1.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2008: O filme começa com algumas doses de criativol: tela que se divide em várias para o personagem central mostrar suas muitas irmãs, e uma seqüência de flashbacks em que ele aparece jovem e cabeludo simultaneamente vestido de dândi e de gótico, enquanto sua voz explica que aos 20 anos ele estava numa fase Abba – ou seria The Cure?
Depois dessas brincadeirinhas, no entanto, a narrativa vai para o tradicional.
E o fato é que a história é boba a não mais poder. O tal personagem central, Luis Costa, está com 43 anos e é o único filho homem em uma família de cinco (ou seis?) irmãs. A mãe (Bernadette Lafont) é uma dominadora total, desde a morte do marido; os maridos das irmãs são tão pouco importantes que sequer têm seus nomes apresentados ao espectador. E mãe e irmãs resolvem adotar a idéia fixa de que o nosso herói tem que casar.
Nosso herói (interpretado por um Alain Chabat absolutamente careteiro, assim uma versão parisiense do pior Jim Carrey) bola um plano: vai contratar uma mulher para se fazer passar por sua noiva, para primeiro agradar a toda sua família e depois não aparecer na hora do casamento – de tal forma que mãe e irmãs desistiriam de vez de tentar fazê-lo se casar.
A moça alugada para a execução do plano é a irmã desempregada de um colega dele na empresa em que trabalha, de criação de perfumes – Emmanuelle, a personagem de Charlotte Gainsbourg.
E aí prossegue essa história de uma piada só, com tudo o que facilmente se pode prever. Uma bobagem que só presta mesmo pelo discreto e queixudo charme de Charlotte, a gracinha filha de Serge Gainsbourg e Jane Je t’Aime, Moi Non Plus Birkin.
A Noiva Perfeita/Prête-moi Ta Main
De Eric Lartigau, França, 2006.
Com Alain Chabat, Charlotte Gainsbourg, Bernadette Lafont
Música Erwann Kermorvant
Produção Chez Wam. Estreou em São Paulo 15/11/2007.
Cor, 90 min.
*1/2