Nota: 
Anotação em 2004, com complemento em 2008: Uma boa surpresa. Pertence àquela linhagem dos filmes sobre americanos vivendo no selvagem universo que existe além das fronteiras do umbigo do mundo – mas, incrivelmente, é progressista, humanitário, e avançado para a época em que foi feito, 1960.
Este é mais um daqueles filmes feitos entre 1955 e 1965 dos quais ouvi falar muito quando era garoto mas que eu nunca tinha tido a oportunidade de ver. E valeu a pena.
William Holden faz o papel de um arquiteto americano meio desajustado, que na verdade gostaria de viver de sua pintura, e viaja para Hong Kong para pintar. Ele acabará abandonando a namorada, uma inglesa filha de um sujeito rico, para viver com uma ex-prostituta chinesa que usa como modelo.
O filme me fez lembrar de outros da época com tema semelhantre – Suplício de uma Saudade/Love is a Many Splendored Thing, de 1955, em que o jornalista interpretado pelo próprio William Holden se apaixonada, também em Hong Kong, por uma filha de chineses e ocidentais (Jennifer Jones, lindíssima) e Bonequinha Chinesa/China Doll, de 1958, em que Victor Mature se encanta, contra a sua própria vontade, pela chinesa que é vendida para ele pelo pai empobrecido.
Vejo nos alfarrábios que este filme não tem admiradores. Steven H. Scheur diz que ele “tenta ser ousado e emerge como um novelão”. Leonard Maltin desanca com a interpretação de William Holden, diz que é um novelão e só elogia a bela fotografia e o visual de Hong Kong.
O Mundo de Suzie Wong / The World of Suzie Wong
De Richard Quine, Inglaterra, 1960.
Com William Holden, Nancy Kwan, Sylvia Syms, Michael Wilding
Roteiro John Patrick
Baseado na peça de Paul Osborn, por sua vez baseado no livro de Richard Mason
Cor, 129 min
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