A Filha do General / The General’s Daughter


Nota: ★★★☆

Anotação em 2000: Muito, muito bom. Forte, pesado, corajoso. A trama é intricada, mas fascinante: ao cavucar informações que cercam a morte da filha do general, investigadores do Exército (John Travolta, bem, e Madeleine Stowe, lindíssima) vão descobrindo uma teia que os caras do alto da cadeia de comando querem esconder.

É bem possível que o livro tenha muitos detalhes que tiveram que ser omitidos – alguns personagens surgem no filme meio de sopetão demais.

         A música é muito boa – esse Carter Burwell tem feito boas trilhas em diversos bons filmes recentes; é o compositor de todos os filmes dos irmãos Coen. Aqui, foram usadas músicas do folclore do Sul Profundo pesquisadas nos anos 30 e 40 pelo musicólogo Alan Lomax, de quem ouvi falar na época em que andei lendo muito sobre folk music. O elenco todo, cheio de nomes conhecidos, está ótimo.

É um filme para ser visto de novo.

A Filha do General/The General’s Daughter

De Simon West, EUA, 1999.

Com John Travolta, Madeleine Stowe, James Cronwell, Timothy Hutton, Clarence Williams III, James Woods

Roteiro Christopher Bertolini e William Goldman

Baseado na novela de Nelson DeMille

Música Carter Burwell

Produção Paramount

Cor, 116 min.

3 Comentários para “A Filha do General / The General’s Daughter”

  1. Tb achei muito bom. Uma trama que surpreende e nos prende em frente à tela. Fiquei com vontade de rever.

  2. Pois é, Sérgio, adorei o filme, nem pensei q ia gostar tanto, vc fez uma crítica, ao contrário da maioria q vc faz, tão sucinta, q fiquei um pouco na dúvida se estava recomendando o filme com convicção ou não. Ele me lembrou aquela citação q vc fez no Stella, sobre a necessidade de exames rigorosos p um indivíduo poder ser pai ou mãe.
    Vc deve ter observado a conduta do general, pai da moça assassinada; reparou q ela foi barbaramente estuprada em West Point e q o pai apesar de, inicialmente, querer justiça para a filha, foi logo convencido a por essa idéia de lado, em função de suas ambições políticas e do bem do Exército?Para ele,na minha opinião, nada deveria vir em primeiro lugar do q reparar a violência feita à filha. Mas ele foi ao hospital, em q ela estava toda “caquerada”, grávida, com doença venérea, estuprada por cerca de 25 homens e pediu a ela q esquecesse tudo. Como se isso fosse possível!Não é à toa q ficou tão perturbada, transando com todos os oficiais q encontrava e o pai ainda sem compreender a sua dor. E gostei da frase q um oficial, não lembro o nome, disse em relação ao fato:” Se há coisa pior q estupro, é a traição”.
    E muito interessante a maneira como a investigadora obteve, facilmente, a lista dos estupradores, tarefa q o general dizia ser impossível. Jogou um verde p uma das testemunhas do estupro, dizendo q a calcinha da moça ainda tinha o seu DNA (depois de sete anos), quando na verdade era uma calcinha recém-comprada e ele entregou o nome do batalhão de estupradores. Nada como uma mulher esperta!
    E o general ainda teve a petulância de ameaçar o personagem do John Travolta, em ótimo desempenho, de corte marcial.O final foi ótimo, mas não conto sob pena de ser assassinada, seria um spoiler, q me ensinaram q não se deve dar.
    Guenia Bunchaft
    http://www.sospesquisaerorschach.com.br

  3. Guenia, muito obrigadol pelo seu ótimo comentário, que está mais informativo
    do que a minha anotação.
    Aproveito para esclarecer: como eu digo na apresentação do site, aqui estão
    reunidos textos de várias épocas e de vários tipos. Muitos textos feitos
    antes da criação do site foram feitos só para mim mesmo, para gravar as
    impressões que tive ao ver o filme. É o caso desta sobre “A Filha do
    General”.
    Um grande abraço.
    Sérgio

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