson), Shanti Roney (Per Häggström), Julia Heveus (falsa Anna Hage), Zacharias Boustedt (Stig Engström aos 11 anos), David Rangborg (o pai de Stig Engströms), Julia Marko-Nord (a mãe de Stig Engströms), Mikaela Ramel (a tia de Stig Engströms), Alexandra Zetterberg (promotor Riberdahl), Oskar Thunberg (Lars Christiansson), Siw Erixon (juiz do Tribunal de Recursos), Sven Ahlström (Krister Peterson, um dos suspeitos)
Roteiro Wilhelm Behrman, Niklas Rockström
Baseado no livro “Den osannolika mördaren – Skandiamannen och mordet på Olof Palme” (O Assassino Improvável – O Homem da Skandia e o Assassinato de Olof Palme), de Thomas Pettersson
Fotografia Aril Wretblad
Música Frans Bak
Montagem Thomas Lagerman, Joakim Tessert-Ekström, Christina Eriksson
Casting Tusse lande
Direção de arte Mikael Varhelyi
Figurinos Kicki Ilander
Produção Frida Asp, Fatima Varhos, FLX, Netflix
Cor, 228 min (3h48)
Disponível na Netflix em novembro de 2021
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Título nos EUA: The Unlike Murderer.
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