Não é preciso despertador: todo santo dia Paterson (Adam Driver) acorda no mesmo horário – ou quase exatamente no mesmo horário. Acorda, dá uma olhada no relógio de pulso que deixa no criado mudo ao lado da cama, faz um carinho ou fala alguma coisa, baixinho, com Laura (Golshifteh Farahani).
Na semana em que a câmara de Jim Jarmusch e do diretor de fotografia Frederick Elmes acompanhou o dia-a-dia de Paterson, ele acordou às 6h10 na segunda, às 6h15 na terça, às 6h10 na quarta, às 6h25 na quinta, e às 6h28 na sexta.
Laura continua na cama, volta a dormir. Paterson se levanta; numa cadeira ali no quarto, há uma camisa e uma cueca limpas, deixadas por Laura na noite anterior.
No café da manhã, come cereais. Depois pega uma pequena bolsa-lancheira (todo santo dia ela deixa um sanduíche preparado para ele pôr na bolsa-lancheira), e sai de sua casa simples, mas correta, digna, e caminha, sempre pelas mesmas ruas, até a garagem de ônibus. O ônibus que ele dirige tem que sair às ruas às 8h da manhã.
Quase todo santo dia, já sentado na cadeira do motorista, ele anota numa caderneta alguns versos que veio criando.
Quase todo santo dia, imerso no verso, ele corre o risco de perder a hora, e então Donny, o fiscal da garagem (Rizwan Manji), tem que chegar junto da porta do ônibus e dar um alô para ele.
Donny, o fiscal da garagem, é um daqueles tipos a quem não se deve perguntar “como vai?”, porque logo começa a contar os incontáveis problemas que enfrenta – falta de dinheiro, uma dorzinha ali, outra ali, a mulher que quer passar férias na Flórida, a sogra que ameaça vir morar com eles.
Todo santo dia, a partir das 8 horas da manhã, Paterson dirige seu ônibus pelas ruas da cidade de Paterson, Nova Jersey.
Paterson mostra que há poesia nas coisas mais simples do cotidiano
Paterson, NJ – o filme de Jim Jarmusch mostra muito bem –, é uma cidade com vários lugares bem sem graça, até feios. Mas tem uma área lindíssima, em que as pessoas podem sentar em bancos numa praça e observar uma bela cachoeira, e, atrás e um tanto acima dela, uma ponte elegante, atraente.
Paterson, o filme – o 13º do diretor Jim Jarmusch – mostra também que nasceram em Paterson, a cidade, ou viveram lá, algumas pessoas importantes. Uma pesquisinha pelo Google, ainda que rápida, mostra que na verdade foram várias, várias as pessoas importantes que nasceram ou viveram ali.
Mas Paterson não é sobre as pessoas importantes. Paterson – um filme pequeno, sem fanfarra, sem fogos de artifício, uma obra-prima – é uma ode às pessoas simples, comuns, gente como a gente. Ordinary people, como Paul McCartney adora cantar.
É uma elegia ao homem comum, o homem da rua, na expressão de Chico Buarque.
Paterson foi feito para mostrar que há poesia nas coisas mais simples do cotidiano.
Paterson presta atenção às conversas das pessoas em seu ônibus
Ao volante, Paterson vai ouvindo as conversas das pessoas no ônibus. Veremos que ele é uma pessoa extremamente observadora, presta grande atenção a tudo que acontece a seu redor, percebe pequenos detalhes do comportamento das pessoas.
Dois garotinhos mulatos aí de uns 12 anos de idade (interpretados por Dominic Liriano e Jaden Michael) conversam sobre temas que estão rolando nas redes sociais e falam bastante de Rubin Carter, o boxeador apelidado de Hurricane, que foi condenado por homícidio triplo na cidade de Paterson e depois teve a sentença revertida, virou tema da canção de Bob Dylan e do filme biográfico com Denzel Washington, ambos com o título de Hurricane.
Em outro dia, dois sujeitos aí de uns 30 e tantos anos, um branco, um mulato, contam prosa – o branco fala de uma mulata que deu muita bola para ele, o mulato de uma loura que se engraçou por ele.
