2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2006, com complemento em 2008: Comedinha dos anos dourados, mas meio fraquinha. Sete anos depois de ser dada como morta num naufrágio num ponto distante do Pacífico, a personagem de Irene Dunne reaparece na sua cidadezinha, no momento em que seu marido (Cary Grant) está se casando de novo com uma Bianca (Gail Patrick).
Seguem-se mil confusões, as situações mais malucas que se poderiam imaginar – algumas tão ridículas que dão uma certa vergonha no espectador.
Garson Kanin (1912-1999) foi ator, diretor e dramaturgo na Broadway, e, em Hollywood, trabalhou muito mais como roteirista do que como diretor. Fez os roteiros ou as peças que originaram os roteiros de diversas boas comédias inteligentes, elegantes, como, para citar só algumas, Nascida Ontem/Born Yesterday, A Costela de Adão/Adam’s Rib e A Mulher Perfeita/Pat and Mike, estes dois últimos com o fascinante casal Spencer Tracy/Katharine Hepburn.
Pauline Kael gostou do filme. Diz ela: “Tennyson escreveu Enoch Arden em 1864, e o cinema vem fazendo versões desta obra desde que D.W. Griffith a realizou em 1908 (e de novo em 1911). Esta aqui é a mais famosa e engraçada. No dia em Cary Grant (como Nick Arden) se casa com Gail Patrick, a sua esposa, Irene Dunne, naufragada sete anos antes, volta para casa. Ela acompanha os recém-casados em sua lua-de-mel, impede a consumação do casamento, e, como uma gatinha esperta, insinua-se ronronando até a vitória final. Garson Kanin tinha 27 anos (e estava mais esperto que nunca) quando dirigiu este sucesso clássico da comédia maluca. Randolph Scott faz o cientista vegetariano que era companheiro de Irene na ilha.”
Minha Esposa Preferida/My Favorite Wife
De Garson Kanin, EUA, 1940.
Com Irene Dunne, Cary Grant, Randolph Scott, Gail Patrick
Roteiro Leo McCarey, Bella Spewack e Samuel Spewack
Baseado em poema de Alfred Lord Tennyson
Montagem Robert Wise
Fotografia Rudolph Maté
Música Roy Webb
Produção RKO.
P&B, 88 min.
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