O Segredo / The Chamber


Nota: ★★★☆

Resenha para a Agência Estado, em 1997: Há muitos elementos coincidentes em O Segredo/The Chamber e Fantasmas do Passado/Ghosts of Mississippi, e o fato de que os dois são excelentes filmes é apenas o primeiro deles. Os dois são obras de bons cineastas nascidos em Nova York, ambos autores de filmes de idéias humanistas, progressistas, liberais (no sentido político e comportamental do termo, não no econômico). Continue lendo “O Segredo / The Chamber”

Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias / Multiplicity


Nota: ★★½☆

Anotação em 1997:  Gostosinho. Esse interessante diretor mexe, de novo, como no bom Presente de Grego/Baby Boom, de 1987, em que trabalha como ator, ao lado de Diane Keaton, com esses pilares básicos da sociedade capitalista – a competição entre as pessoas, a falta de tempo livre. Continue lendo “Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias / Multiplicity”

Os Dois Lados da Felicidade / Double Happiness


Nota: ★★★½

Anotação em 1997: Um deslumbre. Nunca tinha ouvido falar desse filme sino-canadense; no Cinemania, ao menos até 1995, não consta. E no Videobook também não, o que significa que ainda não saiu em vídeo. A revista da Net diz que é uma produção americana – mas ele é canadense. O filme confirma a surpreendente vitalidade do cinema feito pelos chineses nestes anos 90 – sejam os da China comunista, sejam os de Hong Kong ou Taiwan. Continue lendo “Os Dois Lados da Felicidade / Double Happiness”

Um Caso Meio Incomum / Slaves of New York


Nota: ½☆☆☆

Anotação em 1997:É absolutamente impressionante que James Ivory, sempre chamado de o mais inglês dos diretores americanos, autor de belíssimas reconstituições de época, rígido defensor (embora em estilo suave) dos pequenos avanços dos costumes, rígido crítico (embora em estilo suave) das hipocrisias todas da sociedade dos ricos Wasp, autor de bons ou ótimos filmes – Uma Janela Para o Amor, The Bostonians, Maurice, Mr. & Mrs. Bridge, Retorno a Howards End e o excepcional Vestígios do Dia – tenha sido capaz de fazer tamanha merda. Continue lendo “Um Caso Meio Incomum / Slaves of New York”

Todos Dizem Eu Te Amo / Everybody Says I Love You


Nota: ★★★★

Anotação em 1997: Primeira observação: é um filme, como tantos de Woody Allen, que a gente não quer que termine. É beleza pura, gozo puro; o espectador fica triste ao perceber que está se caminhando para o fim. Eu queria mais, eu queria três vezes mais. Continue lendo “Todos Dizem Eu Te Amo / Everybody Says I Love You”

American Buffalo


Nota: ★☆☆☆

Anotação em 1997: Um filme que me pareceu absolutamente incompreensível. O pobre do espectador não fica sabendo a que ele veio, por que se gastou dinheiro pra fazê-lo, por que Dustin Hoffman resolveu interpretá-lo – neste último quesito, minha única hipótese é que o egão do ator tenha querido concorrer a um improbabilíssimo Oscar por ele estar voltando a fazer um papel semelhante ao que fez em Midnight Cowboy, de 1969. Continue lendo “American Buffalo”

Amateur


Nota: ½☆☆☆

Anotação em 1997: Um horror. Este filme é uma coisa extremamente especial. Ele foi elogiadíssimo pela crítica; ainda hoje, leio na Vejinha da semana, que noticia o lançamento em vídeo de Flerte, o filme seguinte desse Hal Hartley: “O diretor Hal Hartley é um nome badalado pela crítica e sempre comparado a Jean-Luc Godard e Michelangelo Antonioni”. E a questão é que o filme é ruim demais; é infinitamente ruim; é seriíssimo candidato a pior filme do mundo; é mais ridículo do que qualquer produção classe Z. Continue lendo “Amateur”

A Última Prostituta / The Last Prostitute


Nota: ★☆☆☆

Anotação em 1997: Leonard Maltin classifica o filme, feito para a TV (embora nos letreiros esteja escrito screenplay, e não teleplay) como acima da média. E diz que é uma história agradável: “Agradável história do rito de passagem de dois adolescentes dos anos 60 que procuram uma lendária prostituta mas descobrem que ela não está mais no ‘negócio’ e agora dirige uma fazenda de cavalos. Carmen Culver faz um belo trabalho ao adaptar a peça pouca vista de William Borden.” Continue lendo “A Última Prostituta / The Last Prostitute”

The Wonders – O Sonho Não Acabou / That Thing You Do


Nota: ★★★☆

Anotação em 1997, com complemento em 2008: Uma total delícia. Alegre, divertido, bem humorado. Tem o frescor inocente da primeira metade dos anos 60, do rock’n’roll de Buddy Holly, das primeiras letras dos Beatles. É impressionante, na verdade, como Tom Hanks, que é novo, de 1956, conseguiu captar tão perfeitamente o espírito daquelas letras e daquelas canções juvenis. Continue lendo “The Wonders – O Sonho Não Acabou / That Thing You Do”

Tempo de Matar / A Time to Kill


Nota: ★★★☆

Anotação em 1997: Embora partindo de uma premissa absolutamente errada, em termos éticos – em determinadas circunstâncias, quando a Justiça falha, é admissível fazer justiça com as próprias mãos -, o filme é muito, muito bom, assim como deve seguramente ser bom o livro de Grisham que o originou (o escritor, aliás, é um dos três produtores executivos). Continue lendo “Tempo de Matar / A Time to Kill”