Das muitas, diversas características impressionantes de A Liberdade é Azul, no original Trois Couleurs: Bleu, duas em especial ficaram me passando pela cabeça enquanto revia o filme agora, exatos 20 anos depois de seu lançamento, em 1993, e nos momentos seguintes, ainda sob o impacto da maravilha que ele é.
A primeira: que genial, inspirada, quase profética a idéia de Krzysztof Kieslowski de celebrar a União Européia com um grande concerto composto para a ocasião, a ser apresentado simultaneamente nos 12 países originais do bloco.
A segunda: a rigor, a rigor, este filme deveria ser assinado assim: Por Krzysztof Kieslowski e Zbigniew Preisner.
Sim, porque há poucos, pouquíssimos filmes em que a música é tão absolutamente fundamental. Talvez mais importante que todo o resto da trama seja a música, o concerto que o personagem Patrice de Courcy estava compondo para comemorar a chegada da União Européia.
A música é o fio condutor de todo o filme. É sua razão de ser.
A música brota das partituras diretamente para os alto-falantes, de uma maneira impressionantemente bela. Só me lembro de outro filme assim: Amadeus, a obra-prima de Milos Forman de 1984.
No ano em que o filme foi lançado, criou-se a União Européia
Tudo passa muito depressa, e há informação demais. Não me lembrava de exatamente quando a antiga Comunidade Econômica Européia passou a ser a União Européia. Foi exatamente em 1993, o ano em que Kieslowski concluiu e lançou seu filme.
Fui conferir na Wikipedia: “O Tratado de Maastricht foi assinado em fevereiro de 1992 e entrou em vigor em 1993. Neste acordo, a União Européia continua com o seu mercado comum e a CEE, transformada em Comunidade Européia, marca uma nova etapa no processo de união. O tratado cria a cidadania européia, permitindo residir e circular livremente nos países da comunidade, assim como o direito de votar e ser eleito em um estado de residência para as eleições européias ou municipais. Foi também decidida a criação de uma moeda única, o euro, que entraria em circulação em 2002 sob controle do Banco Central Europeu.”
Doze anos antes de Trois Couleurs: Bleu, quando o projeto de uma união com uma única moeda ainda era apenas um sonho, um outro filme havia celebrado o pan-europeísmo com música – um gigantesco espetáculo musical e de balé na Torre Eiffel e no Trocadero executado por artistas de diversas nacionalidades e transmitido ao vivo para toda a Europa. É também um belíssimo filme, embora seja esnobado e/ou virulentamente hostilizado pela crítica, por ser de autoria de um realizador que a crítica adora hostilizar – Claude Lelouch. O filme, claro, é Les Uns et les Autres, no Brasil Retratos da Vida, que se encerra com o bailarino Jorge Donn executando coreografia de Maurice Béjart para o Bolero de Ravel.
Em Trois Couleurs: Rouge, A Fraternidade é Vermelha, a obra que encerra sua Trilogia das Cores iniciada com este Trois Couleurs: Bleu, Kieslowski fala de coincidências, encontros que levam toda uma vida para acontecer. Por coincidência, Rouge é estrelado por Jean-Louis Trintignant, o ator do filme de Lelouch de 1966 que ganhou a Palma de Ouro de Cannes e o Oscar e fez a fama, para o bem e para o mal, do cineasta francês. Que, por coincidência, fez um filme chamado Toda uma Vida, que tem um final semelhante ao de Rouge, o encontro, afinal, depois de toda uma vida.
Mas isso são apenas coincidências, que me ocorreram também enquanto revia, mesmerizado, esta beleza que é A Liberdade é Azul.
Após a perda brutal, a protagonista opta por livrar-se de todas as lembranças
A Liberdade é Azul começa com uma perda, das mais dolorosas que pode haver: um belo carro, um Alfa Romeo, em alta velocidade, bate fortíssimo contra uma árvore.