Dois adolescentes, uma garota e um garoto (Kara Hayward e Jared Gilman), com jeito de muito estudiosos, caxias, CDFs, falam sobre um anarquista italiano, Gaetano Bresci (1869–1901), que viveu um tempo em Paterson e, de volta à Itália natal, assassinou o rei Umberto I.
Na pausa para o almoço, Paterson senta-se em um banco de frente para a cachoeira da cidade – The Great Falls of the Passaic River. Quase todo dia ele aproveita aquele momento para anotar mais alguns versos no seu caderno.
Os poemas parecem simples, corriqueiros, mas são esmeradamente construídos
Quando os versos vêm à cabeça de Paterson, e ele os anota, com uma letra extremamente correta, clara, legível, no seu caderno, a voz do ator Adam Driver os recita – e eles vão sendo escritos também na tela.
Nesses momentos em que ele anota os versos, imagens das águas de um rio que correm, de belas paisagens, de árvores, se misturam, se fundem com as imagens de Paterson-Adam Driver sentado onde ele estiver.
Jim Jarmusch, o diretor mais minimalisticamente cool do cinema mundial, nunca esteve tão pouco minimalista quanto nessas sequências em que ele mostra Paterson criando seus versos. São sequências caprichadas visualmente, bastante elaboradas, de uma imensa beleza.
Os poemas que Paterson cria falam de coisas comuns, cotidianas. Parecem simples, corriqueiros, banais; na verdade, é uma simplicidade estudada, elaborada, muito bem trabalhada. São como o resultado de uma cuidadosa ourivesaria.
O primeiro em que vemos Paterson trabalhar vai se chamar “Love Poem”, e começa falando prosaicamente de uma caixa de fósforos, até chegar à bela imagem sobre os palitos de fósforo: tão sóbrios e furiosos e teimosamente prontos / para explodir em chamas / acedendo, talvez, o cigarro da mulher que você ama / pela primeira vez / e nunca mais foi a mesma coisa depois disso.
Love Poem
We have plenty of matches in our house
We keep them on hand always
Currently our favourite brand
Is Ohio Blue Tip
Though we used to prefer Diamond Brand
That was before we discovered
Ohio Blue Tip matches
They are excellently packaged
Sturdy little boxes
With dark and light blue and white labels
With words lettered
In the shape of a megaphone
As if to say even louder to the world
Here is the most beautiful match in the world
It’s one-and-a-half-inch soft pine stem
Capped by a grainy dark purple head
So sober and furious and stubbornly ready
To burst into flame
Lighting, perhaps the cigarette of the woman you love
For the first time
And it was never really the same after that
All this will we give you
That is what you gave me
I become the cigarette and you the match
Or I the match and you the cigarette
Blazing with kisses that smoulder towards heaven
Another One
When you’re a child you learn there are three dimensions
Height, width and depth
Like a shoebox
Then later you hear there’s a fourth dimension
Time
Hmm
Then some say there can be five, six, seven…
I knock off work
Have a beer at the bar
I look down at the glass and feel glad
Paterson e Laura são pessoas simples, mas a casa tem muitos livros de poetas
Todo santo dia Paterson faz exatamente o mesmo caminho entre a garagem dos ônibus e a sua casa. Quase todo santo dia ele tenta acertar a posição da caixinha de correio em frente à casa: o pedaço de madeira que segura a caixinha está sempre pendendo para a esquerda, e então ele acerta, põe a madeira na posição vertical.
Quase todo santo dia, quando ele chega em casa, Laura pergunta se ele escreveu mais alguma coisa. Laura valoriza, dá importância à veia poética do marido – talvez até mais do que ele. Naquela semana em que acompanhamos o dia-a-dia do casal, por várias vezes ela insiste em que ele precisa fazer xerox daquilo que já escreveu no seu caderno. Faz com que ele prometa que no fim de semana vai xerocar os poemas.
Paterson e Laura são classe média média para baixa, não parecem intelectuais, seguramente não fizeram faculdade, mas a casa tem muitos livros de poesia. Ele tem especial admiração por William Carlos Williams (1883-1963), médico e poeta, autor de um longo poema épico intitulado “Paterson”, e conhece diversos poetas, desde os mais clássicos e famosos como Emily Dickinson até os menos badalados, como Frank O’Hara.
