Ver Marilyn Monroe e Jane Russell na tela é, sem dúvida alguma, um grande prazer, uma maravilha. Vê-las boa parte do tempo com as as coxas à mostra, então, é o néctar dos deuses. Agora, que Os Homens Preferem as Louras é um filme bem fraquinho, ah, lá isso também é verdade.
Volta e meia eu digo que, para termos um bom musical, nem é preciso uma trama interessante, inteligente, fascinante. Há vários belos musicais com fiapinhos de história apenas e que são gostosos de se ver, como, só para dar uns poucos exemplos, Desfile de Páscoa/Easter Parade, ou Um Dia em Nova York/On the Town, ou A Roda da Fortuna/The Band Wagon, ou mesmo O Mundo da Fantasia, também com Marilyn.
Mas Os Homens Preferem as Louras exagera no quesito trama boba. É uma quase absoluta falta de trama.
Ou será que eu revi o filme em um dia em que estava talvez mais predisposto a ver um drama, um thriller? Pode ser. Sempre pode ser.
Duas garotas de Little Rock, Arkansas, que dançam e cantam em Nova York
É assim: Dorothy Shaw e Lorelei Lee são duas grandes amigas, jovens mulheres de Arkansas, o interior bravo, a América profunda, que conseguiram um lugar ao Sol, ou melhor dizendo, à luz de neon dos teatros e cabarés de Nova York, a grande metrópole, a capital do mundo. Também não é para menos, já que vêem na pele respectivamente de Jane Russell e Marilyn Monroe.
Os nomes das atrizes aparece nesta ordem, nos créditos iniciais, que, numa sacada pouco usual à época (o filme foi lançado em 1953), interrompem o primeiro número musical, “Two Little Girls from Little Rock”.
De fato, era bem pouco usual, naquela época, haver sequências de ação antes dos créditos iniciais. Hoje isso é absolutamente comum – vemos algumas sequências, a abertura, o intróito da história, e em seguida entram os créditos. Mais comum ainda, hoje em dia, é simplesmente não haver crédito inicial algum, e a apresentação só ser feita depois que o espectador viu o filme inteiro.
Por isso, eu me surpreendi um pouco ao ver que, logo depois do logo da 20th Century Fox, temos Jane Russell e Marilyn Monroe entrando no palco e começando a cantar “Two Little Girls from Little Rock”, com vestidos vermelhos brilhantes, colados a seus corpos magníficos – vestidos compridos, mas dotados de generosa cava que permite a visão de suas pernas e até o alto de suas coxas. Ah, meu Deus do céu e também da terra, que pernas, que coxas.
Na platéia está Gus Esmond Jr. (Tommy Noonan, na foto abaixo), o herdeiro de um milionário da Pensilvânia absolutamente apaixonado por Lorelei e com jeito de absoluto idiota.
Está nos planos de Lorelei embarcar com Esmond para a “Europa França” e lá casar-se com ele. Esmond também faz esses planos, mas papai, Mr. Esmond Sr. (que conheceremos bem mais tarde na narrativa, interpretado por Taylor Holmes), proíbe que ele viaje. Assim, a noiva vai na frente – Esmond tentará ir depois e se encontrar com ela. Lorelei vai na frente, acompanhada, é claro, da amiga inseparável Dorothy, numa suíte de luxo num transatlântico bem parecido com o Titanic.
No naviozão vão também:
- A equipe olímpica americana, um bando de atletas que ficarão vidrados por Lorelei e Dorothy;
- Um bilionário americano chamado Henry Spofford III (George Winslow);
- Um bilionário inglês chamado Sir Francis Beekman, mais conhecido pelo apelido de Piggy (interpretado pelo sempre simpático Charles Coburn), dono de minas de diamante na África do Sul, e sua esposa, Lady Beekman (Norma Varden):
- Um sujeito chamado Ernie Malone (Elliott Reid), que rapidamente até o espectador menos atento perceberá que é um detetive particular contratado pelo milionário Esmond pai para seguir os passos de Lorelei.
O roteiro é de Charles Lederer, um craque. Mas a história original é fraquinha
Uns 80% da ação de Gentlemen Prefer Blondes se passam no transatlântico, entre a partida de Nova York e a chegada dos personagens a Paris.