No hospital, ainda mal acordada depois de dias inconsciente, Julie é informada de que seu marido, o compositor e maestro Patrice de Courcy (Hugues Quester), e sua filhinha haviam morrido.
Julie é uma das interpretações mais belas de Juliette Binoche, essa atriz extraordinária. Juliette estava então com 29 anos de idade e dez de carreira.
Julie pensa em suicídio, e até começa a fazer uma tentativa, mas nem para isso tem forças.
O espectador fica sabendo que Julie é quem escrevia as partituras para o marido. Partes do que Patrice havia escrito para o concerto encomendado pelas autoridades europeias já estavam escritas. Partes estavam na cabeça de Julie.
Mas o caminho que ela escolhe para continuar vivendo após a perda da filhinha e do marido é livrar-se de tudo (ou quase absolutamente tudo) que pudesse fazer com que ela se lembrasse deles. Põe à venda a belíssima casa da família – uma casa isolada, longe da cidade –, se desfaz dos móveis, das anotações do marido, de tudo. Muda-se para um pequeno apartamento em Paris, na margem esquerda, perto da Rue de Moufetard, e se esconde do mundo. Retira o De Courcy, o sobrenome do marido famoso, volta a ser Julie Vignon, como era antes de se casar.
Muitas vezes, de repente, sem que Julie conseguisse impedir, acordes do concerto que a Europa esperava irrompem na memória dela – e o espectador os ouve. Julie tenta espantar a música da cabeça como um animal tenta espantar moscas desagradáveis com a cauda.
Uma trama pontuada por elipses – e por coincidências, encontros, reencontros
Kieslowski assinou o roteiro ao lado de Krzysztof Piesiewicz, e, nos créditos finais, há a menção à colaboração de Agnieszka Holland, Edward Zebrowski e Slawomir Idziak. Mesmo em um filme autoral como é Trois Couleurs: Bleu, o cinema é uma obra coletiva.
O roteiro do filme é um absoluto primor. É ponteado por elipses, por reticências, por não ditos expressamente. E por coincidências, desencontros, encontros, reencontros.
Mas – insisto – tão importante quanto a trama, o roteiro, a forma como a história vai se desenrolando, é a música. O concerto de que a imprensa fala, de que a Europa sente falta – e que está na cabeça de uma mulher que luta para se livrar dele.
Zbigniew Preisner nasceu em Bielsko-Biala, na Polônia então comunista, em 1955 – 14 anos, portanto, depois do diretor Kieslowski, nascido em 1941 na Varsóvia ocupada pelos nazistas. Estudou Filosofia e História na Universidade da Cracóvia, e começou a aprender música como autodidata.
A parceria de Preisner com Kieslowski começou em 1985, no filme Sem Fim/Bez Konga – uma história passada na Polônia sob lei marcial em 1982, na época em que o Solidariedade, o primeiro sindicato independente criado em país comunista da Europa, ainda era proibido. Por coincidência, ou não, o filme conta a história de uma mulher que enfrenta a perda do marido.
Preisner musicou o Decálogo, a série feita para a TV em que cada episódio abordava um dos Dez Mandamentos das religiões cristãs. Com A Dupla Vida de Véronique, de 1991, Kielowski e Preisner passaram a ser amplamente conhecidos por cinéfilos do mundo todo.
As trilhas dos filmes da Trilogia das Cores foram lançadas em disco pela Virgin em associação com a MK2, a mesma empresa que foi uma das diversas produtores das fitas. São trilhas excepcionais, todas as três. A de Bleu é de fazer arrepiar um frade de pedra.
A trilha é executada pela Sinfonia Varsovia, dirigida por Wojciech Michniewski, e pelo coral Silesia Philarmonic; a gravação da música foi toda feita na Polônia
As palavras que o coral canta foram extraídas de uma das epístolas de São Paulo aos coríntios. E o coral polonês canta em grego. A edição inglesa do disco da trilha traz a letra, em inglês e em francês, que começa assim:
“Mesmo que eu falasse com a língua dos anjos / Se não tivesse amor / Minhas palavras não ressoariam mais que um címbalo tilintante.”
