2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2007, com complemento em 2008: Um filme americano sobre política, acima da média, que discute de maneira séria questões sérias – a importância mesmo da política e do serviço público, ética, amizade, traição, idealismo x corrupção, princípios x acumulação de riqueza.
John Cusak e James Spader interpretam dois grandes amigos, colegas de escola, que vão fazer Direito; o personagem de Cusak é pobre, ambicioso, e rapidamente se revela um mau caráter e carreirista, que consegue mais sucesso que o amigo sério e que insiste em trabalhar de forma honrada.
Para complicar o embate dos dois amigos, eles formam um triângulo amoroso com uma garota, Diana (Imogen Stubbs), filha de um senador honesto, correto, durão (interpretado pelo veteraníssimo Richard Widmark).
Os dois atores centrais estão muito bem. Eram jovens – Cusak tinha 25 anos, Spader, 31 – mas já tinham muita estrada.
Leonard Maltin deu 2.5 estrelas em 4, diz que os atores estão bem mas a história é óbvia, sem surpresas e pouco impacto – e reclama até do sotaque britânico da garota Imogen Stubbs.
Gozado, o Maltin. Quem disse que para discutir temas importantes é preciso ter surpresas, impactos, reviravoltas como em thrillers?
Roger Ebert diz que o filme é ambicioso: quer ser um A Grande Ilusão/All The King’s Men dos anos 90. (Claro que ele está se referindo ao original, o clássico de 1949 dirigido por Robert Rossen, e não à desnecessária e oca refilmagem, com os mesmos títulos, o original e o brasileiro, feito em 2006 por Steven Zaillian e que desperdiça os talentos de diversos belos atores – Sean Penn, Jude Law, Anthony Hopkins, Kate Winslet.)
Diz Ebert, o crítico que gosta dos filmes que vê: “Um filme para mostrar como a ambição sem princípios pode levar um jovem ao topo na política, e depois jogá-lo para baixo novamente. A novidade desta vez é que o jovem vem de origens humildes, e trai o aristocrata rico que havia sido seu amigo. Normalmente é o contrário.”
Ele também diz que o filme segue uma fórmula previsível, mas é redimido pelas atuações de John Cusak e James Spader, “dois dos melhores de sua geração, atuando desta vez contra o tipo de cada um: Cusak é geralmente um herói, e Spader normalmente é um vilão”. Bem notado.
A Um Passo do Poder/True Colors
De Herbert Ross, EUA, 1991.
Com John Cusak, James Spader, Richard Widmark, Imogen Stubbs
Roteiro Kevin Wade
Música Trevor Jones
Produção Paramount
Cor, 111 min.
**1/2
gostari de saber o nomes das musicas do filme a um passo do poder
quais as musicas do filme a um passo do poder