Supostamente, algumas sequências deveriam ser engraçadas – como aquela em que Lorelei-Marilyn tenta sair da cabine de Ernie Malone pela janelinha redonda e entala quando chega o momento de passar a anca. (A anca de Marilyn é monumental – a câmara focaliza a bunda e os quadris dela em uma cena em que ela dança com o bilionário inglês safado, e, para os padrões de hoje, é um escândalo.)
Ao final do filme, percebi que não tinha dado uma risada sequer. Teria perdido a mão o mestre Howard Hawks, o autor de comédias absolutamente hilariantes como, para citar só algumas poucas, Levada da Breca/Bringing up Baby (1938), Jejum de Amor/His Girl Friday (1939), Bola de Fogo/Ball of Fire (1941), A Noiva era Ele/I Was a Male War Bride (1949) e O Inventor da Mocidade/Monkey Business (1952), esta última com Marilyn Monroe num delicioso pequeno papel secundário? Ou seria um problema meu? De novo: pode ser, sim. Pode ser que, ao rever o filme agora, eu simplesmente não tivesse entrado em sintonia com ele. Acontece volta e meia, com todo mundo, com todo tipo de filme.
Afinal de contas, o roteiro é de Charles Lederer (1911-1976), um craque, que assina três dos filmes citados aí acima, Jejum de Amor, A Noiva era Ele e O Inventor da Mocidade, fora outros filmes de sucesso, como Can-can e Onze Homens e um Segredo, ambos com Frank Sinatra, ambos de 1960.
Mas não é uma história original de Lederer. Ele se baseou na comédia musical da Broadway de mesmo nome, de autoria de Joseph Fields e Anita Loos. Em cima de uma história fraquinha, praticamente inexistente, nenhum roteirista, por melhor que seja, consegue milagres.
No ano do filme, Jane Russell era muito mais estrela que a jovem Marilyn
Os Homens Preferem as Louras se assenta, basicamente, no talento e na beleza de suas duas atrizes – e no fato de que as duas personagens que elas interpretam são opostas, antípodas.
Talento e beleza, Jane Russell e Marilyn Monroe têm de sobra. Talento, beleza e aquele dom, aquela capacidade de deixar as câmaras apaixonadas, em êxtase. Como diz para Lorelei-Marilyn um garotinho de uns 12 anos mas esperteza que muito adulto não tem: – “You’ve got a lot of animal magnetism!”
É. Um bocado de magnetismo animal.
Todo mundo reconhece isso em Marilyn, mesmo os mais jovens, mesmo já tendo passado mais de meio século de sua morte, porque Marilyn é um mito, uma lenda, das maiores que há. É bem possível, no entanto, que muita gente hoje não saiba ou não se lembre da beleza e da sensualidade de Jane Russell. Mas é facílimo comprovar como e por que Jane Russell provocou um impacto gigantesco no cinema e no imaginário de gerações. Basta dar uma busca no Google ou no YouTube ou em ambos por fotos e cenas do filme O Procrito/The Outlaw, lançado em 1943. O filme – uma fantástica preciosidade, uma peça rara de museu, uma cois antológica – começou a ser dirigido pelo mesmo Howard Hawks que dez anos depois dirigiria Jane Russell neste Gentlemen Prefer Blondes, mas Hawks se desentendeu com o produtor, o milionário Howard Hughes, e o homem da indústria aeronáutica resolveu ele mesmo terminar o filme. Os cartazes de The Outlaw exibem uma Jane Russell deslumbrante, gostosíssima, sensualíssima, maravilhosa – parecem feitos para vender um filme pornô.
Em 1953, ano em que Gentlemen Prefer Blondes foi lançado, Jane Russell era uma grande estrela. Marilyn era uma jovem estrela em ascensão – uma ascensão fulminante, mas que ainda estava acontecendo. Isso explica a ordem dos dois nomes nos créditos iniciais e em todos os cartazes do filme na época.
(Haverá mais sobre a situação de Jane e Marilyn na época mais abaixo.)
“Diamonds are a girl’s best friend” é imoral, é um crime
Uma morena, uma loura – duas grandes amigas, mas diferentes demais entre si.
Bem no início da narrativa, há este diálogo, que é para deixar as coisas bem claras desde sempre:
Lorelei-Marilyn, a loura: – “Você perde tempo com pessoas sem refinamento e dinheiro.”
Dorothy-Jane, a morena: – “Já ocorreu a você que algumas pessoas podem não se importar com dinheiro?”
