2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2005: Eis um 007 que dá gosto de se rever. Sean Connery já está um pouco velho para o papel, mas isso só lhe dá mais charme ainda.
O próprio título já é um achado, jogando com o fato de que Connery havia dito que não interpretaria nunca mais o super-agente – e de fato durante 12 anos ele esteve fora, até que aceitou participar deste filme, seu adeus ao personagem.
Em toda a galeria dos supervilões dos 007, nunca houve um ator melhor que o grande Klaus Maria Brandauer. E na galeria das Bond girls nunca houve nada tão absolutamente deslumbrante quanto a jovem Kim Basinger. O elenco é cheio de gente importante – tem até o bergmaniano Max Von Sydow.
E o filme ainda tem o luxo da trilha sonora assinada por Michel Legrand.
Roger Ebert, o crítico que gosta de filmes e de ver filmes, deu três estrelas e meia (em quatro). Vale a pena transcrever o início da crítica dele – que, como sempre, é longa -, uma bela homenagem a Sean Connery:
“Ah, sim, James, é bom ter você de volta mais uma vez. É bom ver o jeito com que você sorri, as sobrancelhas caídas, e o jeito com que você grita ordens, e é bom ver o jeito com que você olha as mulheres. Outros agentes secretos podem tirar a roupa das mulheres com seus olhos. Você é mais galante. Você tira a roupa delas, e então cuidadosamente as veste de novo. Você é um safado com os instintos de um cavalheiro.”
007 Nunca Mais Outra Vez/Never Say Never Again
De Irvin Kershner, Inglaterra-EUA-Alemanha, 1983.
Com Sean Connery, Klaus Maria Brandauer, Kim Basinger, Barbara Carrera, Max Von Sydow, Edward Fox
Roteiro Lorenzo Semple Jr.
Música Michel Legrand
Cor, 134 min.
Realmemte é um ótimo filme. História e elenco conseguem distrair e fazer desta uma aventura inesquecível.