“Vivemos clamando pela liberdade, mas raramente estamos dispostos a exercê-la”
A trilogia foi lançada em DVD no Brasil pela Versátil, uma das boas distribuidoras brasileiras. Do DVD consta a seguinte declaração de Kieslowski sobre A Liberdade é Azul: “O projeto do filme surgiu no quadro de uma Europa que queria romper com as fronteiras nacionais. O Leste ruía. Todo o mundo estava em processo de transformação. O comunismo desfalecia assim como o Muro de Berlim. Neste quadro, não interessava mais discutir a liberdade dos países. Quis tratar o assunto num plano bem íntimo: o que a liberdade representa para vocês, para mim. A liberdade é um mito. Vivemos clamando por ela, mas raramente estamos dispostos a exercê-la. Estamos sempre dispostos a tolher nossa liberdade e criar dependência, seja em nome de ideologia, religião ou amor.”
O DVD também informa que a primeira versão do filme tinha 2 horas e 20 vinte minutos, mas Kieslowski queria desde o início das filmagens no máximo 100 minutos. Depois de oito montagens sucessivas, ele chegou a 98.
A Liberdade é Azul foi indicado a nove Césars, o Oscar francês, e levou três prêmios: melhor atriz para Juliette Binoche, melhor montagem para Jacques Witta e melhor som para Jean-Claude Laureux e William Flageollet.
Teve três indicações ao Globo de Ouro – melhor filme estrangeiro, melhor atriz para Binoche, melhor trilha sonora. Não levou nenhum.
Apresentado no Festival de Veneza, o filme deu a Kieslowski o Leão de Ouro – empatado com Robert Altman, por Short Cuts – Cenas da Vida.
“Juliette Binoche resplandece de vida interior mesmo nos instantes mais dolorosos”
O Guide des Films de Jean Tulard dedica ao filme um dos maiores verbetes que já vi na gigantesca obra. Aí vão trechos, sem aspas para que eu não precise ser literal:
O cineasta se interroga aqui sobre a noção da liberdade individual. Será ela aceitável, uma vez que ela foge das realidades, que é egoísta? A liberdade não é sobretudo a recusa de toda ligação, para estar totalmente disponível? Para estar inteiramente aberta ao amor, como sugere o admirável coral final? O cineasta não explica tudo; ela guarda suas zonas de sombra tanto no roteiro (quem é o verdadeiro autor da música?) quanto nos personagens (quem é aquele flautista?) – sem dúvida para melhor deixar para o espectador sua liberdade. A realização é fácil, maleável, harmoniosa. As cores judiciosamente escolhidas (os azuis que brilham sobre todas as demais cores); a música esplêndida (que tem aqui uma parte dramática essencial); os atores excelentes, particularmente Juliette Binoche, que resplandece de vida interior mesmo nos instantes mais dolorosos. Kieslowski, que se foi cedo demais, confirma seu imenso talento, aquele de um dos maiores cineastas de seu tempo.
Diz o livro 1001 Filmes para Ver Antes de Morrer:
“A Liberdade é Azul, o primeiro filme da ‘Trilogia das cores’ de Kieslowski, pode ser inspirado pelo significado da primeira cor da bandeira francesa (liberdade), mas este diretor irascível nunca seria tão literal. Em vez disso, ele mantém o filme misterioso e indireto, com resultados tão bonitos quanto obsedantes. (…) Além de ter uma trilha sonora de primeira e fotografia evocativa, A Liberdade se beneficia do olhar aguçado de Kieslowski e de sua apreciação certeira sobre as emoções fugazes, ações enigmáticas e detalhes mínimos que compõem a natureza humana. Graças a seu roteiro perspicaz e ao controle cuidadoso que exerce sobre a história, Kieslowski cria um filme cuja riqueza e honestidade oferecem um olhar sobre o funcionamento enigmático da alma. Ele preenche cada quadro de seu filme com significado, acentuado brilhantemente pelo desempenho forte e corajoso de Binoche, que emprega tiques sutis e outros matizes físicos para retratar um espírito partido que aos poucos se recupera.”
