2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2007, com complemento em 2008: O jovem gênio M. Night Shyamalan, que chegou a ser comparado a Alfred Hitchcock e até a Orson Welles, parece mesmo estar perdendo o brilho. Não como diretor – o filme tem clima, a câmara continua uma maravilha, as interpretações são extraordinárias.
Interpretações extraordinárias. Essa garota Bryce Dallas Howard, a filha do diretor Ron Howard, a quem ele havia dado papel de grande destaque em A Vila, de 2004, é um absoluto deslumbre.
O problema, acho eu, é que o argumentista-roteirista-ator-diretor deveria ser humilde o suficiente para trabalhar com histórias dos outros – ou pedir ajuda a outros roteiristas para trabalhar melhor suas novas histórias. As histórias dele já não têm mais a mesma força de Sexto Sentido/The Sixth Sense e Corpo Fechado/Unbreakable. Em A Vila ele já havia ido muito longe na criação de uma fábula sobre a violência da sociedade moderna. E aqui, ao fazer o que chamou de conto de fadas para adultos, ele extrapolou ainda mais.
Me pareceu até que a intenção é boa, que ele quer falar da era Bush, do perigo do conformismo diante dessa onda reacionária que se abateu sobre os Estados Unidos.
Mas a história… Hum… Uma ninfa marinha que vai parar no nosso mundo e se esconde na piscina de um prédio de apartamentos…
A Dama na Água/Lady in the Water
De M. Night Shyamalan, EUA, 2006
Com Paul Giamatti, Bryce Dallas Howard, Jeffrey Wright, M. Night Shyamalan, Mary Beth Hurt
Argumento e roteiro M. Night Shyamalan
Música James Newton Howard
Cor, 109 min
Não gostei e penso que o M. Night Shyamalan deveria ir por outros caminhos como o Sérgio escreveu.
Os realizadores que escrevem sempre os seus argumentos correm o risco de se repetir ou de lhes faltar a inspiração.