2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2000, com complemento em 2008: Os diálogos e o roteiro são do grande Jorge Semprun, e o filme abusa das idas e vindas no tempo, ao estilo do Alain Resnais de Ano Passado em Marienbad, com quem Semprun trabalhou nos anos 60.
Esbanja-se erudição nas referências às tragédias gregas, e também tem aquele olhar de desprezo dos artistas pela burguesia. Romy Schneider, esplendorosa, faz a mulher riquíssima de um conde italiano falido, diplomata na Grécia vítima de golpe de estado de extrema direita logo antes da chegada da Segunda Guerra, que se apaixona por um líder comunista.
Esse diretor Pierre Granier-Deferre (1927-2007) trabalhou com os maiores atores franceses nos anos 1960 e 1970; dirigiu Jean Gabin, Yves Montand, Simone Signoret, Lino Ventura, Alain Delon, Charles Aznavour, Jacques Perrin. Mas, pelo menos para mim, ficou obscurecido pela geração da nouvelle vague – Truffaut, Godard, Resnais, Malle, Chabrol, e Lelouch, Broca e Clément correndo por fora.
Uma Mulher na Janela/Une Femme à sa Fenêtre
De Pierre Granier-Deferre, França, 1976.
Com Romy Schneider, Philippe Noiret, Victor Lanoux
Roteiro e diálogos Jorge Semprum
Baseado em livro de Pierre La Rochelle
Cor, 110 min
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