1.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1998: Esquisitíssimo filme. Mas bota esquisito nisso. Coisa mais weird do mundo. É uma comédia de humor negro com imensas pitadas de absurdo e mais um grande toque de psicanálise.
Não tenho a mínima idéia de qual era a intenção do diretor, mas o que passa é uma sensação enojante de que o cinemão americano está perdido assim como a sociedade que ele retrata – uma coisa doente, neurótica, que só conhece dois valores, o prazer de ver violência e a necessidade de ter dinheiro, custe o que custar.
Só agora, anotando, vi que o filme é de 1995 – está saindo agora como lançamento em vídeo, e não registrei a existência dele no cinema. Vou ver o que dizem no Cinemania.
OK. Tanto Leonard Maltin quanto Roger Ebert viram o mesmo filme que eu. Se eu tivesse tido a paciência e a perda de tempo de escrever mais sobre ele antes de fazer a consulta, apareceriam vários pontos em comum. Deixo aí a resenha de Maltin:
US (1995): Black Comedy/Drama
Leonard Maltin Review: 1.5 stars out of 4
It’s Christmas Eve, and a ditsy, seemingly happy wife (Farrow) is informed by her suddenly remorseful husband that he has taken out a contract on her life. A potentially clever spoof of middle-class marital relations and phony holiday cheer quickly descends into a meandering, thoroughly ridiculous comedy-of-the-absurd. Farrow’s character babbles on incessantly; it’s no wonder she drives men-as well as the audience-crazy.
Essa última frase é perfeita. Senti exatamente isso.
Deixo também trecho da longa resenha de Ebert. Sempre prolixo, e sempre correto, aqui ele comete um pequeno erro:
US (1995): Black Comedy/Drama
Roger Ebert Review: 2.0 stars out of 4
It’s a dark comedy that begins with the creepy underside of Christmas, and branches out into the creepy underside of just about everything else. It’s one of those films where you think it’s only a dream, and then when everyone wakes up, it’s worse. (Perfeito. É isso mesmo: várias vezes pensei que o personagem ia acordar – mas não, não era sonho, era pior.)
The movie stars Mia Farrow as Rachel, wide-eyed and trusting, and comfortably wrapped in the happiness of her marriage. On Christmas Eve she hears a noise downstairs, and turns to her husband (Tony Goldwyn) for comfort, only to see him burst into tears and confess that he knows exactly what is causing the noise: A hit man he hired to kill her.
Rachel tries to escape by crawling out her bedroom window, which her husband slams on her, and then she slides down the roof, lands in a snow bank, and is off on a macabre series of adventures.
É. Aqui é que há duas pequenas falhas. Ela não ouve um barulho no andar de baixo e aí fica sabendo que o marido contratou um assassino profissional. Ele confessa que fez o contrato, e logo em seguida eles ouvem o barulho lá embaixo. Aí não é que ela tenta fugir; ela se segura na cama, não quer saber de se mexer – o marido é que a bota pra fora para que ela escape da morte que ele havia encomendado.
Aconteceu no Natal/Reckless
De Norman René, EUA, 1995.
Com Mia Farrow, Scott Glenn, Mary-Louise Parker, Tony Goldwyn, Eileen Brennan, Giancarlo Esposito, Sthepen Dorff
Roteiro Craig Lucas, baseado em sua peça
Música Stephen Eldelman
Fotografia Frederick Elmes
Cor, 91 min.
Uma pessoa me perguntou, em e-mail, como poderia comprar o DVD deste filme. Como não consegui responder diretamente a ela (o e-mail retornava com mensagem de endereço não encontrado), aí vai:
Aparentemente, o DVD não foi lançado no Brasil, ou não está mais em catálogo; consultei os principais sites de venda brasileiros e não encontrei.
O Amazon (www.amazon.com) tem.