3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2008: Uma total surpresa que vem da Austrália – e é um belo filme, que merece revisão.
Vi na TV de madrugadão, com som baixinho. Nunca tinha ouvido falar do diretor Robert Connolly, um australiano nascido em Sydney em 1963 (este é seu segundo filme), nem dos atores, todos corretos.
É um filme profundamente humanista, believer, simples, despretensioso – e cheio de talento.
O personagem central é Eddie, um engenheiro químico que trabalha num departamento do governo australiano. Ele é demitido pelo novo chefe, que no passado tinha namorado uma paixão da infância de Eddie – Amanda (Sarah Winter), uma mulher de família rica.
Eddie narra sua história para o espectador, e conta que Amanda tem o dom (ou melhor seria dizer maldição?) de aparecer na vida dele com a regularidade matemática de um cometa, de exatos nove anos e meio em nove anos e meio. No momento da ação, Amanda fará uma dessas passagens bissextas pela vida de Eddie.
Boa pessoa, bom caráter, com a mulher desempregada, uma filha novinha para criar e só os três dólares (australianos) do título no bolso, Eddie encontrará também um mendigo com quem aprenderá lições de vida.
O filme amealhou quatro prêmios e cinco outras nomeações. De fato, é uma delícia que gostaria de rever.
Três Dólares/Three Dollars
De Robert Connolly, Austrália, 2005.
Com David Wenham, Sarah Wynter, Frances O’Connor
Roteiro Robert Connolly e Elliot Perlman
Baseado em novela de Elliot Perlman
Música Alan John
Produção Arenafilm
Cor, 118 min.
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