Dorothy sempre namora pobretões. Lorelei só vai atrás de bilionários. Mesmo durante a viagem Nova York-Cherbourg, onde está numa suíte imensa com tudo pago pelo namorado, ela não consegue deixar de procurar o tal bilionário americano e, sobretudo, de se encantar com o bilionário inglês dono de minas de diamante.
Embora, a rigor, seja tudo muito inocente, e não haja menção a sexo, a trepadas propriamente ditas (até porque não poderia haver, naqueles anos em que ainda estava em vigência o Código Hays, de autocensura dos estúdios), a loura Lorelei é a típica e mais descarada alpinista social, que vende beleza em troca de muito dinheiro. A morena Dorothy, ao contrário, é mostrada como uma mulher que quer ter prazer, alegria na vida – dinheiro para ela é coisa secundária.
Pode ser resquício de meus antigos ideais socialistas, mas até hoje considero “Diamonds are a girl’s best friend” uma canção idiota, ou, mais ainda, asquerosa, nojenta. É um hino à coisificação da mulher, à sujeição, à dominação das mulheres pelos homens. É um atentado à dignidade das mulheres. É imoral. É criminoso.
Sei, sei, sei, é uma brincadeira, uma ironia, uma píada. Mas acho que é uma piada de muito mau gosto.
Todo o personagem de Lorelei é construído como uma mulher capaz de cantar ‘Diamonds are a girl’s best friend’ como se aquilo fosse seu ideal de vida. Isso talvez explique por que não consegui gostar do filme, ao revê-lo agora.
Mas o fato é que Gentlemen Prefer Blondes tem uma seqüência bastante engraçada – e fascinante. É quando a morena Jane Russell bota uma peruca loura e imita Marilyn Monroe, em tudo, nos gestos, na voz. E aí, em plena corte de Justiça da França, tira o casaco de peles e, exibindo o corpo glorioso, as longas coxas de estátua grega, manda ver… justamente “Diamonds are a girl’s best friend”.
Jane Russell ganhou US$ 200 mil. Marilyn ganhou US$ 500 – e achou bom!
Um detalhinho e uma informação fascinante.
Lançado em 1953, o filme não foi feito em CinemaScope, aquele formato em que a tela fica muito maior, mais retangular, e que hoje em geral chamamos de widescreen. Nisso, ele é bem diferente de O Mundo da Fantasia/There’s No Business Like Show Business, totalmente rodado em CinemaScope. Quando revimos O Mundo da Fantasia semanas atrás, Mary e eu notamos que não há close-ups do rosto espetacularmente belo de Marilyn, e, na minha anotação sobre o filme, lembro que nos primeiros filmes em CinemaScope os estúdios evitavam mesmo os close-up, dando preferência a planos mais amplos, maiores, mais cheios de gente e objetos.
O fato é que nesse aspecto Os Homens Preferem as Louras sai ganhando de O Mundo da Fantasia. Há vários close-ups do rosto de Marilyn, assim como do de Jane Russell. Lindas mulheres, maravilhosos close-ups.
A informação fascinante é sobre o relacionamento entre Jane Russell e Marilyn durante as filmagens, e a diferença de salário das duas. Consta que as duas – que só fizeram juntas este filme aqui – se deram muito bem. Após o lançamento do filme, as duas puseram juntas, no mesmo evento, seus nomes naquela famosérrima calçada da fama diante do Grauman’s Chinese Theatre, em Los Angeles (veja foto mais abaixo).
Numa das últimas entrevistas que deu, já em 1962, ano de sua morte, Marilyn falou da falta de respeito que os executivos do estúdio demonstravam por ela durante as filmagens de Gentlemen Prefer Blondes. E disse o seguinte: “Eu me lembro quando eu ganhei o papel em Gentlemen Prefer Blondes. Jane Russell era a morena e eu era a loura. Ela ganhou US$ 200 mil, e eu ganhei US$ 500 por semana, mas aquilo era para mim, sabe?, considerável. Aliás, ela foi maravilhosa comigo.”
Todos os alfarrábios cobrem o filme de loas. Se não gostei, o problema é meu
O livro 501 Must-See Movies põe o filme como um dos 50 melhores musicais da História. “As comédias musicais de Marilyn Monroe são fantasticamente engraçadas porque ela é a perfeita pessoa direta, reta. Marilyn às vezes é sexy-engraçada em seus números musicais dentro dos filmes musicais, mas, fora isso, é ela é direta, reta como um cubo. Ela é também uma excelente amiga; suas relações com outras mulheres (ou ‘mulheres’, como em Some Like it Hot, 1959), são honestas e realistas.”
