Anotação em 2010: Pra mim é assim: todo mundo deveria ver As Melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodanzky. Agora, pais e mães de adolescentes, estes tinham que ver As Melhores Coisas do Mundo – de preferência ao lado dos filhos.
Não é um filme perfeito. Tem, sim, defeitinhos, para quem quiser se apegar a miudezas. Mas é um grande filme. Daqueles que dão imenso prazer em ver, daqueles de estufar o peito de alegria, de emoção – e, por que não? – de orgulho por ter sido feito no país da gente.
Não tenho muito o direito de dizer isto, porque vejo menos filmes brasileiros do que deveria, mas a idade me permite ser um pouco desavergonhado, e então digo assim mesmo, embora sem muito o direito: As Melhores Coisas do Mundo é um dos melhores filmes que já foram feitos no Brasil nos últimos anos, ao lado de Quando Meus Pais Saíram de Férias, O Homem que Copiava, Meu Tio Matou um Cara. Talvez um dos melhores filmes que já foram feitos no Brasil, com ponto final após o superlativo.
Começa leve, suave – e depois põe na mesa todos os temas importantes
O roteirista Luiz Bolognesi e a diretora (os dois são casados na vida real) foram absolutamente felizes na forma com que estruturam sua trama – uma visão sobre os adolescentes classe média na São Paulo de hoje, seus relacionamentos na escola, com os colegas, com os pais, o duro, dificílimo rito de passagem, as angústias, os medos, os pesadelos do crescimento, na era da internet, das redes sociais.
Começa leve, suave, com um tom bem humorado, cômico – a iniciação sexual, a curiosidade sobre os estranhos seres da mesma idade mas do outro gênero, aquelas pessoas tão diferentes de nós. A narrativa se centra em torno de Mano (Francisco Miguez), garoto de 15 anos, irmão de Pedro (Fiuk), de 17, e, bem na abertura, os pais deles, Camila (Denise Fraga) e Horácio (José Carlos Machado), ambos professores universitários, estão se separando.
Com menos de 15 minutos de filme, numa visita à nova casa do pai agora separado, Pedro e Mano questionam Horácio sobre a separação, querem saber quem afinal é a mulher que acabou com a família deles – e têm uma grande surpresa.
Com uma precisão de cirurgião, com um timing perfeito que faria a inveja de grandes roteiristas da época de ouro de Hollywood, Luiz Bolognesi e Laís Bodanzky vão nos expondo – com graça e leveza – mais informações sobre o mundo em que vivem Mano, Pedro, Camila, Horácio. Entramos na sala de aula do Colégio Paulista. Ficamos conhecendo colegas e professores de Mano. Carol (Gabriela Rocha) é esperta, inteligente, sensível, mas Mano só tem olhos para Valéria (Sophia Gryschek), loura, grande, gostosona. Deco (Gabriel Illanes) é o grande amigo de Mano, mas logo veremos que seu caráter não é dos melhores. A turma toda costuma pegar no pé de Bruna (Maria Eugênia Cortez), com seu jeito de sapatão. Todos na turma admiram o bom professor de Física, Artur (Caio Blat) – e, mais que todos, Carol, que tem uma paixonite por ele. Há a nerdzinha Dri (Thaís Abujamra Nader), que revela todas as fofocas da escola em seu blog.
E há, é claro, as eleições pra o grêmio do colégio. A chapa esquerdóide Che quer se reeleger, embora no período que agora se encerra tenha deixado um rombo nas contas – até porque estava mais preocupada com coisas muito distantes, como o protesto contra a reforma ortográfica. A chapa direitóide Grana quer mudar a programação da viagem de encerramento de curso, de Porto Seguro (“pô, lá tá acabado, um lixo”) para Cancún.
