Os Pacientes do dr. García / Los Pacientes del Doctor García

3.0 out of 5.0 stars

(Disponível na Netflix em 3/2024.)

Los Pacientes del Doctor Garcia, produção de 2023 da Radio Televisión Española (RTVE), é uma série longa – não são os seis ou oito episódios como é o mais normal, e sim dez. Dez episódios de 60 minutos cada. A duração comprida é proporcional ao tamanho do painel histórico que a série apresenta. 

É uma coisa gigantesca, ambiciosa, jupiteriana: pretende-se mostrar ali, na história de uma penca de personagens, a História da Espanha, desde o início da Guerra Civil que destroçou o país a partir de 1936, até 1975, quando começou o processo de redemocratização após o fim da segunda mais longa ditadura da Europa Ocidental no século XX.

Não é pouca coisa, não. De jeito algum. É muita areia – mesmo para uma gigantesca frota de caminhões.

É uma obra ambiciosa, absolutamente ambiciosa. Ao longo das dez horas de duração, me peguei várias vezes pensando que aquilo parecia pretender ser o Guerra e Paz espanhol.

A série não se propõe apenas a mostrar a crueldade, a violência dos fascistas liderados pelo generalíssimo Francisco Franco durante a Guerra Civil, e depois, ao longo da ditadura. Sim, isso está lá, é claro – mas a intenção é também mostrar como o nazismo alemão e o fascismo italiano usaram a Espanha como uma espécie de campo de provas para o que viria a ser feito ao longo da Segunda Guerra Mundial.

Mais ainda: mostrar como a Espanha de Franco passou, após a derrota do Eixo em 1945, a receber criminosos nazistas e a enviar vários deles, em absoluta segurança, para a América do Sul.

Mais ainda: mostrar como o governo de Juan Domingo Perón deu apoio amplo geral e irrestrito à importação para a Argentina de muitos, muitos nazistas.

Mais ainda: mostrar que o governo Harry Truman (1945-1953) fez questão de ignorar todas as provas de que Franco protegia nazistas – porque estava concentrado em enfrentar a “ameaça comunista”, e considerava a ditadura espanhola uma boa aliada na luta contra a União Soviética.

Los Pacientes del Doctor Garcia é uma série longa, ambiciosa, que fala de diversos fatos históricos de uma maneira firme, séria, corajosa. Não pretende, de forma alguma, ser imparcial. Toma partido de forma clara, maravilhosamente límpida: é anti-direita, anti-ditadura, é simpática a quem combate a extrema direita e a ditadura. Nisso tudo aí a série é uma beleza.

Não é, no entanto, uma realização maravilhosa, perfeita. Não -infelizmente, não. Minha sensação foi de que ela é melhor no conteúdo do que na forma. Vamos ver se consigo, mais adiante, justificar essa minha avaliação.

Mas é uma obra que merece ser vista, sim. Em especial, é claro, por quem gosta de História, de política.

Os protagonistas são um médico e um intelectual

Para os espanhóis de direita – monarquistas, católicos, falangistas, reunidos em torno do generalíssimo Franco –, todos os que estavam contra eles eram “rojos”, vermelhos, comunistas. A série mostra isso desde os primeiros minutos de suas dez horas de duração. O que era uma simplificação absurda, conforme mostra a História e a série enfatiza muito bem. Do lado contrário aos fascistas havia uma frente absolutamente ampla, que incluía republicanos, anarquistas, comunistas de carteirinha, stalinistas, trotskistas, socialistas, centristas, democratas de diversos calibres.

O espectador fica conhecendo, como já foi dito, uma penca de personagens. É uma dezena, uma dúzia de personagens importantes – mas dois são os principais, os protagonistas, o dr. Guillermo García do título e Manuel Arroyo. Os dois são visceralmente antifascistas, tidos, é claro, como rojos até a medula. Mas – e isso é interessante, e importante – nenhum deles é comunista. Trabalham com os comunistas, têm amigos fiéis entre os comunistas – mas não são comunistas.

Guillermo García é interpretado por Javier Rey (na foto acima); Manuel Arroyo, por Tamar Novas (na foto abaixo).