Há um diálogo delicioso entre marido e mulher sobre poesia. Laura havia cozinhado para o jantar uma “torta secreta”.
Ela: – “Falando em torta secreta, eu queria contar uma coisa sobre o seu caderno secreto.”
Ele: – “O quê?”
Ela: – “Você já ouviu falar de um antigo poeta italiano chamado… Petrarca? É assim?”
Ele: – “Mmm, Petrarca. Ele aperfeiçoou o soneto.”
Ela: – “Li na internet que um de seus primeiros livros de poemas chamava ‘O Livro Secreto’, igualzinho ao seu.”
Ele: – “Eu não sabia disso! Você leu… Aconteceu de você achar isso na internet?”
Ela: – “E também que ele escreveu todos os seus poemas de amor para uma linda mulher chamada… ta da! Laura!”
Ele: – “É verdade!”
Ela: – “Então você tem muitas coisas em comum com outro grande e famoso poeta, tá vendo?”
Paterson faz sempre as mesmas coisas, todo dia. Toda noite toma um chope – um só
A personagem de Laura é interessantíssima, assim como o do próprio Paterson. Ela está sempre criando alguma coisa: faz cupcakes para vender numa feira que seria realizada no sábado, pinta as cortinas da casa com desenhos geométricos, à la pop art dos anos 60, pinta as próprias roupas, pinta as paredes da casa. De repente, é tomada por um desejo louco de aprender a tocar violão e a cantar – tem certeza de que vai ser uma cantora de country famosa com Patsy Cline. Pede ao marido, que é quem paga as contas, autorização para encomendar um violão – ele, claro, diz que sim. Quando o violão chega, em pouco tempo ela já começa a tirar um sonzinho do instrumento.
Mary e eu concordamos, enquanto víamos o filme, que Laura é um poço de criatividade e energia. A revista Time a definiu como “a charming, stay-at-home DIY dynamo” – uma definição perfeita: um charmoso e caseiro dínamo do Faça Você Mesma.
Toda santa noite, depois que eles jantam e conversam, Laura diz tchau para Paterson, que sai para a) levar Marvin, o buldogue inglês do casal, para caminhar e b) tomar um chope no bar do Doc (Barry Shabaka Henley).
Cada noite acontece algo diferente no bar do Doc, mas, aconteça o que acontecer, Paterson chega, senta-se sempre exatamente no mesmo lugar, diante do balcão e portanto do próprio Doc, e passa um bom tempo diante de um copo bem grande de chope. Atrás de Doc, diante do balcão, fica o que o proprietário chama, muito apropriadamente, de Hall of Fame; ali ficam pregadas fotos das pessoas famosas que nasceram ou viveram em Paterson. Diversos desportistas, como o próprio Hurricane, Tom Acker do beisebol, Jorge Acosta e Mike Adams do futebol americano. O mais famoso de todos – Paterson e Doc concordam – foi Lou Costello, da dupla Abott & Costello. Na cidade há uma estátua do ator e um parque com seu nome.
Prestei bastante atenção, e não vi Paterson pedir um segundo chope, ou ser servido de um segundo chope. Tudo indica que ele toma apenas um, a cada noite. Toda noite, um único chope, na mesma cadeira diante do mesmo balcão do mesmo bar.
Adam Driver já tinha 35 títulos. E para Golshifteh Farahani o céu é o limite
Não me lembrava de Adam Driver, que já havia visto pelo menos em um filme, Sete Dias Sem Fim/This is Where I Leave You (2014), a simpática comédia em que Jane Fonda interpreta a viúva de um judeu que reúne os filhos após a morte do marido.
Está nada menos que extraordinário como Paterson. Ele atrai toda a simpatia do espectador, e encanta em todos os momentos, em todas as situações. È fantástico ver as expressões que ele faz ao ouvir o que as pessoas falam no seu ônibus, nas ruas, no bar; quando os dois sujeitos ficam contando vantagem, por exemplo, ele ri sozinho, dirigindo o ônibus, tentando segurar o riso para não rir alto, não fazer barulho. Ele sorri de encantamento diante das propostas de Laura. Fica pensativo, prestando a maior atenção do mundo quando resolve se manter ao lado de uma garotinha muito jovem que está sozinha numa região um tanto degradada da cidade – e a garotinha (Sterling Jerins) conta para ele que escreve poemas em um caderno, e lê para ele um belo poema sobre a água que cai.
