3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1999, com complemento em 2008: Eis aí um filme dos anos 1950 que é muito amado por quem viu na época, e também por quem veio depois – um daqueles filmes sentimentais que caem no gosto das famílias, e os pais adoram mostrar para os filhos.
Em 1995, quatro décadas depois de ter sido feito, foi citado várias vezes em um filme correto e bem intencionado sobre famílias, pais divorciados e suas relações com os filhos, Bye, Bye, Love – Os Divorciados/Bye, Bye, Love: um dos pais vê e revê o filme no vídeo com o filho, e os dois choram e choram e choram…
Eu me lembrava bem de fotos de cenas, vistas em revistas na infância e adolescência, mas nunca tinha de fato visto o filme antes. Hoje, para quem não o viu na época, parece datado, velho. O diretor William Wyler olha os quakers com carinho e tentando compreendê-los, mas ao mesmo tempo faz rir um pouco deles. É inocente e ingênuo como uma pintura primitivista.
Foi indicado para seis Oscars – filme, diretor, ator coadjuvante (Perkins, jovenzinho de tudo – tinha 24 anos), trilha sonora, som e roteiro. O roteirista Michael Wilson não foi creditado no filme porque estava na lista negra do macartismo. Wyler ganhou a Palma de Ouro em Cannes em 1957.
A sempre incisiva Pauline Kael disse que ele é “decepcionante, mas longe de vergonhoso” – e reconhece nele defeitos mas também méritos. “É sobre um grupo de quakers de Indiana na época da Guerra Civil; eles tentam aferrar-se à sua crença na não-violência, apesar das ações dos invasores confederados. (…) O filho mais velho (Anthony Perkins) pensa em descarregar chumbo em cimado primeiro rebelde que aparecer nas vizinhanças. Esta foi uma das primeiras personagens confusas, mateiras e emocionais de Perkins; suas mudanças de humor ainda não se tornaram febris, e ele está maravilhosamente simpático imitando os movimentos desengonçados de Gary Cooper – um filho muito convicente. (…) Foi uma tentativa de tratar de um tema incomum, e o trabalho de Wyler demonstra cuidado e gosto.”
Falou bem, Dona Pauline.
Sublime Tentação/Friendly Persuasion
De William Wyler, EUA, 1956.
Com Gary Cooper, Dorothy McGuire, Anthony Perkins
Roteiro Michael Wilson
Baseado em livro de Jessamyn West
Música Dimitri Tiomkin
Cor, 137 min.
Gostei demais desse filme mas importaria em saber porque no espaço estipulado de 1 hora e trinta e sete minutos termina sem contemplar o fim. Nesse espaço de tempo citado não decorre o filme todo e para um pouco antes de o jovem ir para a guerra, ficando assim sem saber-se o resto do filme. por favor queiram me informar. obrigado.
Amigo Fernando Fioritti, de fato, a duração indicada é de 137 minutos, ou seja, duas horas e 17 minutos.