Em 1936, quando a série começa, o país já está mergulhado na Guerra Civil. A República havia sido instalada em 1931 – e o governo era atacado por alas golpistas das Forças Armadas. Guillermo, médico jovem, cheio de energia, trabalhava cuidando dos feridos nas imediações de Madri. Em uma das primeiras sequências da série, ele e sua equipe fazem transfusão de sangue em um combatente republicano, Pepe Moya (o papel de Raúl Jiménez), salvando sua vida. Pepe ficará, é claro, profundamente agradecido ao médico – e terá muita importância na trama.

O outro protagonista da história, Manuel Arroyo, naquele ano de 1936 era um funcionário da embaixada da Espanha em Londres, muito querido pelo embaixador Pablo de Azcárate (Eduard Farelo). Inteligente, culto, muito preparado, Manuel tinha como missão tentar difundir para os países europeus as atrocidades cometidas pelos franquistas e a identidade, a proximidade dos franquistas com os regimes de Hitler e Mussolini.

Vai acontecer de Pepe Moya recolher Manuel quando este é baleado e jogado de um carro diante de um quartel em Madri. Pepe consegue levar Manuel para a casa do dr. Guillermo Garcia – que tratará do desconhecido até que ele fique curado das feridas.

Claro: os dois se tornam amigos para sempre.

Guillermo perde a mulher, o filho, a casa, a profissão

Há na vida de Guillermo uma mulher bela, fascinante, estranha, um tanto enigmática, e a história dos dois é exatamente como ela – bela, fascinante, estranha, um tanto enigmática. Chama-se Amparo Priego (o papel de Verónica Echegui, na foto abaixo), e os dois sempre foram vizinhos, no mesmo andar de um belo prédio de apartamentos em Madri. Os avós de Guillermo e os de Amparo eram amigos, apesar de distantes politicamente – nos tempos pré-Guerra Civil, era possível a convivência tranquila, normal, entre monarquistas e anti-monarquistas, republicanos. E os dois netos cresceram juntos, próximos; distanciaram-se quando adultos, em parte por causa da política mesmo: Amparo seguiu a ideologia do avô e se tornou uma falangista radical, enquanto Guillermo, como já foi dito, era republicano, amigo de comunistas.

Os dois se reaproximam naquele ano de 1936 em que a ação começa. Amparo pede a ajuda de Guillermo quando seu avô morre. Acaba rolando sexo – e sexo da melhor qualidade.

Um estranho casal. Não se entendiam em absolutamente nada – com exceção do sexo.

Amparo fica grávida, e os dois se casam. Quando a Guerra Civil termina, em 1939, ela, com a certeza de que o marido seria preso, foge com o filho então bebê. Guillermo escapa de ser preso, mas perde ao mesmo tempo a mulher, o filho, a casa, a profissão (o direito de ser médico é cassado pelos franquistas) e o nome. Passa a viver com outra identidade, como Rafael Cuesta Sánchez – e não demora a arranjar um emprego, em uma empresa de transporte.

Como é inteligente, diligente, sério, esforçado, cai nas boas graças do dono da empresa, Gabino de la Fuente (Toni Sevilla), um direitista, monarquista, fidelíssimo ao novo regime – mas, apesar disso, uma boa pessoa.

Não é, claro, uma boa vida, sob uma ditadura violenta, que corteja o nazifascismo de Hitler e Mussolini. Mas Guillermo mantém os laços com os antifascistas de quem cuidou, o comunista Pepe e o ativista Manuel, ambos também na clandestinidade, mas lutando como podem contra o regime.

Uma nazista, um fortão bronco, uma “gringa louca”

Entre os diversos personagens desta odisséia, deste imenso painel, há pelo menos três que têm grande importância, e seria impossível não falar deles.

* A falangista nazista.

Clara Stauffer (o papel de Eva Llorach) é uma líder poderosa dos falangistas. Espanhola descendente de alemães, é abertamente admiradora do nazismo, e, na segunda metade da série, já após o fim da Segunda Guerra, dirige uma rede dedicada a receber na Espanha nazistas que conseguiram escapar de serem presos pelos aliados. E, em seguida, a organizar a ida dele para outros países, em especial a Argentina então governada por Juan Domingo Perón.

É amiga de Amparo Priego, a então ex-mulher do dr. Guillermo García, e também de Gabino de la Fuente, o dono da empresa de transportes e patrão de Guillermo em sua vida como Rafael Cuesta.

