Lucy, que Luc Besson escreveu, produziu e dirigiu, é um filme brilhante. Brilhante.
É o adjetivo mais adequado ao filme, na minha opinião – embora seja um tanto gasto, um tanto carcomido pelo uso indiscriminado.
Há palavras que são assim mesmo, ficam gastas, carcomidas – e o fenômeno acontece em especial com adjetivos. Sempre vou me lembrar de que Sandro Vaia bania o uso do adjetivo “instigante” no Estadão: de tanto ser usado indiscriminadamente, dizia ele, “instigante” perdeu qualquer sentido. Concordo: banir “instigante” tem todo sentido.
Lucy é um filme brilhante e cheio de sentido.
Vou ao Aurélio. Brilhante: luzidio, reluzente, cintilante. Ilustre, notável. Magnífico, pomposo, suntuoso, imponente, majestoso. Envolvente, cativante, fascinante. Feliz, ditoso. Diamante lapidado.
É exatamente isso.
Lucy solta faíscas de brilho, de inteligência, de talento. Em vários momentos, dá vontade de ficar de pé e aplaudir, como na ópera. Dá vontade de chorar de simples admiração por tanta inteligência e beleza.
Lucy é um filme de aventura. Uma ficção científica cheia de aventura, ação, tiro, porrada – tem até cena de perseguição de carro, essa coisa bocó que o público americano, o maior consumidor de entradas de cinema do mundo, parece adorar.
Ao mesmo tempo, Lucy é um filme sobre o sentido da vida. Uma digressão metafísica sobre a existência do planeta, da vida, dos animais, do bicho homem. Um estudo sobre a inteligência, uma divagação sobre o que o homem talvez fosse capaz se, em vez de usar apenas 7% da capacidade cerebral, conseguisse utilizar bem mais do que isso.
Um divertido, gostoso filme de ação e aventura que discute alguns dos temas mais fundamentais que já povoaram as mentes mais brilhantes (olha o adjetivo de novo aí, gente!) que já pisaram na casca do planeta – com imagens de uma beleza plástica absurda.
Foi impossível não lembrar da letra de “Ouro de Tolo”, escrita naquele início dos anos 70 por um rapaz promissor para a melodia fascinante de Raul Santos Seixas:
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal
Uma droga super poderosa, mais eficiente que o melhor LSD
São dois personagens principais. Há, é claro, a Lucy do título, interpretada pela maravilhosa, em todos os sentidos, Scarlett Johansson. Para fazer contraponto à magnífica beleza clara e jovem de Scarlett Johansson, há a magnífica beleza escura e velha de Morgan Freeman, como o professor Norman, um cientista admirado, respeitado, que passou a vida estudando biologia, evolução, astrofísica, genética – tentando, enfim, compreender de onde viemos e para onde vamos.
Agora já idoso, o professor Norman concentra seus estudos na coisa do uso da capacidade cerebral. Vemos uma palestra em que ele mostra que há no planeta um animal que usa 20% do cérebro, duas vezes mais que o homem mais inteligente – é o golfinho, e os golfinhos são mais felizes que os homens, lembra o professor, porque nós, entre ter e ser, escolhemos, imbecis que somos, o primeiro.
Não se mostra muito quem é Lucy, qual é seu passado. Quando ela surge pela primeira vez na tela, bem no início da narrativa, está em Taipei, Formosa. Luc Besson passou dez anos trabalhando no roteiro de Lucy, mas não se preocupou em tentar explicar o que raios Lucy, uma jovem americana classe média, está fazendo em Taipei. Veremos apenas que ela divide um quarto com uma outra garota americana, que fala de entrevistas – será que elas são candidatas a modelo?
Faz uma semana, no momento em que Lucy aparece pela primeira vez na tela, logo no início dos curtíssimos 89 minutos do filme, que ela está namorando um sujeito chamado Richard (Pilou Asbæk). Richard está tentando convencer Lucy a entrar naquele hotel gigantesco, estreladíssimo, e entregar aquela valise de metal para o sr. Jang. Lucy acha que ele é que deveria entregar – por que ela teria que fazer o trabalho dele? Papo vai, papo vem, Richard amarra a tal valise ao braço de Lucy – e ela irá se apresentar à recepção do hotel dizendo que quer falar com o sr. Jang.
