0.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2000 e complemento em 2008: Bola preta, meia-estrela, turkey, peru – a classificação pior que existir é a deste filme. Uma gigantesca perda de tempo. É daquele tipo de filme que os críticos devem achar cabeça, feito de teóricas simbologias – na verdade, uma tremenda falta do que fazer.
A pretensa trama é assim: ricaço inglês (Postlethwaite) contrata jovem arquiteto holandês para criar um jardim especial para a mulher.
Tem uma trilha sonora fenomenal, no entanto; uma cantora excelente abre e fecha o filme; chama-se Gillian Foley.
A estonteante Greta Scacchi, que faz a mulher do ricaço, começa a envelhecer, como tudo na vida. E Ewan McGregor, que faz o arquiteto contratado para criar o jardim, conseguiu fazer uns 15 filmes nos últimos três anos. Desperdício de bons atores – ainda por cima usando aquelas perucas ridículas, tadinhos.
Hê Hê… Vejo por acaso, em 2008, a resenha do filme feita pela Time Out. Tenho dois guias da Time Out, e por isso sei bem que – verdade seja dita – o povo da revista é mais chato que gato de hotel. Mas não resisto a transcrever trechos da resenha deles. “Uma tentativa bastarda de levar mudanças ao drama britãnico de costumes”… “desenho de produção visivelmente artificial”…
E agora vem o melhor:
“O diálogo – meio “literário”, meio coloquialmente contemporâneo (incluindo palavrões modernos não apropriados) que tenta fazer metáforas supostamente sofisticadas mas não chega a fazer sentido…”
Olha aí: eu quase poderia ser contratado pra resenhador da Time Out…
Ah, uma informação: foi a estréia na direção do Philippe Rousselot, que antes trabalhava como câmara e diretor de fotografia. Até 2008, não voltou a exercer seu talento como diretor.
O Beijo da Serpente/The Serpent’s Kiss
De Philippe Rousselot, Inglaterra-França-Alemanha, 1997.
Com Ewan McGregor, Greta Scacchi, Pete Postlethwaite, Richard E. Grant, Carmen Chaplin
Roteiro Tim Rose Price
Música Goram Bregovic
Produção J&M Entertainment
Cor, 110 min.
nome da musica q abre e fecha o filme
Caro Robson, não sei o nome da música que abre e fecha o filme. A trilha sonora é de Goran Bregovic, compositor nascido em 1950 em Sarajevo, então Iugoslávia. Bregovic compôs para filmes de Emir Kusturica, entre outros; não consta que tenha sido lançado em disco a trilha deste filme O Beijo da Serpente.