Desejo / Desire Under the Elms


Nota: ★★★☆

Anotação em 2003: Uma baita, imensa tragédia grega, passada numa fazenda da Nova Inglaterra no começo do século XIX. Sophia, maravilhosa, belíssima, é a jovem que se casa com um fazendeiro bem mais velho, duro, irascível (o grande, em todos os sentidos, Burl Ives) e se apaixona pelo filho dele (Anthony Perkins). Continue lendo “Desejo / Desire Under the Elms”

Cidade Sem Compaixão / Town Without Pity

Nota: ★★★½

Anotação em 2003: Eis aí um filme claramente subestimado. E que é impressionante por diversos motivos. Primeiro: é extremamente corajoso e ousado ao falar, em 1961, de temas fortes, pesados. OK, Anatomia de um Crime é de dois anos antes, 1959, e foi de fato o primeiro a falar de estupro, calcinha, abertamente, com termos até então proibidos pelo Código Hays ou o que tinha restado dele. Mas este é muito mais forte. Continue lendo “Cidade Sem Compaixão / Town Without Pity”

Um Gato em Minha Vida / Rhubarb

Nota: ★★☆☆

Anotação em 2002: É uma comédia tão aberta, gritante, apavorantemente imbecil, tão descompromissada com tudo, que aí fica até interessante e engraçada. O filme reúne quase todos, mas quase todos os clichês babacas das comedinhas feitas até então – e, claro, das que ainda seriam feitas nas décadas seguintes. Continue lendo “Um Gato em Minha Vida / Rhubarb”

Cidade Negra / Dark City


Nota: ★★☆☆

Anotação em 2002: Um noir com algumas coisas muito boas e outras absolutamente infantis. Uma coisa boa: a loura (Lizabeth Scott, essa moça que desapareceu completamente a partir de meados da década de 50) é exatamente o oposto da loura dos noirs de sempre: é doce, meiga, apaixonada, fidelíssima como um cão de guarda. Uma coisa absurdamente ruim: o personagem central, um homem como tradicionalmente nos noir perdido após a Segunda Guerra, de repente se encontra e fica melhor que Madre Tereza de Calcutá. Continue lendo “Cidade Negra / Dark City”

Rio Vermelho / Red River


Nota: ★☆☆☆

Anotação em 2002, com acréscimo em 2008: Eu nunca tinha visto esse classicão, que todo o mundo, sem exceção, considera um dos melhores filmes da história. E foi um dos meus maiores desencontros com um grande clássico. Sim, tem os elementos de um grande filme – as grandes panorâmicas, o cenário vasto, a fotografia deslumbrante, a música grandiosa do Dimitri Tiomkin (um tanto grandiloquente demais, talvez). Continue lendo “Rio Vermelho / Red River”

O Diabo e os Dez Mandamentos / Le Diable et les Dix Commandements


Nota: ★★★☆

Anotação em 2002: No início dos anos 60 estavam na moda as comédias em esquetes; os italianos fizeram 200 mil delas. Os franceses fizeram várias, também (Os Sete Pecados Capitais, As Mais Belas Escroquerias do Mundo, por exemplo), e fizeram também dramas em episódios (O Amor aos 20 Anos, Loin du Vietnam). Em geral, cada episódio era de um diretor. Continue lendo “O Diabo e os Dez Mandamentos / Le Diable et les Dix Commandements”

Assim Estava Escrito / The Bad and the Beautiful


Nota: ★★★☆

Anotação em 2002, com complemento em 2008: Um classicão que eu nunca tinha visto, embora tivesse ouvido falar muito nele na adolescência. Um bom filme, sem dúvida, na linha de A Condessa Descalça, de Joseph L. Mankiewicz, de 1954, e Crepúsculo dos Deuses, de Billy Wilder, de 1950, todos feitos num período de cinco anos e todos retratando a máquina de Hollywood. Possivelmente é o menos forte dos três – acaba sendo otimista, até -, mas, mesmo assim, é um filmão, desses que merecem ser revistos de tempos em tempos. Continue lendo “Assim Estava Escrito / The Bad and the Beautiful”

O Demônio da Argélia / Pépé Le Moko

Nota: ★☆☆☆

Anotação em 2002: Tem tomadas fantasticamente belas, com jogos de luzes e sombras seguramente influenciados pelo expressionismo dos anos 20, recriando as ruas da Casbah, o velho bairro árabe de Argel. Mas a história é fraquinha, e o endeusamento do gângster interpretado por Jean Gabin, embora tenha sido tão adotado pelo cinema nas décadas seguintes – ou exatamente por isso mesmo – enche um pouco o saco. Continue lendo “O Demônio da Argélia / Pépé Le Moko”

Na Palheta da Vida / Holy Matrimony

Nota: ★★½☆

Anotação em 2001: Um filme bem interessante, com gostosas observações sobre fama, reconhecimento público, a vida em paz na simplicidade (que o francês Phillipe de Broca abordaria duas décadas depois com fantástico bom humor) – valores importantes, enfim -, temperado ainda com sarcásticos comentários sobre essa coisa maluca e incompreensível que é o valor das obras de artes plásticas. Continue lendo “Na Palheta da Vida / Holy Matrimony”