Fantástico: aprendo que Clara Stauffer Loewe existiu de fato na vida real; nasceu em 1904 e morreu aos 80 anos, em 1984 – seguramente tristíssima por ver a Espanha democrática, sem censura, com um forte Partido Socialista Operário, um cinema exuberante. Na Wikipedia em espanhol há um verbete sobre ela, relatando que foi uma “destacada militante de la sección feminina de Falange”. “Desde su juventud fue una entusiasta simpatizante nazi, y de hecho en las paredes de su despacho tenía los retratos de Hitler y Mussolini junto a los de Franco y José Antonio Primo de Rivera. Stauffer, que viajaría a mediados de 1943 a la Alemania nazi junto a Pilar Primo de Rivera, durante y tras la Segunda Guerra Mundial, participó en las redes de ocultación y refugio de perseguidos nazis.”

* O fortão bronco.

Adrián Gallardo (Jon Olivares) é um camponês rude, bastante bronco, tosco, mas de grande força física, que se alista para lutar com os franquistas contra os republicanos, e atrai a atenção do capitão de seu regimento exatamente pelo poder do braço, do murro que dá em um colega durante uma discussão. O capitão resolve fazer com que o sujeito aprenda boxe – e, quando surge a necessidade de fazer seu regimento ter um boxeador para enfrentar um escolhido pela Falange, especificamente por Clara Stauffer, Adrián Gallardo é indicado para a luta.

Como acontece nas tramas criadas por escritores de imaginação prodigiosa – e também na vida real –, vai acontecer de Adrián voltar a encontrar mais tarde o seu adversário na tal luta de boxe. Ele vai cruzar com Alfonso Navarro (Mario de la Rosa) no front oriental da Segunda Guerra, lutando junto com os nazistas contra os russos – burro como uma porta, Adrián havia se alistado, assim como vários outros soldados anti-republicanos, nas forças alemãs.

Eventualmente, ao final da Segunda Guerra Adrián Gallardo – tido então como um herói de guerra pelos fascistas espanhóis – será dado como morto. E Manuel Arroyo passará a usar seu nome, sua identidade, para, com o auxílio de Amparo Priego, infiltrar-se na rede de recepção de criminosos de guerra nazistas chefiada por Clara Stauffer.

O problema é que quem é vivo sempre aparece…

* A “gringa louca”.

Meg Williams é uma das personagens mais fascinantes desta série que tem muitos personagens interessantes. É interpretada por Stephanie Cayo (na foto acima), peruana nascida em 1988, moça bonita, simpática, boa atriz, que é também cantora, bailarina e modelo, e aos 17 anos se radicou em Nova York para estudar artes dramáticas e dança.

Meg Williams surge em um dos primeiros episódios da série, aproximando-se em uma recepção na Embaixada da Espanha em Londres de Manuel Arroyo, então o jovem auxiliar do embaixador, fiel ao governo republicano. Apresenta-se a ele como uma funcionária do governo dos Estados Unidos, filha de americano com mexicana, interessada em ajudar o governo republicano espanhol a expor para o mundo ocidental as crueldades dos monarquistas franquistas.

Imediatamente passam a ter um caso o ativista Manuel e “a gringa louca”, como ele a chama desde sempre.

A “gringa louca” estará presente em todos os episódios, a partir daí – até o final, em que terá a dura incumbência de explicar para o homem que ama que o seu país não quer saber dos crimes da ditadura de Franco, por piores que eles sejam – porque o importante, para o governo de Harry Truman, era combater o comunismo. Franco podia ser tão criminoso quanto Hitler e Mussolini – mas o importante era ele ser anticomunista.

Várias mulheres fogosas, ardentes, loucas por sexo

Há algo em comum entre Amparo Priego e Meg Williams, as mulheres da vida dos dois protagonistas da história, o dr. Guillermo e o ativista Manuel. São mulheres em tudo por tudo diferentes. Amparo é uma dondoca sem profissão, uma admiradora do fascismo, que tem pavor dos “rojos”. Meg é uma mulher moderna, que trabalha, e muito, e bem, uma ativista política, uma antifascista. Mas as duas são igualmente fogosas, ardentes, apaixonadas por sexo – e não se incomodam em nada em tomar a iniciativa. De forma alguma. Provocam – e, se o cara não vem, elas partem para cima.

É uma característica de outras personagens da série, como Geni León (o papel da bela Itziar Atienza), a mulher de um empresário fascista milionário, de quem ela não gosta nada. O marido de Geni usa os serviços da transportadora de Gabino de la Fuente, e ela fica conhecendo o dr. Guillermo em sua existência como Rafael Cuesta e braço direito do proprietário da empresa. E rapidamente vemos Guillermo-Rafael com ela na cama.