Uma lição de civilidade, de civilização, de democracia
No momento preciso em que o espectador adulto começa a crer que, afinal, este é um filme destinado apenas ao público adolescente – e é bom, é ótimo, é fundamental, é imprescindível que haja filmes brasileiros destinados ao público adolescente –, vira tudo. O riso que nos acompanhava começa a se travar. Estão colocados diante do espectador diversos problemas importantes, sérios, pesados. Até aqui – é como se o filme nos avisasse – estávamos atraindo vocês com a graça, o bom humor. Agora vamos começar a falar sério.
Sem, de forma alguma, ser didático, chato, muito ao contrário, de forma atraente, gostosa, inteligente, madura, As Melhores Coisas da Vida apresenta, põe na mesa para discussão praticamente todos os temas que deveriam ser conversados entre pais e mães conscientes, atentos, e seus filhos. O respeito às diferenças. O respeito às opções diferentes das nossas – sexuais, políticas, filosóficas. A necessidade de combater, com as boas armas, a fofocalhada, o bullying, a invasão da privacidade.
As Melhores Coisas da Vida é um belo filme, gostoso, bem feito, agradável de se ver – mas é também uma lição de civilidade, de civilização, de democracia.
Atuações impressionamente boas
O brilho técnico do filme é muito impressionante. A fotografia (assinada por Mauro Pinheiro Jr.) é de babar. As seqüências em que vemos Mano em primeiro plano, parado, estático, imóvel, com o tempo rolando rapidamente atrás dele, os carros e ônibus passando em câmara acelerada atrás, os alunos do colégio chegando e saindo, são de aplaudir de pé, como na ópera.
Mas talvez o que mais impressione – além do roteiro inteligente, da direção segura, do significado maior do filme, o recado, a mensagem – sejam as atuações. As atuações costumam ser o calcanhar de Aquiles dos filmes brasileiros. Aqui, há algumas atuações mais fracas – mas as boas atuações as suplantam por mil a zero. Como estão bem Caio Blat, como o professor de Física, e Gustavo Machado, como a nova figura na história. Tudo bem: não há nada que Denise Fraga faça que seja ruim, e ela está ótima como a mulher que foi abandonada e deixada sozinha para cuidar dos dois filhos adolescentes.
Mas o que é isso, meu Deus, os garotos Francisco Miguez, que faz o protagonista Mano, e Gabriela Rocha, que faz a sensível Carol? Que brilhantes são as interpretações desses meninos, meu Deus do céu e também da terra!
Laís Bodanzky, essa garota nascida em 1969 em São Paulo (um ano depois que emigrei, sem um tostão furado, para a cidade que acabaria me tratando bem até demais), já deixou uma marca extraordinária, embora curta. Bicho de Sete Cabeças, que ela fez em 2001, uma espécie assim de prolongamento de Vida em Família/Family Life, de Ken Loach, é um filme belíssimo, marcante, impressionante. Chega de Saudade, de 2007, é uma beleza de realização – e é emocionante como uma garota tão jovem conseguiu reunir tantos grandes atores maduros, a começar pelo gigantesco e muitas vezes esquecido Leonardo Villar.
Com licença: vou fazer um desabafo
Uma vez recebi um comentário que me acusava de ser contra o cinema brasileiro, de meter o pau em filmes brasileiros, enquanto não poupava elogios, por exemplo, aos argentinos. O comentário me deixou magoado, mas sobretudo triste, porque era injusto. Fiz então um levantamento sobre as notas que dava aos filmes brasileiros, para responder ao comentário, mas, principalmente, para verificar se ele procedente ou não. Não era. Há mais notas altas para filmes brasileiros neste site do que notas baixas.
Não sou contra o cinema brasileiro, nunca fui. Muito ao contrário. Pelamordedeus. Mas há de fato algumas coisas que não consigo suportar em filmes brasileiros: os atores ruins, os roteiros ruins, e a insistência nos temas miséria-favela-miséria-violência-miséria-miséria-violência-favela. Cacildabecker, o Brasil é muito maior do que isso.
Laís Bodanzky prova isso.