É tudo maravilhosamente realizado, maravilhosamente bem feito, mas vou dar um fast forward, uma simplificada para seguir em frente: Jang (Min-sik Choi), um mafioso poderosíssimo, acaba de obter em laboratório uma droga sintética que equivale a uma substância natural fundamental no crescimento dos fetos. Um graminha dessa droga ingerida no sangue seria capaz de deixar um sujeito mais doidão e mais genial do que se tivesse tomado o melhor do LSD de Timothy Leary. E então esse Jang bandidão muito poderoso está embarcando para várias capitais européias quatro pacotes de meio quilo da droga – cada pacote inserido via operação no ventre de quarto pessoas, três homens e Lucy. Contra a vontade dela, é claro, mas o que ela poderia fazer contra uma imensa penca de capangas armados?
O pacote colocado no ventre de Lucy arrebenta, e parte da droga entra na corrente sanguínea da garota. Zás, shazam, pindamonhangaba, pirlimpimpim, zupt plact zum, krig ha bandolo – que raio de outro grito existe? –, e Lucy vai passar a ser o primeiro ser humano a vivenciar o que o professor Norman teorizava: vai ser capaz de usar muito mais do que só dez por cento da cabeça, animal!
Animal!
Luc Besson imaginou a existência de uma droga perfeita
Uma droga que traga prazer, sem culpa, sem ressaca, sem danos ao fígado, aos rins, a coisa alguma – isso é o sonho dos sonhos dos sonhos, não?
Uma droga que deixe a gente alegrinho já é bom demais, e então há milênios procuramos ajuda de substâncias que possam ser bebidas, cheiradas, e – credo em cruz, mangalô treis veis – até mesmo inoculadas diretamente nas veias, nos canos, como parece que antigamente falavam alguns junkies.
Basta pensar nas duas drogas mais comuns, mais socialmente aceitas ao longo dos últimos séculos, essas que pagam IPI, o tabaco e o álcool. O tabaco provoca sei lá quantas mil doenças – e sequer dá barato. É gostoso pra cacete, dá uma sensação de conforto, de companhia. Torna-se companheiro, amigo, irmão, camarada, cúmplice, de tal maneira que o sujeito não consegue executar algumas tarefas básicas de sua vida se não estiver consumindo a droga.
A relação custo/benefício não é nada boa.
O álcool… O efeito positivo do álcool – aquele que te levanta um pouco e te deixa mais feliz, também conhecido como as duas doses Humphrey Bogart – dura uma meia hora. Uma hora inteira, se tanto, e se você já não usou muitas vezes a droga. O problema é que o efeito passa rápido, e exige mais droga, mais droga, e, depois de algumas doses a mais de droga, em vez de você estar feliz você está falando imbecilidades com uma voz idiota, não está conseguindo controlar os movimentos mais óbvios dos pés e das mãos, E no dia seguinte vai acordar com uma sede dos diabos, um sensação de culpa imperdoável, e muito provavelmente uma imensa vergonha por saber que você fez alguma besteira imensa – embora não consiga lembrar qual foi.
Ah, sim – e ainda por cima o álcool ferra o fígado, o cérebro…
Nunca experimentei uma pedra. Gostaria muito de ter tido a oportunidade, mas não tive.
Dizem que o LSD poderia provocar danos irreparáveis em pessoas que já tivessem problemas psiquiátricos. Sei lá.
Droga perfeita, capaz de abrir as portas da percepção, de fazer nossa ridícula, limitada cabeça humana usar mais que 10% da sua capacidade, essa ainda não foi inventada. Foi feito recentemente um filme sobre algo como uma droga perfeita, Sem Limite/Limitless (2011). A droga imaginada pelo filme era sensacional; o filme, no entanto, é ruim como um uísque produzido no Paraguai. É uma droga.
Essa droga aí que o mafioso chinês tentou traficar para os maiores centros consumidores – Berlim, Roma, Paris –, meu, se chegasse ao mercado, seria a perfeição. Um grama, e você passa a sentir tudo, a entender tudo, você vira um gênio em tudo!
Mas não é nessa direção de Luc Besson encaminha sua história.