E eis parte do texto do sempre admirável Roger Ebert, que deu 3.5 estrelas em 4 para o filme:
“Há um tipo de filme em que os personagens não estão pensando coisa alguma. Eles são simplesmente instrumentos da trama. E um outro tipo de filme em que nós nos movemos para a frente em nossas cadeiras, tentando penetrar o mistério de personagens que estão obviamente pensando em muitas coisas. Blue é deste segundo tipo de filme: a história de uma mulher cujo marido morre, e que lida com o fato de maneira imprevisível.
“A mulher, chamada Julie, é interpretada por Juliette Binoche, de quem você pode se lembrar de A Insuportável Leveza do Ser ou Perdas e Danos. (Quando Ebert escreveu esta resenha, La Binoche não havia feito ainda O Paciente Inglês, de 1996, que deu a ela o Oscar de coadjuvante e a tornou ainda mais conhecida do público americano.) Nesses dois filmes ela projetava uma forte sexualidade; desta vez, ela parece estar além do sexo, como se ele não fosse mais uma realidade para ela. (…)
“Aqui, seus sentimentos são um mistério que sua face vai nos ajudar a desvendar. O filme foi dirigido por Krzysztof Kieslowski, nascido na Polônia, agora trabalhando na França, e na opinião de alguns o melhor realizador europeu em atividade (fez A Vida Dupla de Véronique dois anos atrás). Ele confia na face humana, e vendo seu filme me lembrei de uma conversa que tive com Ingmar Bergman muitos anos atrás, em que ele disse que há muitos momentos nos filmes que só podem ser tratados através do close-up de um rosto – o rosto certo – e que muitos diretores, em vez disso, tentar usar diálogo ou ação.
“Pense em como lemos os pensamentos daqueles mais próximos de nós, em momentos em que as palavras não vão adiantar nada. Olhamos suas faces, e embora elas não façam qualquer esforço para demonstrar as emoções, podemos lê-las da mesma maneira, através dos menores sinais. Um filme que nos convida a fazer a mesma coisa pode ser muito absorvente.”
Grande Ebert! Um crítico que escreve de maneira simples, sem pedantismo algum, que conversa com o leitor, que fala na primeira pessoa. Grande Ebert.
Imenso, gigantesco Kieslowski. Azul Blue Bleu é um filmaço.
Agora, é rever Rouge.
Anotação em agosto de 2013
A Liberdade é Azul/Trois Couleurs: Bleu
De Krzysztof Kieslowski, França-Polônia-Suíça, 1993.
Juliette Binoche (Julie Vignon – de Courcy),
e Benoît Régent (Olivier), Florence Pernel (Sandrine), Charlotte Véry (Lucille), Emmanuelle Riva (a mãe), Hélène Vincent (a jornalista), Philippe Volter (o agente imobiliário), Claude Duneton (o médico), Hugues Quester (Patrice), Florence Vignon (a copista), Jacek Ostaszewski (o flautista da rua)
Roteiro de Krzysztof Kieslowski e Krzysztof Piesiewicz
Com a colaboração de Agnieszka Holland, Edward Zebrowski e Slawomir Idziak
Fotografia SDlawomir Idziak
Música Zbigniew Preisner
Montagem Jacques Witta
Produção MK2 Productions, CED Productions, France 3 Cinéma, CAB Productions, Zespol Filmowy “Tor”. DVD Versátil.
Cor, 98 min
R, ****
Foi o primeiro filme que vi da lindíssima trilogia e já tem tempo , foi em dezembro do ano passado. Tornei a vê-lo ontém.
