Encontrando Forrester / Finding Forrester


[Rating:2.5]

Anotação em 2001: É como se falava nos leads e olhinhos das matérias sobre o filme que passaram pela minha frente: Gus Van Sant resolveu refilmar O Gênio Indomável, que tinha feito três anos antes, em 1997 (e até botou o Matt Damon numa pontinha no final). Lá, o gênio indomável era um fodão em matemática. Aqui, o gênio é um jovem negro do Bronx, com um imenso talento literário, além de para o basquete.

Sean Connery faz o papel que no anterior é do Robin Williams, o sujeito mais velho que vai tentar ensinar algo para o jovem gênio rebelde; o personagem de Connery é um escritor incensadíssimo, que escreveu uma grande obra-primeira na juventude e depois disso se refugiou em seu apartamento no Bronx. Faz lembrar demais a paixão americana pela figura do J. D. Salinger, o autor de Apanhador no Campo de Centeio, um escritor tão recluso quanto o personagem deste filme.

O filme tem coisas boas, mas outras horrorosas, como a seqüência em que o escritor sai de seu casulo pra irromper na escola chique de Manhattan e defender o jovem gênio – coisa que só acontece naquilo que o povo que gosta de cinema-cabeção chama de “cinema americano”.

No final, no início dos créditos finais, há a junção de Over the Rainbow com What a wonderful world, absolutamente encantadora, surpreendente, que me faria descobrir a figura do Israel Kamakawiwo’ole. Só pelo fato de ter me apresentado a esse cantor, um herói no Havaí morto precocemente, cuja voz é tão extrarodinária quanto o seu tamanho, este filme já valeria a pena.

Encontrando Forrester/Finding Forrester

De Gus Van Sant, EUA, 2000.

Com Sean Connery, Jamal Wallace, F. Abraham Murray, Anna Paquin

Roteiro Mike Rich

Produção Columbia. Estreou em São Paulo em 13/4/2001

Cor, 136 min.

3 Comentários para “Encontrando Forrester / Finding Forrester”

  1. Assisti na madrugada de hoje e, para mim , valeu a pena , totalmente. Gostei muito.
    Até mesmo porque , tem duas passagens que eu achei muito importante.
    1- consegui ver e ouvir alguém falar de maneira certa, ” entre EU e voce “.
    Já não aguentava mais ouvir ou ler ” entre MIM e voce”, em vários filmes. UFA !!!!
    2- Aquela cena em que o Jamal fala para o Forrester,” eu NUM vi nada …” e Forrester responde ” pelo amor de Deus, que raio de sentença é essa, não fale aqui como fala lá fora “, se referindo ao NUM .
    Desculpe Sergio, sei que voce entendeu.
    Porque as pessôas sempre dizem,no começo das frases, NUM no lugar do NÂO? Mas,nunca fazem o contrário.
    Bem, voltando ao filme. Achei legal a liçao que o Jamal deu no cara do BMW.
    O filme foca a amizade , determinação , como superar desafios e,deixa uma mensagem que às vezes, os jóvens também podem dar algumas lições, tais como , uma melhor forma de viver.
    Aqui com certeza, tem UM SPOILER . Aqueles dois lances livres no jogo, para mim, ele não errou, ele “errou”.
    Gostei da atuação do Rob Brown, não conhecia este ator.Muito bom também F.Murray Abrahan, também ator de teatro e vencedor de oscar.
    Sergio, no final do texto quando voce coloca as informações sôbre o filme , houve um engano: voce colocou o nome do personagem Jamal Wallace e não o nome do ator Rob Brown e houve uma inversão no nome do ator F. Murray Abrahan.
    A música com o Israel Kamakawiwo’ole é muito linda mesmo. Tocava bastante nas FM’s aqui.
    Sergio, ele também está na trilha sonora do filme “O Impossível” com a musica “Kamalani.
    Uma fala do Jamal que gostei. ” Duro é voce crescer num lugar onde nem a policia quer ficar depois de escureder, é saber que está seguro lá porque as pessoas com quem deve se preocupar, sabem que voce nada tem prá dar.”
    Um abraço !!

  2. Buenas. Só queria dizer que foi a partir deste filme que também conheci Israel Kamakawiwo’ole. Depois disto percebi o quanto sua obra prima é presente nas trilhas sonoras dos filmes.

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