2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1999: Nunca tinha visto o Bullitt, tão famoso, quase um clássico. Visto hoje, com a distância do tempo, é um filme correto, com uma trama simples e até meio vazia, com uma cena de perseguição de carros nas ruas de San Francisco, filmada com o próprio Steve McQueen, nas próprias ruas de San Francisco, cuidadosamente planejada, extremamente bem executada e longa demais. OK. A seqüência virou cult e clássica, ajudou a aumentar o mito Steve McQueen e deu no que deu: “É uma lei de Hollywood atualmente que todos os thrillers terminem com uma caçada”, disse o competente Roger Ebert, falando por coincidência do filme que vimos logo antes deste, Epidemia. Desta vez foi a Pauline Kael que resumiu bem: “Um diretor competente, trabalhando com técnicos competentes, dá uma textura razoavelmente densa a um roteiro vazio sobre policiais e gângsteres e políticos”.
De fato é um roteiro vazio. A gente não consegue bem entender qual era exatamente o jogo entre o político e o mafioso; a gente imagina, só, mas o filme não mostra direito. Não se compreende, também, a relação entre o tenente Bullit e a personagem de Jacqueline Bisset. E se compreende menos ainda por que o diretor Yates só uma única vez mostra em close o rosto belíssimo da atriz.
Bullitt
De Peter Yates, EUA, 1968.
Com Steve McQueen, Jacqueline Bisset, Robert Duvall
Mús Lalo Schifrin
Rot Alan Trustman e Harry Kleiner
Bas na novela Mute Witness, de Robert L. Pike
Cor, 114 min.
Este filme é para quem é fã de Mcqueen, como eu, e gosta de carros.
Obas, Sérgio, este filme era de um tempo em que todos gostavam de usar a imaginação, não era tudo tão aberradamente patente. Era divertido conversar depois, procurando os subentendidos, o que o filme não mostrava. Mesmo se fosse um rosto bonito. E nem estamos falando dos italianos!!!