No filme, o que acontece é que Lucy, com a droga colocada num contendor que arrebentou na sua barriga, vira capaz de usar toda a capacidade cerebral – os 90% que não sabemos usar, animal!
E, tendo sua inteligência expandidada mais e mais a cada minuto, Lucy pensa grande. Pensa em impedir a ação dos traficantes, dos mafiosos – e resolve transmitir a incomensurável quantidade de informações que ela está obtendo, e que ninguém mais no mundo tinha obtido, para o cientista que pesquisava exatamente esse tipo de tema, o professor Norman.
Poucas vezes imaginamos um futuro que possa ser melhor do que o mundo de hoje
Fico aqui pensando: meu, quantos filmes têm sido feitos com distopias, com visões de um futuro – breve, ou não tão breve – negro, pavoroso, em que a humanidade se perdeu totalmente.
Ao longo do século XX inteiro, grandes autores criaram distopias apavorantes – mas não foram tantas assim. Houve 1984, de George Orwell; Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. OK, na área específica do ficção científica houve City, de Clifford D. Simak, e vários outros livros espantosamente inteligentes do grande autor.
Não foram muitas, demasiadas, as distopias inventadas no século XX. Talvez porque o século XX tenha sido tão repleto de realidades apavorantes, aberrantamente brutais – os campos de concentração nazistas, os Gulags soviéticos, as atrocidades na Bósnia, a mortandade no Camboja, os períodos de fome em Biafra, Bangladesh – que nem era necessário criar mundos de horror na fantasia.
Já nos últimos anos do século XX, e nestes primeiros do século XXI, meu Deus do céu e também da terra, quanta distopia! Quanta história prevendo para daqui a pouco ou daqui a alguns anos o pior do pior do pior dos mundos! Jogos Vorazes, O Doador de Memórias, Divergente…
Por que será que nos dedicamos tanto a criar futuros de horror, e tão poucas vezes imaginamos um futuro que possa ser melhor do que o mundo em que vivemos hoje?
A genética faz cada vez mais milagres – conquistas extraordinárias, impensáveis até alguns anos atrás. E o que fazemos? Nos apavoramos diante de cada novo avanço da ciência, e dizemos que os cientistas querem ser Deus, e usamos as religiões para dizer que era melhor não fazer isso, não fazer aquilo…
Nós nos negamos a qualquer possibilidade de imaginar um futuro melhor, um futuro em que nossos netos poderiam ser melhores do que somos.
O papel é perfeito para Scarlett Johansson, e ela está estupenda
Como temos nos comportado em relação à criação de drogas que eventualmente possam nos ajudar a pensar melhor, a usar um pouco mais da nossa cabeça animal?
Enfiamos a cabeça embaixo da areia. Não discutimos esse assunto.
O filme de Luc Besson rema contra essa maré idiota do conformismo de que somos animais sem qualquer possibilidade de melhorar.
Besson tem histórico de conhecimento perfeito de efeitos especiais, e, mais recentemente, de computer generated images. Besson, é sempre bom lembrar, é assim uma espécie de Steven Spielberg da França. Aqui, ele nos expõe visualmente os efeitos da droga nos neurônios de Lucy – são imagens brilhantes, maravilhosas. Me lembrei das imagens de Trois Couleurs: Rouge, em que Kieslowsky mostra como um telefonema vai acionando fios e a voz vai passando no meio deles. As imagens de Kieslowiski são lindíssimas, mas as de Luc Besson aqui são ainda mais.
Besson consegue mostrar para a gente, graficamente, via imagens, como a inteligência de Lucy vai crescendo, partindo dos 7%, 10% da nossa cabeça animal, para 20%, e muito mais.
Consta que o realizador pensou em Angelina Jolie para o papel. Pensou também, parece, em Milla Jovovich, a mulher que ele transformou em estrela, da mesma maneira que Josef Von Sternberg transformou Marlene Dietrich em estrela, ou Godard fez de Anna Karina estrela.
Que maravilha que Angelina Jolie não topou, que Milla Jovovich não pôde aceitar porque estava grávida. Lucy, a personagem que começa meio sonsa, meio zonza, meio boboca, e vira a cabeça mais genial que já pisou na casca deste planeta, foi criada por Luc Besson para ser vivida por Scarlett Johansson.
