Caldeira do Diabo / Peyton Place


Nota: ★★½☆

Anotação em 2003: Este é mais um daqueles filmes sobre os quais ouvi falar demais no início da adolescência, e que no entanto nunca tinha visto. Recentemente (ou seja, em 2002, 2003) a Premiere americana desancou com o filme, que está saindo lá em DVD. Mas não é, de forma alguma, um filme ruim.

Retrata uma sociedade absolutamente hipócrita, cretina, careta, numa pequena cidade da Nova Inglaterra do início dos anos 40 – mas o filme não é hipócrita, cretino e careto, apenas retrata o que existia então.

Se tivesse sido dirigido por Douglas Sirk, o mestre dos melodramões, esse melodramão teria virado um cult.

É muito interessante pensar, vendo toda aquela absoluta repressão aos jovens, num mundo em que só os adultos mandavam, que demoraria muito pouco para a sociedade americana (e do resto do mundo ocidental, também) revirar tudo e passar a ser bajuladora da juventude – exatamente assim como o próprio cinema, que perdeu muito nesse processo, muitas vezes infantilizando-se e imbecilizando-se.

Caldeira do Diabo/Peyton Place

De Mark Robson, EUA, 1957.

Com Lana Turner, Hope Lange, Arthur Kennedy, Russ Tamblyn,

Baseado no livro de Grace Metalious

Música Franz Waxman

Cor, 157 min.

5 Comentários para “Caldeira do Diabo / Peyton Place”

  1. O filme é bom mas eu não babei por ele quando o vi. Dos melodramas tardios encabeçados pela Lana (Imitation of Life, Madame X, Portrait in Black) é o que menos gosto. A Lana não merecia a nomeação ao óscar. Merecia sim pela sua muito boa interpretação em The Bad and the Beautiful

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