Nota: 
Anotação em 2008: Kevin Costner faz uma variação do Dr. Jekyll & Mr. Hyde, o Médico e o Monstro – um sujeito que, de um lado, é empresário de sucesso, benemérito, boa família, e de outro, é um assassino psicopata.
A novidade, e acho que é a única novidade deste filme, é que o lado assassino do senhor Earl Brooks é que ele carrega dentro de si um grilo falante, um conselheiro, uma voz interior, que possui cabeça, tronco e membros, na figura de William Hurt. A biônica Demi Moore faz a policial que está no encalço dele, ou deles.
Os três atores poderiam estar fazendo coisa melhor na vida.
Na época em que a ação se passa, o lado bom do senhor Earl Brooks está tentando prevalecer, e fazer esquecer para sempre o lado mau. Mas, sacumé, né?, quem já pecou dez vezes… Quem já matou 20… Ah, a tentação, a tentação…
E o fato é que – e eu mesmo me surpreendo, porque jamais imaginei que poderia achar isso um dia – o melhor do filme é exatamente Demi Moore, a mulher biônica. Com sua personagem tenaz, insistente, que não desiste nunca, ela faz lembrar a policial interpretada pela grande Debra Winger em O Mistério da Viúva Negra/Black Window.
Tadinho do Kevin Costner. Houve uma época, no final dos anos 80, início dos 90, que parecia que ele seria o novo Gary Cooper, o ator com quem todo mundo se identificava.
De resto, se o espectador se pegar rindo das conversas entre o senhor Earl Brooks e seu grilo falante, não é erro dele, é do filme, que é ridículo mesmo.
Instinto Secreto/Mr. Brooks
De Bruce A. Evans, EUA, 2007.
Com Kevin Costner, William Hurt, Demi Moore,
Roteiro Bruce A. Evans e Raynold Gideon
Produção Metro. Estreou em São Paulo 14/9/2007.
Cor, 120 min.
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