2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2007, com complemento em 2008: Um filme bonito, sensível, de um diretor do cinema independente canadense, Carl Bessai.
O grande ator inglês Ian McKellen faz o Emile do título original, um acadêmico que teve o muito sucesso no seu campo de trabalho na Inglaterra, depois de abandonar o irmão mais novo no interior do Canadá.
Quando volta ao país natal, muitas décadas depois, para receber uma homenagem em uma faculdade, vai visitar Nadia, a sobrinha que nunca conheceu (a bela Deborah Kara Unger), e a filha dela, Maria (Theo Crane). Naturalmente, a sobrinha recebe com a maior frieza e pé atrás o tio desconhecido que teve muito mais chance na vida do que seu próprio pai, já morto; a garotinha Maria, pouco a pouco, porém, vai se abrindo para Emile, enquanto ele vai se lembrando da sua relação com o irmão, tantas décadas depois. A narrativa vai entremeando o presente com as lembranças do personagem central.
A viagem de um velho para receber uma homenagem acadêmica, é claro, é uma homenagem do jovem diretor canadense a Ingmar Bergman e à jornada passado adentro empreendida pelo personagem de Victor Sjöström em Morangos Silvestres, a obra-prima de 1957.
A Força das Palavras/Emile
De Carl Bessai, Canadá-Inglaterra, 2003.
Com Ian McKellen, Deborah Kara Unger, Theo Crane
Argumento e roteiro Carl Bessai
Cor, 95 min