2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2007, com complemento em 2008: Um filme um tanto estranho, com uma moral duvidosa, tipo assim: quem quiser fazer swing, tudo bem, que faça e seja feliz.
Todos os atores estão brilhantes, muitíssimo bem dirigidos; suas expressões – suaves, sem caretas, como é próprio do cinema francês de qualidade – dizem tudo, inclusive as entrelinhas. Até porque fala-se mais nas entrelinhas do que propriamente nos diálogos, neste filme. Essa Sabine Azéma, que trabalhou em mais de um filme de Resnais e está em Três Irmãs, de Danièle Thompson, é estupenda.
Ela e Daniel Auteuil fazem Madeleine e William, um casal de meia idade, bem de vida, que se cansa da cidade grande e compra uma casa isolada no campo. Conhecem o casal que mora no terreno contíguo, bem mais jovem; ficam amigos, saem juntos, se visitam, e acabam trepando um com a mulher do outro. O caso abala um tanto a relação de Madeleine e William, mas, mesmo sem falarem muito abertamente sobre o que se passou, os dois acabam voltando à sua vida anterior. Até que conhecem um terceiro casal, e tudo recomeça.
Estranho filme.
Os diretores e roteiristas Arnaud e Jean-Marie Larrieu são jovens – um nasceu em 1965, o outro em 1966. Dirigiram dez filmes, mas este aqui foi o único que eu vi. Uma coisa é certa: são extraordinários diretores de atores.
Pintar ou Fazer Amor/Peindre ou Faire l’Amour
De Arnaud Larrieu e Jean-Marie Larrieu, França, 2005.
Com Daniel Auteil, Sabine Azéma, Amira Casar, Sergi Lopez
Roteiro Arnaud Larrieu e Jean-Marie Larrieu
Produção Les Films Pelléas. Estreou em SP 12/10/2006.
Cor, 100 min
**1/2
quero saber a minha