Não falta mulher na vida de Guillermo-Rafael. Vários anos depois da vitória dos fascistas e da instalação da ditadura, em 1939, ele é procurado pelo amigo Pepe, que pede sua ajuda para tratar de um companheiro comunista ferido. O homem está sendo cuidado por Pepe e por uma companheira do Partido dos dois, uma jovem simpática, bonita, Rita Velázquez (o papel de Claudia Traisac). Foi bater o olho em Rita que comentei com a Mary: vai rolar romance aí. Não dá outra: logo a comunista de carteirinha Rita Velázquez será a senhora Rafael Cuesta.

Também não falta mulher na vida de Manuel Arroyo. Fingindo-se de Adrián Gallardo, em Buenos Aires, para onde vai levado pela rede de apoio a nazistas de Clara Stauffer, Manuel-Adrián enfrenta diversos tipos de problemas – mas logo vê com o maior interesse, em um grupo que dança tango em um parque, uma mulher de beleza estranha, forte, nada convencional. Chama-se Simona Gaitán (o papel de Martina Gusmán), tem um passado sombrio e tristonho como um tango. O espanhol começa a paquerar a portenha – e não demora para estarem casados.

Alguns atores estão muito mal

Há várias cenas de sexo desses vários casais – Guillermo com Amparo e depois com Geni e depois com Rita, Manuel com Meg e depois com Simona. São muitas as sequências de sexo – mas não há nada, nada de explicitude, de apelação, de algo que beire o pornô. De forma alguma.

Mas a coisa dos seguidos romances acabou me deixando a impressão de que – a par de todo o conteúdo sério, denso, importante – esta série da RTVE, a emissora de televisão pública da Espanha, a versão espanhola da BBC britânica e da RAI italiana, tem um lado novelão.

Colaboram para essa sensação de novelão de TV os figurinos, assinados por Montse Sancho. São, praticamente todos, figurinos impecáveis, perfeitos, limpíssimos, saídos naquele dia da filmagem de um belíssimo ateliê de costura. Tudo bem: nos anos 30 e pelo menos até os 60, o uso de ternos pelos homens e vestidos perfeitos pelas mulheres era um tanto quanto obrigatório na classe média dos países ocidentais – e os espanhóis, em especial, são muito cuidadosos com os trajes.

Mas é tudo certinho demais, impecável demais, novinho demais. Parece coisa de novela – ruim.

O ponto mais fraco desta série são as atuações. Claro, esta é apenas a minha opinião, e opinião cada um tem a sua, e todas têm o mesmo valor de face. Mas achei que – bem diferentemente de tantos e tantos filmes e séries espanholas das últimas décadas – o elenco não está uniforme, não está uniformemente bem.

A maior parte dos atores me pareceu bem. Javier Rey como o dr. Guillermo e depois Rafael Cuesta, Tamar Novas como Manuel Arroyo e seus vários pseudônimos, a bela Stephanie Cayo como “a gringa louca”, assim como diversos outros atores, estão bem. Nenhuma interpretação assim propriamente primorosa, avassaladora – mas boas interpretações.

Já a bela Verónica Echegui não me pareceu bem como Amparo, essa mulher complexa, difícil, é bem verdade.

E estão muito ruins, muito ruins mesmo Eva Llorach (na foto acima) como a líder fascista Clara Stauffer e Jon Olivares como o bronco fortão Adrián Gallardo. Os dois estão careteiros, e o tempo todo com a mesma careta de gente brava, de boi em transe.

Uma pena, porque, repito, esta é uma série muito rica, muito interessante, que merece ser vista.

Almudena Grandes escreveu vários romances históricos

Toda essa gigantesca, magnífica trama, esse painel tão amplo, tão vasto quanto a Guernica de Pablo Picasso, essa incrível quantidade de fios que se entrelaçam ao longo de cinco décadas de história da Espanha – tudo saiu da cabeça de uma mulher, Almudena Grandes.

Bem, a figura é grande até no nome…

Almudena Grandes é mais uma de tantas comprovações de que é corretíssimo o bordão da Mary quando nos deparamos com fatos ou pessoas completamente desconhecidos ao ver filmes e/ou séries: – “A gente não sabe de nada, a gente não conhece porra nenhuma”. O jeito Mary de replicar o famoso “Só sei que nada sei” de Sócrates.

