3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1998: Delícia de filme, que eu nunca tinha visto. É uma espécie assim de Nascido para Matar – o treinamento de recrutas, a iniciação na vida brutal do exército – sem a violência, a virulência e a seriedade do Kubrick, e, ao contrário, com grande dose de humor (típico dos judeus nova-iorquinos), simpatia pelos personagens, um pouco de sentimentalismo e muita sensibilidade. As piadas são inteligentíssimas, bem sacadas, aquela coisa com a marca registrada do dramaturgo e roteirista Neil Simon.
Matthew Broderick está ótimo; o relacionamento dele com os colegas é rico, interessante; ele escreve um diário, que um dia os colegas abrem e lêem justamente na parte em que ele fala de cada um; ficam indignados, ofendidos, mas ao mesmo tempo encantados com as observações do aprendiz de escritor. A cena é sensacional. Mas quem rouba o filme é Christopher Walken, fazendo o sargento durão, bruto, aparentemente insensível, mas que consegue ser humano e do qual, ao fim, todos vão ter saudades.
Para o CD-ROM da II Guerra, anos atrás, fiz a resenha abaixo:
Garoto sensível, que quer ser escritor (Broderick), passa uma temporada de dez semanas em um campo em treinamento do exército em Biloxi, no Mississipi, nos últimos meses da Segunda Guerra, e lá aprende lições sobre a vida e o amor com, entre outros, um sargento durão (Walken) e uma prostituta do Sul profundo. É a segunda parte de uma trilogia de peças do consagrado dramaturgo Neil Simon, em que ele lembra episódios de sua própria adolescência.
Não cometi nenhum erro, embora na época ainda não tivesse visto o filme.
Metido em Encrencas/Biloxi Blues
De Mike Nichols, EUA, 1988.
Com Matthew Broderick, Christopher Walken, Matt Mulhern, Corey Parker, Casey Siemaszko, Markus Flanagan, Michael Dolan, Penelope Ann Miller, Park Overall
Roteiro Neil Simon, baseado em sua peça
Cor, 106 min.
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