Acho que o cinema brasileiro pós-retomada ficou muito preso à dicotomia denúncia da injustiça social x A Fórmula Globo. Tudo bem – há a fértil vertente dos documentários, com grandes, belas, admiráveis obras. Mas, na ficção, tem denúncia da injustiça social demais, e A Fórmula Globo demais. Meu Deus do céu e também da terra, mas ainda existe algum brasileiro que freqüente cinema e não saiba que isto aqui é o paraíso da injustiça social? Para que chover tanto no molhado, no ensopado?
Do outro lado, há os filmes com os atores globais, com o marketing Global. Nada contra – que se façam filmes de sucesso, como os Se Eu Fosse Você.
Mas, cacildabecker, o Brasil de Humberto Mauro, de Cacá Diegues, de Walter Lima Jr., de Silveira Sampaio, de Nelson Pereira dos Santos, de Roberto Santos, de Ruy Guerra, de Walter Hugo Khoury, de Roberto Faria, de Domingos Oliveira, de Bruno Barreto, de Walter Salles, de Carlão Reichenbach, de Sandra Werneck e tantos e tantos outros grandes cineastas é muito maior do que isso.
Laís Bodanzky prova isso.
Tiro meu chapéu para Laís Bodanzky.
Mais. Agradeço a ela, do fundo do coração, pela beleza de filme com que ela nos presenteou.
Uma boa reportagem conta muito sobre o filme
Vou tomar a liberdade de transcrever uma boa matéria do UOL que revela muito sobre como As Melhores Coisas do Mundo foi feito. O texto é assinado por Eduardo Tardin, e foi publicado em 16 de abril de 2009:
“É como um jogo de espelho: primeiro os adolescentes nos contaram suas histórias, e agora vamos contá-las de volta para eles”, explica a diretora Laís Bodanzky sobre As Melhores Coisas do Mundo, seu terceiro longa-metragem, cujas filmagens começaram na semana passada em São Paulo.
Inspirado na série de livros Mano, de Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto, o filme narra o período de um mês na vida do jovem Hermano e seus amigos, que estudam em um colégio de classe média da capital paulistana e enfrentam os dilemas característicos da adolescência. Laís trabalha com o roteiro original de seu marido, o cineasta Luis Bolagnesi, repetindo a parceria de Bicho de Sete Cabeças e Chega de Saudade.
UOL Cinema acompanhou as filmagens de As Melhores Coisas do Mundo no último domingo (12 de abril de 2009) em um colégio da região sul de São Paulo. Os trabalhos começaram às 6h da manhã e envolveram 80 pessoas da equipe de produção e 2.500 figurantes.
Em uma das cenas filmadas naquele dia, os protagonistas Francisco Miguez (Mano) e Gabriela Rocha (Carol) chegavam atrasados a uma aula do professor de física vivido por Caio Blat. Na saída, Carol tenta enrolar o professor para justificar o atraso. Ela repete a cena uma, duas, três vezes, e impressiona pela naturalidade de sua atuação. E não é sem motivo: Gabriela, assim como todo o elenco jovem do filme, não é atriz profissional. “Eles são incríveis, espontâneos; estão representando eles mesmos”, vibra a diretora.
Para chegar a esse elenco de jovens não atores, Laís recorreu a um série de encontros com alunos de colégios de São Paulo, que liam, criticavam e pediam mudanças nas primeiras versões do roteiro. “Incluir os adolescentes nesse processo foi a saída que encontramos para evitar uma história de tiozinho sobre jovens”, diz o produtor Caio Gullane. Desses dez encontros para leitura do roteiro, saíram alguns dos atores selecionados entre os mais de dois mil jovens inscritos. “O Francisco, que é o protagonista, já estava nesses primeiros encontros”, lembra a diretora.
A presença de não atores, o roteiro colaborativo e uma história que se desenvolve em sua maior parte em um colégio tornam inevitável a comparação com o recente Entre os Muros da Escola, de Laurent Cantet – vencedor da Palma de Ouro em Cannes em 2008 – já que o diretor francês adotou um processo bastante semelhante com os atores e o roteiro de seu longa.
