2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2001, com complementação em 2008: Devo confessar: não entendi o filme. Afinal, quem é o pistoleiro solitário sem nome? Por que ele resolve ir parar na cidadezinha de Lago? Por que ele manda os habitantes do pobre lugar abandonado por Deus pintar todas as casas de vermelho e escrever “inferno”? Que vingança ele está procurando, contra quem?
Me conforta um pouco saber que o personagem do anão também ficou com dúvidas: no final do filme, bem no final, ele pergunta ao pistoleiro solitário sem nome: “Quem é você?” Ao que Clint, o ator, repetindo o seu personagem de tantos outros filmes anteriores, sujeito de muita ação mas pouquíssimas palavras, responde apenas: “Você sabe”. E, tão misteriosamente quando veio, viu e matou, desaparece.
Foi a Marynha que entendeu, e me explicou: o pistoleiro solitário sem nome é o espírito do delegado que havia sido assassinado naquela cidade tempos atrás. Ah, então tá: é o espírito. Na minha opinião, para um espírito ele dá tiros reais demais.
Bem, se for isso mesmo, chega-se à conclusão de que o belo Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal, de 1997, não foi o primeiro flerte do Clint com o sobrenatural.
Neste seu segundo filme como diretor (o primeiro havia sido Perversa Paixão/Play Misty For Me, de 1971, em que interpreta um disc-jockey de uma cidadezinha da costa californiana, na região de Monterey), Clint de fato se inspirou nos westerns que fez com Sergio Leone e no próprio personagem que interpretou em tantos western-spaghetti, o do pistoleiro solitário sem nome. Fez um exercício de estilo – e, inegavelmente, demonstrou talento e estilo.
Era 1973, e ele estava começando a nova carreira. Seria bem mais tarde, depois de matar mais algumas dúzias de bandidos em westerns e policiais, que Clint Eastwood, então um artista maduro, reveria essa matança toda e refletiria sobre ela, no extraordinário Os Imperdoáveis, de 1992, e em todos os excelentes filmes que faria a partir daí.
O Estranho Sem Nome/High Plains Drifter
De Clint Eastwood, EUA, 1973.
Com Clint Eastwood, Verna Bloom, Marianna Hill, Geoffrey Lewis
Argumento e roteiro Ernest Tidyman
Produção Malpaso, distribuição Universal
Cor, 105 min.
Western bastante interessante e original, que em Portugal se chamou “O Pistoleiro do Diabo”. Título que traduz bastante melhor a trama do filme, deliberadamente ambígua no respeitante à verdadeiro identidade do vingador que aliás até nem tem tanto interesse assim desvendar. O que é mesmo curioso é que naquela cidade ninguém é inocente e a maioria o que pretende é expiar a sua quota parte de culpabilidade, nem que seja por via da aceitação das tarefas mais estranhas exigidas pelo forasteiro. Mais um filme de Eastwood que me dá sempre um grande gozo rever.
Sempre gostei muito dos westerns com o Clint Eastwood , sobretudo a trilogia dos dólares.
“Os Imperdoáveis” foi o supra-sumo.
Este aqui, nem online estou conseguindo. Mas consegui ver ontém, “O Cavaleiro Solitário”.
E, pelo que voce diz neste texto, me parece que o tema é o mesmo.
Só que em ” O Cavaleiro Solitário ” , o vingador vem do céu. A mocinha do filme reza por um milagre que possa ajudá-los na luta contra os bandidos e , aparece o ” Pastor ” (Clint). Aqui ele também aparece do nada,vê, mata e desaparece. Duas cenas deixam claro quem o ” pastor ” realmente é. E , pelo que voce diz , faz lembrar tbm ” O estranho sem Nome “.
Eu gostei,a história é bôa, as cenas de ação também são boas e sem muitos exagêros.
E hoje o que existe é uma enorme admiração por esse cineasta maravilhoso que é Clint Eastwood.
Um abraço!!
Aquela cena final que ele responde para o mordecai “Você sabe”, reparei que Mordecai tinha acabado de fazer a lápide do Oficial morto anteriormente “Duncan”, escrito, “descanse em paz”, logo o Estranho segue e some no horizonte antes da paisagem encobri-lo, demonstrando que ele se desmaterializou. Creio que ele foi embora descansar, pois somente agora teve direito a uma lápide que é um direito dos mortos em várias culturas para que possam finalmente descansar. Ao meu ver ele é o próprio Duncan que voltou novo e se vingou afim de poder ter uma lápide e descansar. Duncan quando estava morrendo disse “vão todos para o inferno”, e foi o que o Estranho fez, ele mudou o nome da cidade para inferno, pintou tudo de vermelho e no final pôs fogo em boa parte.
Ao Duncan morrer, ele diz “Vocês estão todos condenados ao inferno”, a Sarah(segunda mulher com quem ele dorme no filme) conta sobre o Duncan, e diz que ele simplesmente foi enterrado sem uma lápide, e diz que em várias religiões a lápide é o que permite ao morto descansar em paz e pergunta se ele acredita nisso, e é isso que ele faz, coloca o nome da cidade de “Inferno”, pinta ela de vermelha e deixa ela ser “destruída” pegando fogo, assim parecendo como o inferno, e após conseguir sua “vingança” contra os habitantes que não o ajudaram, mata seus assassinos, e após o anão(xerife,haha) ter feito sua lápide o que supostamente era uma ordem dele, o anão pergunta “Eu não perguntei o seu nome” e então o Pistoleiro Sem Nome diz “Você sabe” e então o filme foca na lápide com o nome de Duncan com “Descanse em paz” e logo então o Pistoleiro Sem Nome some, dando a entender que pôde finalmente descansar em paz. Acabei de ver pela primeira vez e adorei o filme.
filmes de faroeste com clint eastwood,assisti todos,sao muito bons, estranho sem nome,assisti varias vezes,e dispensa comentarios,imperdivel,segue um roteiro impecavel,vale a pena assistir.
SINCERAMENTE, NÃO ENTENDI NADA, PRINCIPALMENTE DEPOIS DOS ATAQUES À BRASÍLIA……..QUE RELAÇÃO PODE TER?