3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1997: Boa surpresa. Um filme interessante, muito interessante, progressista, anti-imbecilidade reacionária, anti-pena de morte e a favor da segunda chance.
Pelo tema e pela abordagem progressista do tema, lembra, e muito, Os Últimos Passos de Um Homem/Dead Man Walking, do Tim Robbins, e um pouco Spitfire Grill.
Sharon Stone faz uma mulher de 30 anos que, quando era adolescente e estava absolutamente drogada, cometeu um crime bárbaro – assassinou um casal, ela a filha de um sujeito importante do lugar, empresário da construção. No julgamento, o comparsa do crime levou pena leve por ter cooperado com a polícia e a Justiça. Ela ficou como o bode expiatório, condenada à pena de morte.
Um advogado bon vivant, irmão de um assessor importante do governador do Estado, é empregado para tratar dos apelos dos criminosos, e tenta ajudar a assassina. Consegue evidências de que houve erros no julgamento – o fato de ela estar absolutamente drogada, ausente do processo, serviria de sobra para impedir a execução. O advogado se indispõe com o irmão, joga fora a chance (nojenta) de firmar-se no emprego, em nome da verdade e da Justiça. Numa decisão corajosa, o diretor Bruce Beresford não dá um final feliz para a batalha do advogado.
Outra decisão corajosa foi a de tentar tornar Sharon Stone feia – de fato, é possivelmente o papel de menos glamour na carreira da atriz. Ela foi maquiada para parecer que não está maquiada, para mostrar no rosto as marcas da vida infeliz, miserável.
A Última Chance/Last Dance
De Bruce Beresford, EUA, 1996.
Com Sharon Stone, Rob Morrow, Randy Quaid, Peter Gallagher
Roteiro Ron Koslow
Baseado em história de Steven Haft e Ron Koslow
Música Mark Isham
Cor, 103 min.
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