Sirocco


Nota: ½☆☆☆

Anotação em 2004, com complemento em 2008: Eis o tipo do filme de merda – embora tenha um monte de elementos que justificariam uma expectativa por algo melhor. Afinal, é com Humphrey Bogart, esse ícone; é preto-e-branco, essa maravilha; foi feito em 1951, e o cinema americano dos anos 30 até os anos 60 teve muitas maravilhas. Mas é uma merda.

         O plot não tem qualquer sentido – a não ser que o espectador percebe que se está tentando, mais uma vez, fazer um novo Casablanca, sem a menor chance de dar certo. Passa-se na Síria, em 1925, no meio da luta de rebeldes sírios contra a dominação francesa. Bogart faz o papel de Bogart, ou de Rick Blaine, o que é a mesma coisa – um americano que já teve ideais e é bom coração mas hoje faz um esforço danado pra demonstrar que não tem escrúpulos e vende armas para os rebeldes sírios.

A moça, Marta Toren, está, é claro, muito longe de ser uma Ingrid Bergman, embora seja bem bonita, cabelo negro, grandes olhos verdes. O problema é que o personagem dela é completamente idiota, sem qualquer sentido – a não ser propiciar o que a indústria chama de female interest. Tudo é falso e sem sentido.

 De qualquer forma, vou atrás de outra opinião. Em seu guia, Steven H. Scheuer mostra grande enfado com o filme e mata sua resenha em duas linhas: “Melodrama lento sobre personagens sinistros e seus negócios escusos”. Não estou sozinho.

Sirocco

De Curtis Benhardt, EUA, 1951.

Com Humphrey Bogart, Lee J.Cobb, Marta Toren

Produção Santana, distribuição Columbia.

P&B, 98 min

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