2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2003: A história – que ganhou um Oscar – é simples: homem chega num navio a Nova Orleans com uma doença extremamente transmissível, é morto depois de um jogo de cartas, e a polícia e o departamento sanitário, na pessoa de um esforçado médico (Richard Widmark), vão atrás dos participantes do jogo antes que a doença se espalhe como uma peste.
Como é um filme de Elia Kazan, tem classe, visual apurado – com muitas cenas nas ruas de Nova Orleans -, belas interpretações, muito clima, aquele clima pesado e denso de film noir.
E uma peste que se espalha rapidamente, num país dilacerado pela caça às bruxas do macartismo, e onde além da lista negra dos supostos comunistas (como foi o caso do ator Zero Mostel) havia também a lista negra dos que foram acusados de dedurar gente no Comitê sobre as Atividades Anti-Americanas (como foi o caso do grande diretor), é uma bela, poderosa metáfora.
Pânico nas Ruas/Panic in the Streets
De Elia Kazan, EUA, 1950.
Com Richard Widmark, Dolores Del Rio, Jack Palance, Zero Mostel
Roteiro Richard Murphy
Edward & Edna Anhalt
Produção 20th Century Fox
P&B, 93 min.
Vi agorinha no TCM (e legendado, ueba!). Estava lendo que antes de J. Austen eram histórias complexas e melodramáticas com personagens simples e ela fez histórias simples com personagens complexos…acho que o cinema teve sua época de histórias simples (como essa) e ricos personagens. Eu gostava.