Kieslowski estará sempre bem perto de Deus, com certeza.
Morreu tão cedo,se não me engano com 55 anos.
Um realizador magnífico . Vi tôda a trilogia e mais “A dupla Vida de Véronique ” e, agora mais recente, “Não Amarás” e “Não Matarás” .
Para todas estas 6 obras , bati palmas de pé.
Já conversei algo sôbre isto contigo , Sergio.
Um filme belíssimo , perfeito , extremamente sensivel. Como é difícil tentar esquecer e continuar vivendo após uma imensa perda e um trauma extremo.
” Não quero bens , presentes, amigos, amor e vínculos. Tudo isso são armadilhas”.
A Juliette nos passa com uma sensibilidade imensa toda a dor, angústia e melancolia da Julie.
Que atriz. Ela está maravilhosamente soberba.
Trilha sonora lindísima. como voce bem disse.
O cinema de Kieslowski transcendia.
Cinema feito com coração , com alma.
Um abraço !!
Engraçado que esses dias estava pensando se tinha algum filme do Kieslowski aqui no site (tinha, mas não os que eu havia visto).
Eu vi a trilogia das cores duas vezes, com vários anos entre elas. Meu preferido é A Fraternidade é Vermelha. A Igualdade é Branca eu acho o mais fraco.
A Liberdade é Azul já figurou entre o meu top 5 quando eu era adolescente, pode isso?
Não sou muito de ter um diretor em especial, mas Kieslowski certamente é um dos meus favoritos, se não o mais, uma pena ter morrido tão cedo. Ele tinha uma sensibilidade e uma atenção aos detalhes que me comoviam.
Já não lembro de muita coisa, só de que a história é tristíssima, do azul intenso da piscina e de uma cena com a personagem da Juliette num café, onde aparece um cubo de açúcar afundando na xícara, algo assim.
Eu gosto da Versátil, mas ela foi meio displicente no lançamento dos DVDs, que mereciam uma edição mais caprichada e com mais extras.
Acho que sua penúltima frase diz tudo, nem precisava do texto: “Imenso, gigantesco Kieslowski. Azul Blue Bleu é um filmaço.”
Aproveitando o comentário da amiga Jussara quero dizer o que acabei esquecendo ontém.
Só a observação de que o meu preferido da trilogia foi este aqui, ” A Liberdade ” .
” A Fraternidade ” em segundo e , o menos brilhante, foi ” A Igualdade ” .
Jussara , ( assim como já comentei com o Sergio) já que também amas Kieslowski, quero te indicar ” O Decálogo ” ,são dez capítulos de 1 hora com o nome dos dez mandamentos.
Esta obra do Kieslowski foi muito aclamada por vários críticos de cinema na época,entre eles , o já falecido e muito querido pelo Sergio, Roger Ebert. E com ela Kielowski ganhou vários prêmios internacionais.
” Não Amarás ” e ” Não Matarás ” que eu cito no meu comentário , são dois deles e , os únicos que ( não sei se a expressão é esta )foram alongados para filme.
Se voce não tiver , procure no youtube , lá voce encontra.
É isso mesmo, “Imenso,brilhante e gigantesco Kieloswki” . Eternamente .
Um abraço, Jussara !!
Um abraço, Sergio !!
Já havia lido sobre o Decálogo, Ivan, obrigada por me lembrar. Eu já tentei assistir há alguns anos, mas na época não era tão fácil baixar filmes, e nas locadoras aqui não tinha. Faz tempo não frequento locadoras, e não sabia que a Versátil havia finalmente lançado (quando ela lançou a trilogia, não lançou o Decálogo, lembro que houve muita reclamação num fórum do K. do qual eu participava). Pelejei na época para encontrar algum meio de assistir, mas como eu já disse, era muito difícil. Acho que vi apenas um dos filmes, me lembro vagamente. Obrigada pela dica!
Abraços.
Excelente crítica!! Adorei o site. Parabéns!