2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2002: Um noir com algumas coisas muito boas e outras absolutamente infantis. Uma coisa boa: a loura (Lizabeth Scott, essa moça que desapareceu completamente a partir de meados da década de 50) é exatamente o oposto da loura dos noirs de sempre: é doce, meiga, apaixonada, fidelíssima como um cão de guarda. Uma coisa absurdamente ruim: o personagem central, um homem como tradicionalmente nos noir perdido após a Segunda Guerra, de repente se encontra e fica melhor que Madre Tereza de Calcutá.
No interessante livro O Outro Lado da Noite: Filme Noir, A.C. Gomes de Mattos, professor de história do cinema na PUC do Rio, diz:
“Depois de perder muito dinheiro em um jogo de pôquer duvidoso para Danny Haley, o comerciante Arthur Winant se suicida. Diante do ocorrido, Danny e os outros dois parceiros, Barney e Augie, ficam com receio de descontar o cheque com o qual Arthur pagou sua dívida. A tensão aumenta quando Barney aparece estrangulado. O Capitão Garvey sabe do jogo de pôquer e suspeita que o irmão de Arthur, Sidney, quer se vingar dos três jogadores.
“O filme, cujo argumento até que é original (os três jogadores perseguidos por um maníaco homicida), tem algumas proposições noirres: o herói cínico e amargurado; o assassino psicopata; a fotografia expressionista (as ruas cobertas pelo nevoeiro e molhadas pela chuva, o claro-escuro dos interiores etc.”
Cidade Negra/Dark City
De William Dieterle, EUA, 1950.
Com Charlton Heston, Lizabeth Scott, Viveca Lindfors, Dean Jagger
Roteiro Larry Marcus, Ketti Frings e John Meredith Lucas
Baseado na história No Escape, de Larry Marcus
Música Franz Waxman
P&B, 98 min
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