Mas Laís faz questão de destacar que são filmes completamente diferentes. “Entre os Muros mostra a realidade francesa e uma mistura de classes sociais que não está no nosso filme. Além disso, o filme do Cantet foca no ponto de vista do educador. Enquanto Cantet vai à sala dos professores, aqui ficamos o tempo todo com os alunos”, diz Laís. “Meu filme é sobre jovens e para jovens, enquanto o Entre Muros é mais adulto, discursivo”, explica.
Em seu primeiro dia no set de As Melhores Coisas do Mundo, Caio Blat elogia o desempenho dos jovens atores: “Já no nosso primeiro encontro parecia que tinham saltado do roteiro”, diz. “Durante os ensaios e a preparação dos planos, ouvi um ‘click’, click’, ‘click’, e percebi que estavam filmando os alunos conversando, bocejando, dormindo. E eles não percebiam, ficavam esperando o ‘ação'”, conta o ator, que interpreta um professor bastante querido pelos alunos.
Aos 39 anos, Laís achou que já estivesse muito distante da realideade dos adolescentes, mas diz que se surpreendeu: “percebi que as coisas não mudaram tanto; sei o que eles estão pensando, o que estão sentindo, porque lembro do que eu sentia quando estava vivendo aquelas situações, os momentos de descoberta, as cagadas, lembro de tudo”, diz.
Assim como o protagonista Mano, Laís conta que também passou pelo divóricio dos pais quando entrava na adolescência. “Para mim é muito tocante ver um adolescente cujos pais estão se separando. É algo forte, você tem que redescobrir sua família. Na época eu era filha única, mas o Mano já tem um irmão mais velho, e vejo como é bacana a relação dos irmãos durante a separação dos pais, como é bonita a união que surge nessas horas”.
Como a maior parte da história de As Melhores Coisas do Mundo se passa em um colégio, os produtores e a direção de arte do filme tinham um problema: onde encontrar uma escola ficasse vazia e que pudesse ceder boa parte de suas dependências por mais de duas semanas, bem no meio do período letivo?
A solução foi filmar em uma escola francesa na zona sul de São Paulo, que segue outro calendário e tem duas semanas de férias no mês de abril. Para não perder tempo, as filmagens ali começaram já na última sexta-feira (10 de abril de 2009), feriado de Páscoa, e não pararam sábado nem domingo.
Gullane explica que o filme se passa na cidade de São Paulo, que será bem retratada nas telas. “Exploramos muito as locações; não é um filme de estúdio. Mas damos um tratamento de estúdio no caso das locações muito presentes, como é o caso dessa escola”, diz, mostrando uma plataforma construída do lado de fora do prédio para controlar a luminosidade na sala de aula.
Com direção de fotografia de Mauro Pinheiro (de Linha de Passe), direção de arte de Cássio Amarante (Central do Brasil e Encarnação do Demônio) e montagem de Daniel Rezende (de Cidade de Deus e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias), As Melhores Coisas do Mundo tem previsão de estréia para 2010.
As Melhores Coisas do Mundo
De Laís Bodanzky, Brasil, 2010
Com Francisco Miguez (Mano), Gabriela Rocha (Carol), Denise Fraga (Camila), Fiuk (Pedro), José Carlos Machado (Horácio), Caio Blat (Artur), Lilian Blanc (a diretora do colégio), Maria Eugênia Cortez (Bruna), Sophia Gryschek (Valéria), Gabriel Illanes (Deco), Gustavo Machado (Gustavo), Thais Abujamra Nader (Dri Novais)
Roteiro Luiz Bolognesi
Inspirado na série de livros Mano, de Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto
Fotografia Mauro Pinheiro Jr.
Música Eduardo Bid
Produção Gullane Filmes. DVD Warner Bros. Estreou em SP 16/4/2010
Cor, 100 min
***1/2
Concordo plenamente que este é um dos melhores filmes já feitos no Brasil. A atuação dos adolescentes impressiona e uma cena em especial me emocionou muito, que foi quando Mano e sua mãe (brilhante Denise) quebram os ovos na parede da cozinha.