A interpretação de Scarlett Johannson é uma das melhores da sua maravilhosa carreira até agora.
Ela exprime um gama de sensações que é excepcional, absurda. Ela começa como uma bobinha deslumbrada, vira uma criatura apavorada que não sabe o que está acontecendo – e depois vai ficando inteligente, madura, consciente, severa, obstinada.
A expressão de Scarlett Johansson quando Lucy, sendo operada no hospital de Taipei para a retirada do saco da droga que havia estourado, liga para a mãe, nos Estados Unidos, e conta para ela que está sentindo coisas que nunca havia sentido antes, inclusive o cheiro do seio da mãe nas primeiras sermanas de vida, é uma maravilha, uma explosão de talento.
Não, não poderia ter sido Angelina Jolie. Ela está mais velha do que a personagem Lucy deveria ser – e, sobretudo, está magra demais. Lucy é necessariamente uma mulher gostosa, com carnes à mostra. Não que Besson mostre carnes de Scarlett: não, de jeito algum. Não mostra nada. Só insinua, o filho da mãe.
Vejo agora, na hora de postar este texto, uma nova informação no IMDb: Besson tem negado que Angelina Jolie tenha sido seriamente considerada para o papel principal.
O filme me fez lembrar 2001, Meu Tio da América, Koyaanisqatsi e Powaqqatsi
O filme entremeia a ação com algumas sequências da natureza, de animais selvagens em ação – e o resultado é de uma beleza rara. É brilhante.
Não dá para saber, é claro, se Luc Besson pensou nisso, mas esse jogo que ele fez em Lucy de misturar a ação com essas imagens de animais na natureza me fez lembrar de 2001 – Uma Odisséia no Espaço (1968), de Meu Tio da América (1980) e do diptico Koyaanisqatsi (1982) e Powaqqatsi (1988).
Em Meu Tio da América, mestre Alain Resnais incrustra na história que está contando trechos de entrevista com o cientista Henri Laborit (1914-1995), filósofo e estudioso do comportamento animal e humano. A forma com que os personagens da história agem só confirma as teses do cientista sobre os padrões, a previsibilidade do comportamento humano.
Koyaanisqatsi e Powaqqatsi são documentários sui generis, diferentes de tudo o que já se fez no cinema: são uma colagem fantástica de imagens lindas, estranhas, estarrecedoras, impactantes, que mostram muito dos absurdos que a humanidade tem feito com a natureza e consigo mesma.
As primeiras tomadas de Lucy são assim uma espécie de mistura de 2001 de Stanley Kubrick com Koyaanisqatsi e Powaqqatsi: vemos um macaco bebendo água em uma lagoa, uma paisagem lindíssima, completamente selvagem, sem absolutamente nada artificial, nada criado pelo homem. A voz de Scarlett Johansson em off diz:
– “A vida nos foi dada um bilhão de anos atrás. O que fizemos com ela?”
Corta, e vemos agora tomadas de uma metrópole gigantesca. superpovoada, milhares e milhares de pessoas nas ruas de trânsito caótico.
A vida nos foi dada há um bilhão de anos, mas bastaram uns seis mil para que levássemos o planeta à beira da destruição, do caos.
A cidade gigantesca é Taipei, e é lá que estão Lucy, garota linda, e seu namorado Richard, um sujeito de aparência meio hippie, meio punk, que tenta convencer Lucy a entrar no hotel alia o lado e entregar a pasta tipo 007 de metal para o sr. Jang (Min-sik Choi).
Contra toda sua vontade, Lucy vai acabar fazendo o que o namorado pede. Ela entra no imenso lobby do hotel, dirige-se à recepção, diz que quer falar com o sr. Jang. Dentro de segundos ela verá que, do lado de fora do hotel, Richard foi morto a bala; diversos capangas do chefe mafioso, todos de perfeitos terninhos pretos, a cercam e a carregam para uma espetacular suite do hotel.
Mescladas às tomadas em que a bela Lucy é cercada e dominada por bandidos, surgem cenas em que um leão corre atrás de sua presa. Laborit puro, Meu Tio da América puro.
Brilhante!
