Anotação em 2011: Este filme aqui é a prova de que o cinema espanhol também sabe fazer porcaria.
A trama bebe do filão dos filmes sobre cozinha, comida, paixão pelos sabores, com fartas doses de sexo. Conta-se a história de Sofía (Olivia Molina), filha de donos de restaurante simples, popular, que desde muito cedo desenvolve um fantástico talento para a culinária. Vai se tornar, é claro, uma das mais admiradas chefs do mundo.
O diferencial é que Sofía vive a vida inteira entre dois amores, com seus companheiros de infância Toni (Paco León) e Frank (Alfonso Bassave). É assim, portanto, uma espécie de cruzamento mal ajambrado do mexicano Como Água Para Chocolate, ou o americano quase brasileiro Sabor de Paixão, com Jules et Jim – sem qualquer um dos atrativos dos três filmes citados.
O maior problema do filme é a direção (ou melhor, a falta de direção) de atores. São todos absolutamente horrorosos, pavorosos. Pretende ser uma comédia, mas é apenas uma chanchadona estúpida e sem graça, com aquele tipo de atuação que deixaria envergonhado o pior diretor do pior episódio dos Trapalhões, ou da Escolinha do Professor Raimundo.
Não é à toa. O diretor, Joaquín Oristrell, é homem de TV. TV ruim se faz em tudo quanto é lugar. Inclusive a Espanha de diretores talentosos como Carlos Saura, Pedro Almodóvar, Alejandro Amenábar, Álex de la Iglesia, Oskar Santos, Fernando León de Aranoa.
Dieta Mediterrânea/Dieta Mediterránea
De Joaquin Oristrell, Espanha, 2009
Com Olivia Molina (Sofía), Paco León (Toni), Alfonso Bassave (Frank), Carmen Balagué (Loren), Roberto Álvarez (Ramón), Jesús Castejón (Pepe Ripoll)
Argumento e roteiro Yolanda García Serrano e Joaquín Oristrell
Produção Mesidor Filmes. DVD Imovision.
Cor, 100 min
1/2
Bom saber pra não passar nem perto.
Mas, Sérgio, por que vc sempre fala mal d’Os Trapalhões? Pelo menos quando eu era criança o programa deles era muito bom, eu parava tudo pra ir ver. Depois foi caindo, caindo e virou uma coisa insuportável de ruim.
E hoje que eu vejo como eram politicamente incorretos até não poder mais, e tinham um conteúdo até meio impróprio para crianças. Mas acho que até por isso que era bom.