Marilyn eclipsa tudo. É fogo. No final do texto, o livro admite: “E Jane está muito bem, também.”
O livro 1001 Filmes para Ver Antes de Morrer também inclui Os Homens Preferem as Louras. “A persona de Russell combina rispidez com praticidade; Monroe é uma mistura vigorosa de erotismo provocante e inocência infantil, arrematada com um toque de manipulação sagaz. O auge cômico é quando os papéis se trocam para a impetuosa imitação que Dorothy faz de Lorelei no tribunal.”
Mais: “Produto típico da década de 50, Os Homens Preferem as Louras é uma comédia ácida sobre caça à fortuna, sem medo de misturar sonhos sentimentais com um leve sarcasmo e mágica glamourosa com um tino materialista a respeito do que uma garota precisa fazer para se virar – uma espécie de contradição divertida imortalizada no número frequentemente imitado de Monroe, ‘Diamonds are a girl’s best friend’.”
Leonard Maltin dá 3 estrelas em 4: “Esperto, colorido enfeite de entretenimento com duas protagonistas energéticas provocando o desejo dos homens de dois continentes; Marilyn está na melhor forma como a caçadora de fortuna Lorelei Lee, e Russel tem uma interpretação mais dissimulada e cômica como sua companheira.”
Maltin lembra também que o filme teve uma espécie de sequência, Gentlemen Marry Brunettes, no Brasil Eles se Casam com as Morenas (1955), com Jane Russell e a belíssima, deslumbrante Jeanne Crain. Não teve nem um pouco do sucesso e da repercussão do anterior.
O Guide des Films do mestre Jean Tulard dá 4 estrelas para o filme, e é sempre necessário lembrar que o Guide é exigentíssimo com suas estrelas. A grande maioria dos 15 mil filmes descritos ali não tem cotação alguma; são raros os filmes com 3 estrelas, e os com 4 são raríssimos.
Pois aí está: o Guide dá 4 estrelas para o filme. Elogia as frases memoráveis – lembra aquela que já transcrevi, sobre Lorelei-Marilyn ter um maravilhoso magnetismo animal, e cita também este de Lorelei para o pai de seu namorado, Mr. Esmond Sr.: “Não é por causa do dinheiro de Gus que quero casar com ele mas sim pelo seu dinheiro”. Ao final do verbete, define o filme como “uma reflexão alegre e pessimista (e isso não é contraditório) sobre as relações entre os homens e Sua Majestade a mulher. E acrescentemos que os números musicais são excelentes.”
É. Se eu não gostei do filme, ao revê-lo agora, o problema não é do filme – é meu.
Anotação em novembro de 2014
Os Homens Preferem as Louras/Gentlemen Prefer Blondes
De Howard Hawks, EUA, 1953.
Com Jane Russell (Dorothy Shaw), Marilyn Monroe (Lorelei Lee)
e Charles Coburn (Sir Francis Beekman, Piggy), Elliott Reid (Ernie Malone), Tommy Noonan (Gus Esmond Jr.), George Winslow (Henry Spofford III), Marcel Dalio (o juiz francês), Taylor Holmes (Mr. Esmond Sr.), Norma Varden (Lady Beekman)
Roteiro Charles Lederer
Baseado na comédia musical de Joseph Fields e Anita Loos
Fotografia Harry J. Wild
Música Lionel Newman, Leigh Harline, Hal Schaefer, Herbert W. Spencer
Com canções de Hoagy Carmichael-Harold Adamson, Jule Stune-Leo Robin
Montagem Hugh S. Fowler
Produção 20th Century Fox. DVD Fox.
Cor, 91 min
**
Sérgio, eu descordo muito consigo neste texto. Mas opiniões valem o que valem. Eu admito que a história é fraca, demasiado inocente e não muito bem feita. Repare na cena em que Jane Russell vê Malone a tirar fotografias e este julga que ninguém o vê? Tão absurdo. As comédias são absurdas e nós gostamos disso. Vemos uma comédia para ver algo pouco provável no mundo real. Mas aquilo cai não tem graça. Há piadas em Bringing up baby sem sentido, sem verosimilhança alguma. Mas a cena das fotografias em Gentlemen prever blindes não é uma parte cómica. Daí exigirmos realismo na cena. Pq não é uma comédia. Os diálogos tem piadas secas mas só por serem ditas por Marilyn tornam-se deliciosas! As piadas de Jane Russell tem alguma graça e o sarcasmo dela favorece a piada.
