Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias / Multiplicity


2.5 out of 5.0 stars

Anotação em 1997:  Gostosinho. Esse interessante diretor mexe, de novo, como no bom Presente de Grego/Baby Boom, de 1987, em que trabalha como ator, ao lado de Diane Keaton, com esses pilares básicos da sociedade capitalista – a competição entre as pessoas, a falta de tempo livre.

E o tema tornou-se absolutamente atual com o anúncio (feito apenas duas semanas atrás (em 1997), depois que o filme já havia saído de cartaz nos cinemas brasileiros e pouco antes de ele chegar às locadoras) do sucesso na experiência de clonagem da ovelha Dolly, feita por cientistas escoceses.

No filme, feito um ano antes de Dolly, Michael Keaton faz o papel de um gerente de empreiteira de construção civis e reparos em Los Angeles, sempre às voltas com falta de tempo no trabalho (onde enfrenta a dura competição de um outro gerente que está no mesmo nível hierárquico dele e quer subir) e em casa (onde é requisitado mil vezes pela mulher, interpretada pela gracinha da Andie MacDowell, e pelos dois filhos pequenos). Um cientista maluco mas de cara muito tranquila oferece a ele a chance de fazer um clone dele próprio; na cena da clonagem, ótima, o personagem brinca com o filme A Mosca, diz que não quer ficar como Jeff Goldblum.

O clone é a princípio um grande sucesso: passa a se encarregar do trabalho, e se dá muito bem, liberando o original para a família; há as confusões, claro, de uma boa comédia; logo surge um segundo clone, levemente veado, e Michael Keaton, sempre exagerado, se dá bem ao fazer os três papéis; os dois clones resolvem fazer um terceiro sem a autorização do original, e ele vem bichado, doido, débil mental, e as coisas vão se complicando.

A regra número 1 do original – ninguém pode comer minha mulher a não ser eu mesmo – é quebrada uma noite sucessivamente pelos três clones, em uma seqüência muito engraçada. Tem happy end, com a boa moral: melhor é trabalhar menos, ter mais tempo para a vida. Gostosinho.

Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias/Multiplicity

De Harold Ramis, EUA, 1996

Com Michael Keaton, Andie MacDowell, Zach Duhame

Roteiro Chris Miller, Mary Hale e Harold Ramis

Música George Fenton

Cor, 117 min.

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