Adam Driver, nascido em San Diego, Califórnia, em 1983, estava em meados de 2017 com 35 títulos no currículo, inclusive Star Wars: O Despertar (2015) e a série Girls.
Golshifteh Farahani, a bela atriz que faz Laura, nasceu no mesmo ano de Adam Driver, só que do outro lado do mundo, do outro lado do universo político-ideológico, na Teerã da então recente Revolução Islâmica que derrubou o xá Reza Pahlavi e instaurou o regime teocrático dos aiatolás.
Jovem bela, talentosa e de sorte, teve várias oportunidades durante a explosão do novo cinema iraniano; participou, por exemplo, da obra coletiva Cada Um com Seu Cinema (2007), e, em 2009, trabalhou no extraordinário À Procura de Elly, de Asghar Farhadi.
Já a partir de 2008, passou a ter uma carreira também no cinema internacional. Esteve em Rede de Mentiras/Body of Lies (2008), de Ridley Scott, ao lado de Leonardo DiCaprio e Russell Crowe; dividiu com Sienna Miller os papéis principais de Simplesmente Uma Mulher/Just Like a Woman, o road movie que Rachid Bouchareb fez nos Estados Unidos.
Para essa moça, o céu é o limite.
Jim Jarmush é fã de poesia, e gosta em especial dos poetas da Escola de Nova York
Nos créditos finais, ficamos sabendo que os poemas que Paterson escreve (entre eles, claro, aqueles dois que transcrevi acima) na verdade são obras de Ron Padgett, publicadas em 2013 no livro Collected Poems.
Jim Jarmusch é um amante de rock e pop. Já fez um filme todo passado em Memphis, que trata da adoração a Elvis Presley, Mistery Train (1989), usou como atores os músicos Tom Waits, John Lurie, Iggy Pop, fez vídeo dos Talking Heads, teve trilha sonora escrita por Neil Young (Dead Man, 1995).
Mas é também um amante de poesia. É fã, em especial, de Frank O’Hara e John Ashbery, membros da chamada Escola de Nova York, exatamente como Ron Padgett. Em uma rica entrevista a Stephanie Zacharek, da Time, publicada em dezembro de 2016 no site da revista, o realizador conta que, uns 20 anos antes, por causa de sua admiração por William Carlos Williams, fez uma visita a Paterson.
“Fui às cachoeiras, andei por lá e pelas partes industriais. É um lugar fascinante: era como a visão de Alexander Hamilton de uma nova cidade industrial, baseada na energia da queda d’água, tipo de uma cidade utópica. E é incrivelmente variada em termos de demografia, a variedade de gente lá.”
O realizador quis mostrar uma cidade em que há beleza mas também pobreza
Mais adiante, a repórter da Time diz: “Você fez Paterson, a cidade, parecer tão bela no filme – como um lugar que pode ter caído em tempos duros, mas ainda parece realmente vibrante”. E então Jarmusch responde que a Paterson do filme é uma Paterson imaginária:
“Paterson é um lugar muito duro, é um lugar difícil. Há um monte de gente trabalhadora, e um monte de gente pobre. É também incrivelmente misturada, etnicamente”, ele repete. “Nunca pretendemos que o filme fosse um documento social, mas eu também tinha vontade de entremear pedaços da cidade no filme, filmar parte dele ali, é claro. Então eu ia procurar locações com nosso desenhista de produção, Mark Friedberg, com quem eu já havia trabalho antes, e que admiro muito. E Mark dizia: ‘Veja!’, e toda vez que parávamos para ver alguma coisa, víamos esperança e desespero na mesma imagem. Víamos um casal discutindo, algo não tão positivo. Na porta seguida havia alguém carregando flores. Ou um prédio em ruínas, e, bem ao lado, um sujeito pintando sua porta de um verde bem claro. Mark ficou tirando fotos dessas justaposições. Queríamos ter um pouco disso, misturar essas coisas, não assim como uma mão pesada, mas deixar que elas aparecessem.”
