3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2006, com complemento em 2008: Rever este filme de ficção científica décadas depois da primeira vez serve para confirmar que ele é muito bem feito, correto, com um visual avançado para a época, início dos anos 70. E estabeleceu um padrão que seria seguido por muitos outros.
Um grupo de cientistas tenta isolar um vírus mortal que veio do espaço, trazido por um satélite que caiu num deserto, lutando contra o relógio e a ameaça de uma explosão nuclear. O filme abre com uma bela seqüência em que helicópteros sobrevoam uma pequeno vilarejo do Oeste americano – uma região seca, quase desértica, tipo Novo México, ou Arizona – em que todos os habitantes estão mortos. Com exceção dessa seqüência, praticamente todo o resto do filme, que é longo, mais de duas horas, se passa no interior de um laboratório subterrâneo. O veterano diretor Wise consegue criar um clima opressivo, claustrofóbico.
Todos os filmes dos anos 90 sobre ameaças de epidemias, vindas do espaço ou não, como Epidemia/Outbreak, de 1995, beberam muito neste filme. Ele estabeleceu um padrão, assim como O Dia em que a Terra Parou/The Day the Eartth Stood Still, que o mesmo Wise fez em 1951, também criou o padrão do E.T. bom.
Em 1992, 21 anos depois de o filme ter sido lançado, uma diretora chamada Anne McGuire pegou o original e editou de trás para a frente, tomada por tomada, e deu à sua experiência o nome de The Strain Andromeda, invertendo a ordem das palavras do título original. Pode parecer loucura, mas está lá no iMDB. E, em 2008, um tal Mikael Salomon refez o filme para a TV americana.
O Enigma de Andrômeda/The Andromeda Strain
De Robert Wise, EUA, 1971.
Com Arthur Hill (Dr. Stone), David Wayne (Dr. Dutton), James Olson (Dr. Hall), Kate Reid (Dr. Leavitt), Paula Kelly (enfermeira), George Mitchell (velho)
Roteiro Nelson Gidding
Baseado no romance de Michael Crichton
Produção Universal
Cor, 130 min.
Olá Sérgio,
O bom do feriado prolongado é poder ter tempo e calma para assistir filmes que estavam em uma lista perdida em algum lugar.
Ainda não assisti o remake do filme de 2008, mas esse O enigma de Andrômeda é um filme muito bom e que diz muito sobre como os cientistas são tão humanos quantos nós que normalmente não temos quase conhecimento sobre o assunto.
Mostra também que o jogo politico pode influenciar e muito qualquer decisão e que no caso do filme, quase pôs tudo a perder, visto que por um equivoco de comunicação (ding ding rsrs) a mensagem chegou tardiamente e ao mesmo tempo no momento certo para os cientistas terem um ponto de vista diferente sobre tudo o que vinha acontecendo.
Irei assistir o de 2008 que com uma tecnologia mais avançada deve ter ficado diferente, mas as minúcias que foram tratados os cenários mesmo naquela época é de tirar o chapéu (a parte da biometria foi excelente…lembrando que estamos utilizando somente há pouco tempo).