2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2005, com acréscimo em 2008: Uma história muito, mas muito estranha. A mãe do título original, mulher de lá uns 60 anos (Anne Reid), perde o marido e vai viver com o filho (Steven Mackintosh) e a filha (Cathryn Bradshaw) em Londres. Lá, passa a ter um caso com um sujeito uns 20, 25 anos mais novo (Daniel Craig), que trabalha como faz tudo na casa do filho dela e namora a filha.
O filme é todo correto, todo bem feito, com excelentes atuações, como se espera de um filme inglês. OK, mas e daí? É um daqueles filmes em que, ao final, a gente se pergunta: tá, mas qual é o interesse de se contar essa história? Quiseram dizer o quê, exatamente? Como assim?
O tempo passa cada vez mais depressa, fazem-se astros e estrelas na velocidade da luz, e então é interessante ver que Daniel Craig, neste filme de 2003, fazia um papel secundário; nos pouquíssimos anos seguintes, virou um grande astro, virou James Bond.
O filme foi escolhido para passar na Quinzena dos Realizadores em Cannes. O diretor Roger Mitchell, um sul-africano nascido em 1956, havia dirigido quatro anos antes, em 1999, o gostosinho Um Lugar Chamado Notting Hill, bem mais cinemão comercial do que este aqui. Dois anos depois, faria Venus, um veículo para o brilho de Peter O’Toole como um velho ator que acaba desenvolvendo uma amizade com uma gatinha linda e bobinha, a Vênus do título. No que se nota, então, que o rapaz tem um interesse por relações afetivas entre pessoas de idades muito diferentes.
Recomeçar/The Mother
De Roger Michell, Inglaterra, 2003.
Com Anne Reid, Peter Vaughan, Anna Wilson-Jones, Steven Mackintosh, Cathryn Bradshaw, Daniel Craig
Argumento e roteiro Hanif Kureishi
Produção BBC Films.
Cor, 112 min
**
Título em Portugal: A Mãe
Assisti este filme ontém a noite.
Fiquei com a mesma impressão que voce.
Uma coisa que reparei é que o filho vive no celular, não morre de amores pela mãe, assim como a sua mulher pela sogra e os netos não dão a mínima para os avós.
Quero acreditar, devido a algumas situações no filme,que o diretor quis:chocar,polemizar e surpreender.
Surpreender : algumas pessôas diriam com certeza que a mãe não se envolveria com o “faz tudo” da casa,por sua filha já estar namorando com ele e pela diferença de idades.
Chocar/polemizar: pelas relações sexuais da mãe com o “faz tudo”. Aqui, com certeza se formos pesquisar, vamos encontrar barris de opiniões contrárias à isso e, muitas não duvido, até com alguma repugnância, repulsa.
Só porque a mulher envelheceu, deixou de ter vontades, sonhos, instinto , desejo sexual?
Não pode mais fazer sexo? Mesmo que seja com um homem 30 anos mais novo?
E, onde ele quis chocar mesmo, foi naquela última cena de sexo. Que aliás, achei não ser necessária. Me pareceu um tanto vulgar.
Mas acho que essa foi a intenção do diretor.
Naquele momento o cara já estava tripudiando dela. Um canalha de primeira linha.
Sergio, é aquela coisa, para muitos :
1- Um coroa de 70 anos transando é um super garanhão.
2- Uma coroa de 70 anos transando é . . .
Como voce disse, um filme correto, bem feito.
Um abraço !!
Só um detalhe que esqueci de dizer.
Neste filme houve uma reunião onde um senhor de óculos que estava se pronunciando,o Bruce naquele momento, logo na primeira tomada , o seu rosto me lembrou o Boris Casoy e, me deu um certo nó na garganta.
Eu nutria por esse Senhor, grande simpatia e respeito,que perdi com aquela reportagem dos garis. ” Do alto de suas vassouras “.
Nunca mais assisti o tele-jornal com ele.
Quantas saudades do Joelmir Beting …
Era isto, obrigado.
Um abraço !!
Houve um erro de pontuação quando eu falava do Bruce. Mas, acredito que seja perdoável .