2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1998: Thriller de espionagem com trama complexa que inclui alguns furos e alguns absurdos, mas tem certo valor pelo clima de Berlim pós-derrubada do Muro, dois países voltando a ser um só depois de meio século de separação, o mundo sendo revisto e modificado, enquanto as feridas do passado teimam em doer.
“Tinha os americanos de um lado, os russos de outro e nós no meio deles. Agora tudo mudou. Somos uma democracia igual a vocês, e agora temos o comércio livre. O que você quer comercializar comigo?”, diz para o agente americano o tira que era da Alemanha Oriental e agora está às voltas com computador e um mundo novo.
O tira, Steiner, é o papel do velho Christopher Plummer, que agora, depois de velho, está muito bem (nos tempos de A Noviça Rebelde/The Sound of Music ele era mais careteiro). É o personagem que dá vida ao filme – além da atriz Andrea Roth, bem bonitinha, que faz Monica.
A resenha da caixinha é estranhamente correta e não reveladora do que não deve ser revelado. Basicamente, como ela diz, é a história de um rapaz americano (Kevin Dillon, inconsistente) que chega a Berlim para visitar o irmão e descobre que ele está morto. Interrogado pelo detetive da polícia local e por agentes da Embaixada americana, acaba se envolvendo num jogo de vida e morte ao investigar por conta própria a morte do irmão – que possuía um disquete com uma lista completa de agentes e informantes da Stasi, a antiga polícia secreta da Alemanha Oriental. Todos querem a lista, inclusive a moça Monica – que primeiro diz que pretende dá-la ao pai, um juiz, para que se faça justiça.
Mais tarde o espectador verá que não é bem assim – o pai está na lista, e quer destruí-la. O espectador verá também que o bandido não é tão bandido assim, e que o irmão do mocinho tinha muitas surpresas a revelar.
Fuga Proibida/Hidden Agenda
De Iaian Paterson, Canadá, 1998.
Com Kevin Dillon, Andrea Roth, Christopher Plummer, J.T. Walsh
Argumento e roteiro de Iaian Paterson
Produção Le Monde Entertainment
Cor, 94 min.