Acho que, com Lucy, Besson garante seu lugar entre os grandes
Depois de escrever a anotação até aqui, fui dar uma olhada no IMDb. Na página de Trívia de Lucy – informações sobre a produção, curiosidades –, está dito que Besson definiu seu filme como uma mistura de Léon (no Brasil, O Profissional, que o próprio Besson dirigiu em 1994, com Jean Reno e uma criança linda e talentosíssima chamada Natalie Portman), A Origem/Inception, de Christopher Nolan, de 2010, e 2001 – Uma Odisséia no Espaço.
Então tá. Para mim, é uma mistura de 2001, Meu Tio da América e Koyaanisqatsi & Powaqqatsi.
Luc Besson é um realizador polêmico: muitos críticos, franceses ou não, o criticam exatamente por parecer um tanto com Steven Spielberg – como se isso fosse um demérito. (Como o grande realizador americano, Besson é dono de uma produtora, a EuropaCorp, e é produtor executivo de diversos filmes de outros diretores. Também como Spielberg, fez muitos filmes que tiveram imenso sucesso de bilheteria.)
Diz o livro 501 Movie Directors que Besson, depois de La Femme Nikita (1990), tornou-se “um dos mais visíveis e bancáveis criadores de produções caras de ação e prováveis blockbusters”. E dá uma informação interessante, que eu desconhecia totalmente: “Originalmente, Besson tinha vontade de se transformar em um biólogo marinho especalizado em golfinhos. Mas um acidente na adolescência durante um mergulho o impediu de voltar a mergulhar.”
Preciosa informação – porque alguns dos primeiros filmes de Besson são exatamente sobre o mar: Imensidão Azul/Le Grand Bleu, de 1988, foi seu primeiro grande sucesso, e ele ainda faria em 1991 o documentário Atlantis. E os golfinhos são muito citados em Lucy pelo professor Norman como os animais mais inteligentes do planeta.
Uma lembrança óbvia: Lucy foi o nome que os cientistas deram ao fóssil de 3,2 milhões de anos descoberto em 1974, na Etiópia, tido como o hominídio mais antigo já encontrado.
Sempre achei Besson um realizador marcante, especial, como poucos. O Profissional é extremamente competente; O Quinto Elemento (1997) esbanja imaginação, criatividade; Angel-A (2005) é uma brincadeira gostosa; As Múmias do Faraó (2010) é o que de melhor pode haver como cinema diversão. Mas acho que, com Lucy, Besson garante seu lugar entre os realizadores de fato grandes, de fato importantes.
Anotação em fevereiro de 2015
Lucy
De Luc Besson, França, 2014
Com Scarlett Johansson (Lucy), Morgan Freeman (Professor Norman),
e Min-sik Choi (Mr. Jang), Amr Waked (Pierre Del Rio), Pilou Asbæk (Richard), Analeigh Tipton (Caroline), Nicolas Phongpheth (Jii)
Argumento e roteiro Luc Besson
Fotografia Thiery Arbogast
Música Eric Serra
Montagem Julian Rey
Produção EuropaCorp, Canal+, Ciné+, TF1 Films Production. DVD Universal.
Cor, 89 min.
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mto bom o texto! adorei a parte do “meu”, parece q vc está falando…. rs
concordo, achei Lucy um filme brilhante, e ter visto o longa no cinema maximizou mais ainda as belas imagens… tem filme que nao deveria sair do cinema nunca, tipo esse, 2001, Laranja….
Rapaz! (Você tem espírito jovem, então para mim você é um “rapaz”, caro Sergio). Repito: rapaz! Que filme! Acabei de ver e concordo contigo dessa vez: excelente película. Claro: eu tenho uma tara por esse tema (super-inteligência), então sou suspeito a priori para julgar o filme. De um ponto de vista artístico-cinematográfico, eu diria que o filme é um fracasso (rápido demais, com um argumento que sofre por causa disso), mas do ponto de vista do meu gosto pessoal, é maravilhoso. Lembrou-me um pouco um filme com o Travolta, Phenomenon, de 1996. Também há toques do Matrix, nesse Besson: na hora em que ela está perto de atingir os 100% é quase inevitável lembrarmos do Neo do Matrix.