Aqui acrescento informações que estão na Wikipedia. Paterson – cerca de 140 mil habitantes, tão perto de Nova York que, num parque da cidade, foi construída uma torre de onde se pode ver o skyline de Manhattan – era uma cidade industrial. Décadas atrás, era tida como a cidade da indústria da seda. Nas últimas décadas, como se sabe, os Estados Unidos vêm passando por um terrível, profundo processo de desindustrialização, com as empresas comprando produtos feitos em países em que a mão de obra é muitíssimo mais barata.
Daí as imagens de lugar empobrecido, decadentes.
Em Paterson, pessoas de todas as cores se dão bem. E isso é poesia pura
Em contraposição à coisa do fechamento de indústrias, empobrecimento, decadência, a cidade tem essa coisa magnífica que é a grande variedade étnica de que fala Jim Jarmusch, e que seu filme mostra praticamente o tempo todo. Paterson é uma babel – tem de tudo. Há descendentes de árabes, de latinos. Percentualmente, diz a Wikipedia, é a segunda cidade americana com a maior população de origem islâmica.
E a grande maravilha que o filme mostra é que brancos e negros são absolutamente integrados na cidade. Não há bairros de uns e outros bairros de outros, bares de uns e outros bares de outros. Há negros e brancos no ônibus de Paterson, nas ruas, no bar de Doc.
O que – vamos lá, é preciso admitir – é poesia pura.
De volta à poesia. Na entrevista à Time, Jim Jarmusch diz que o livro Paterson, de William Carlos Williams (o livro aparece bem visível no lugar da casa em que Paterson lê e escreve), não é um de seus poemas preferidos. “De fato, não compreendo muito do que está lá. Mas, no começo do poema, um homem é uma metáfora para a cidade de Paterson, e vice-versa. E eu achei que aquilo era uma bela idéia. Pensei que gostaria de escrever a base de um roteiro sobre um poeta, um sujeito da classe operária em Paterson que na verdade é um poeta muito bom, mas desconhecido. Então escrevi isso, e deixei numa gaveta durante anos. Eu sempre me lembrava dele, mas nunca resolvi pegá-lo até agora.”
Ainda bem que finalmente pegou.
Felizmente, o filme vem tendo o reconhecimento que merece. Recebeu 7 prêmios, fora 27 outras indicações, e foi escolhido para participar da mostra competitiva de Cannes, o que já é uma imensa honra.
Paterson é um filmaço.
Anotação em setembro de 2018
Paterson
De Jim Jarmusch, EUA-França-Alemanha, 2016
Com Adam Driver (Paterson), Golshifteh Farahani (Laura)
e Rizwan Manji (Donny, o fiscal da garagem), Barry Shabaka Henley (Doc, o dono do bar), Dominic Liriano (menino no ônibus), Jaden Michael (menino no ônibus), Trev Parham (Sam), Troy T. Parham (Dave), Brian McCarthy (Jimmy), Frank Harts (Luis), Luis Da Silva Jr. (no conversível), Chasten Harmon (Marie, freguesa do bar), William Jackson Harper (Everett, o ex de Marie), Kacey Cockett (mulher de vermelho), Kara Hayward (a estudante), Jared Gilman (o estudante), Sterling Jerins (a garota poeta), Johnnie Mae (a mulher de Doc), Helen-Jean Arthur (mulher idosa), Joan Kendall (mulher idosa), Masatoshi Nagase (o poeta japonês)
Argumento e roteiro Jim Jarmusch
Fotografia Frederick Elmes
Música Jim Jarmusch, Carter Logan e Sqürl
Montagem Affonso Gonçalves
Casting Ellen Lewis e Meghan Raffwerty
Produção K5 International, Amazon Studios, Inkjet Productions, Le Pacte, Animal Kingdom.
Cor, 118 min (1h58)
****
Disponível no Now.
Nossa!
Texto ótimo.
O filme parece uma graça.
Carla, o filme é de fato uma graça. Você tem que ver. Como uma pessoa que ama os livros e a literatura, você tem que ver.
Um abraço.
Sérgio
Excelente filme, uma historia ordinária, como a nossa própria, contada de forma extraordinária, mostrando que não é preciso alcançar o que chamam de sucesso para se encontrar a felicidade. Ela está dentro. Adam Driver está impecável novamente.