4.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1999: Um deslumbre. Um dos filmes visualmente mais bonitos da história. Para rever muitas vezes.
Cada tomada desta biografia do 14º Dalai Lama é de beleza rara. Scorsese dedica o filme à mãe, que nasceu em 1912 e morreu no ano em que o filme foi terminado. Mas certamente se inspirou no visual majestático do mestre Visconti. A música de Philip Glass é um de seus melhores trabalhos, senão o melhor.
Comentei com Marynha: Quando sai do Brooklyn, o Scorsese só faz coisas geniais. Não que no Brooklyn ele faça coisa ruim, é claro. Mas A Última Tentação de Cristo, A Época da Inocência e este aqui são monumentais.
Não é coincidência, evidentemente, que Scorsese tenha feita um filme sobre Cristo e um sobre o Dalai Lama. Ele nunca escondeu sua permanente ligação com religiosidade.
Curiosidade que vi na revista Première francesa: Melissa Mathison, a roteirista, que é também, acho, um dos produtores executivos, é a mulher do Harrison Ford. Outra: um francês, Michael Henry Wilson, fez um documentário de 1h24 com o making of, chamado À la recherche de Kundun.
O Guia de Vìdeo e DVD da Nova Cultural tem boa observação: “O elenco de atores não-profissionais funciona bem agreagado a esse projeto, que abre espaço para a reverência a um humanismo que transcende fronteiras e convicções políticas”.
Leonard Maltin informa que o roteiro de Melissa Mathison foi escrito com a colaboração do Dalai Lama, e diz que “o elenco de atores não-profissionais é simplesmente admirável, assim como a trilha de Philip Glass”.
Kundun
De Martin Scorsese, EUA, 1997.
Com Tenzin Thuthob Tsarong, Gyurme Tethong
Roteiro Melissa Mathison
Música Philip Glass
Fotografia Roger Deakins
Cor, 135 min
Um comentário para “Kundun”