María Almudena Grandes Hernández nasceu em Madri em 1960, no vigésimo-primeiro ano da ditadura de Francisco Franco; morreria em 2021, 46 anos após a morte do caudilho e o início da redemocratização – o ano em que Pedro Almodóvar lançou seu Mães Paralelas. Nos tempos que lhe deram para viver, escreveu 15 romances, dois deles deixados inconclusos, fora dois livros de relatos e dois que reuniram artigos, boa parte deles publicados no jornal El País.

Seis dos romances pertencem a um conjunto chamado de Episodios de una guerra interminable. Los Pacientes del Doctor García, de 2017, é o quarto desse conjunto.

A Wikipedia explica e ensina: “La mayor parte de su obra trata de ahondar en la historia reciente de España para recuperar las huellas de un pasado oculto durante la dictadura de Francisco Franco y explicar las claves de la sociedad española de finales del siglo XX y primeras décadas del siglo XXI.”

Achei especialmente fascinante saber que, exatamente como o conde Liev Tolstói em seu gigantesco painel sobre a Rússia na época das guerras napoleônicas, Almudena Grandes enxertou na sua ficção algumas figuras reais. Além dessa pavorosa Clara Stauffer, estão na trama, interagindo com os personagens saídos da imaginação da autora, o nazista Otto Skorzeny, que usava o pseudônimo de Rolf Steinbauer (o papel de Marius Biegai), o embaixador republicano e legalista Pablo de Azcárate (Eduard Farelo, como já foi dito), e Juan Negrín (Luis Bermejo), o chefe do governo da Espanha republicana entre 1937 e a derrota final em 1939.

Los Pacientes del Doctor García, a série, diferentemente da maioria, não dá crédito a um criador ou alguns criadores. Nos créditos, é dito que o roteiro é José Luis Martín, com Nacho Pérez de la Paz em quatro dos dez episódios. E que a adaptação é de José Luis Martín. Por que a RTVE não quis dar o crédito de criador a este Jose Luis Martín, disso não tenho, claro, a menor idéia.

Mas a verdade é o que o cara fez um belo trabalho.

Anotação em março de 2024

Os Pacientes do Dr. Garcia/Los Pacientes del Doctor García

De José Luis Martín, adaptação e roteiro, Espanha, 2023

Direção Joan Noguera (10 episódios), Salvador García Ruiz (4 episódios), María Togores (2 episódios)

Com Javier Rey (dr. Guillermo García Medina),

Tamar Novas (Manuel Arroyo Benítez),

Verónica Echegui (Amparo Priego, a vizinha e depois mulher de Guillermo), Eva Llorach (Clara Stauffer, a nazi-fascista), Jon Olivares (Adrián Gallardo, o fortão bronco), Stephanie Cayo (Meg Williams, a agente dos EUA), Claudia Traisac (Rita Velázquez), Raúl Jiménez (Pepe Moya, o militante comunista), Martina Gusmán (Simona Gaitán, a mulher argentina de Manuel), Toni Sevilla (Gabino de la Fuente, o dono da empresa de transportes), Pepa Pedroche (Experta Fernández, a empregada de Amparo), Carmen Molinar (Ingrid Weiss, a secretária de Clara), Itziar Atienza (Geni León, a mulher do empresário milionário), Mario de la Rosa (Alfonso Navarro, o boxeador que luta contra Adrián), Thomas Sauerteig (Lazar, um dos nazistas), Daniel Albaladejo (Antonio Ochoa), Marius Biegai (Rolf), Begoña Miranda (secretária Ofelia), Matthias-Leonhard Lang (Walter Kutschmann, um dos nazistas), Asier Flores (José Antonio), Iñaki Miramón (Basilio Rodríguez), Eduard Farelo (Pablo de Azcárate)

Roteiro José Luis Martín, Nacho Pérez de la Paz

Baseado no romance de Almudena Grandes

Adaptação de José Luis Martín

Fotografia Jesús Valera. José Luis Pecharromán

Música Juan Navazo

Montagem Carlos J. Sanavia

Casting Eneko Botana, Álvaro Haro

Direção de arte Marcelo Pacheco

Figurinos Montse Sancho

Produção Jaume Banacolocha, Ignacio Segura, DeAPlaneta, Diagonal TV, Radio Televisión Española (RTVE)

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