Sem contar o carisma do Mano e da sua amiga Carol, com sua voz impar. Assisitir este filme já está na minha lista das melhores coisas do mundo! rs
É realmente um filme de primeira. Dos grandes filmes nacionais, daqueles que contradizem a rotina. Muito bacana mesmo.
Eu não gostei nem desgostei. É um bom filme, mas não me cativou, acho que pq não faço parte do público-alvo. E apesar de ter birra com filmes nacionais, assisti com boa vontade e sem preconceito.
A primeira metade acaba ficando enfadonha pq é só sobre o mundo dos adolescentes. E mesmo quando entra nos assuntos sérios, são assuntos que não me tocam, e alguns foram tratados de maneira superficial.
Mas, pra quem tem filhos nessa idade deve ser interessante, pois trata de temas que, nessa fase , os pais acabam deixando de lado.
Acho tb que estereotiparam os adolescentes, como se todos eles fumassem e bebessem (que escola hoje permite fumar? Se antes já não era permitido, imagina agora com leis anti-fumo a todo vapor?). E os jovens do filme só têm 10 palavras no vocabulário, uma delas é “véio” e as outras 9 são palavrões.
Uma das poucas coisas que achei interessante e que passou batido foi ver como hoje o professor tem que disputar a atenção dos alunos com a tecnologia (no youtube tem um vídeo bastante acessado onde um professor perde a cabeça com a insistente chamada do celular de uma aluna).
O filme pintou algumas coisas muito de cor-de-rosa, como se a primeira transa fosse algo fácil e banal. Daí as meninas assistem e acham que é assim, que na hora vai ter fundo musical e que não vão engravidar. E não adianta falar que hoje todo mundo tem acesso à informação e a métodos contraceptivos, na vida real não é assim que funciona; a cabeça delas é diferente. As estatísticas de adolescentes grávidas no país todos os anos estão aí pra provar (ai, tá bom, estou sendo chata; o filme não tem obrigação de ser didático).
O título não tem nada a ver com o filme. Só no final eles falam sobre algumas (d)as melhores coisas do mundo, mas mesmo assim ficou solto e sem sentido.
Por fim, ai que preguiça de ter que ver Paulinho Vilhena e Fiuk (com a mesma cara e o mesmo não-talento do pai) atuando.Mas o casalzinho principal é mesmo muito talentoso.
Well, como eu já disse aqui em comentários sobre outros dois filmes, eu não gostava de adolescente nem quando eu era uma.
Jussara, é que o filme trata sobre adolescentes de classe média. Daí pra cima. Não representa a adolescência em sua totalidade, mas sim a de classe média.
O título é bacana. No fim, depois de passado o tempo, é a idade das melhores coisas do mundo.
Talvez pela sua frase final eu entenda sua opinião…rs
Pois é, Danilo, o universo adolescente nunca foi a minha praia, independente da classe. rs
Agora que vc falou, consegui entender o porquê do título. Faz sentido dentro do contexto do filme.
Na verdade nunca tinha ouvido falar desse filme
como eu estou trabalhnado cyberbulling com meus alunos eu tive como sugestão de filme pela revista MUNDO JOVEM filme as MELHORES COISAS DO MUNDO.
Tive curiosidade, mas fiquei um pouco insegura em relação aos meus alunos pelo filme ser brasileiro e eles não gostarem, nada contra filmes brasileiros, mas o filme conseguiu superar as minhas espectativas e as de meus alunos.
Adoramos o filme, e mais ainda pq pude trabalhar diversos temas com meus alunos. valores, cidadania e muito mais.
Como público alvo posso dizer que não gostei. Tenho meio birra desses filmes, séries com temática adolescente. Sinto como se fosse feito mais para os pais entenderem ou acharem que podem entender mais seus filhos adolescentes do que pra gente mesmo. Tenho preconceito com trem pra adolescente. Tenho birra de pai que acha que depois de assistir isso sabe tudo sobre adolescente. Sério mesmo? Esses trem não retratam a gente, nem de longe.