Eu amo este filme. Tirando E tudo o vento levou e o feiticeiro de oz foi o primeiro filme clássico que vi. E foi a partir dele que começei a ver cinema clássico. O meu interesse por cinema clássico começou com a Marilyn e o filme que fique na altura com mais vontade de ver foi Gentlemen prever blondes. Não o posso achar um grande musical: tirando o número dos diamantes, os números são relativamente pobres. As coreografias competentes mas não espetaculares. As musicas pouco pateáveis tirando a dos diamantes e a agradável Bey bey baby. O vestido rosa é o meu favorito da Marilyn e, por mais que eu goste da Jane Russell, eu não a acho muito bonita. Desta forma, Marilyn prova que os homens preferem as loiras (eu prefiro em relação às morenas, geralmente).
Sérgio, não diga que a música dos diamantes é um insulto às mulheres! (estou a brincar, tem direito À sua opinião). Eu percebo que a letra remete para a mulher como um ser humano materialista e incapaz de ter um amor imaterial mas não acho que a música mostre a mulher como sendo dominada pelo homem. Tudo bem, a letra diz que é o homem que fornece à mulher as jóias. mas, como já foi referido, este filme ridiculariza os homens e enaltece a independência e a amizade de duas mulheres que não precisam de homens (há estudos lésbicos sobre o filme, devido à relação de casal entre as duas mulheres). O filme mostra mulheres fortes e os homens uns totos.
Eu li a informação de que a Marilyn reclamou pelo salário dela ser menor que o da Jane Russell e dizer que não concordava com isso por ela ser a loira. Não daria as 4 estrelas porque reconheço que há musicais melhores como serenata à chuva mas dava 3 e prefiro este ao agora referido. Obviamente que serenata à chuva é superior mas o meu carinho por Gentlemen prever blindes é maior
Filme bobo, leve e delicioso. Só por “Diamonds are a girl’s best friend” já merece 4 estrelas. Pena não ter sido filmado em Cinemascope.
“On The Town” <3. Não é meu preferido, e a história é mesmo um fiapo, acho que por isso não curto tanto, apesar de ter sido inovador na época por ter sido o primeiro musical a ter filmagens feitas 'in loco', em NY. Mas acima de tudo tem Gene Kelly, isso cobre qualquer história fraquinha.
Que legal ver um filme dele citado aqui, pois acho que tem poucos (só comentei em um, falta comentar nos outros dois).
Este filme foi um dos poucos com MM que não vi, apesar do título famoso que até virou ditado popular (acho que no Brasil faz todo sentido), pois basta assistir a alguns de seus filmes para notar que fazia sempre o mesmo papel. Ela mesma disse, ao ser convidada pra fazer "Some Like it Hot" (adoro! e não é por causa dela – espero que você escreva sobre ele um dia…) que não queria mais papel de loira burra.
Concordo plenamente com o que disse sobre "Diamonds are a girl’s best friend".
Acho Jane Russel muito mais bonita, e aparentemente não tinha a beleza fabricada da MM, é só olhar o nariz relativamente grande mas que combina perfeitamente com seu rosto, e parece não ter sido tocado por cirurgia. Eu ia dizer que devo achar isso por ser mulher, mas sei que há várias outras mulheres super fãs de Marilyn, então é questão de gosto mesmo.
Saber que tem uma cena em que Jane Russell imita MM me fez ter uma ponta de vontade de vê-lo, aumentada por aquela foto de um número da mesma Russel com um monte de homem de sunga e músculos à mostra, no que parecia ser uma academia da época.
Acho que concordo com o Sérgio… É mais um dos filmes que a fama não se justifica pelo valor cinematográfico… As estrelas são lendas, principalmente Marilyn e tudo mais… Talvez por isso ganhou a fama,por sedimentar a lenda da estrela loira… mas bom , não é mesmo…
Gosto de ler comentários de pessoas que sabem do que falam ou são coerentes. Aqui estou aprendendo e gostaria de destacar que o que fez uma obra significativa, não são nossos olhos de hoje, mas os olhos daquele período, junto com as condições técnicas. O glamour acompanhado dos valores comerciais da indústria cultural estadunidense não pode ser ignorado.