O Mundo de Suzie Wong / The World of Suzie Wong


Nota: ★★½☆

Anotação em 2004, com complemento em 2008: Uma boa surpresa. Pertence àquela linhagem dos filmes sobre americanos vivendo no selvagem universo que existe além das fronteiras do umbigo do mundo – mas, incrivelmente, é progressista, humanitário, e avançado para a época em que foi feito, 1960. Continue lendo “O Mundo de Suzie Wong / The World of Suzie Wong”

Amizade Corrompida / Tough Love


Nota: ★★★☆

Anotação em 2004: É mais uma prova de que a Inglaterra faz um dos grandes cinemas do mundo, se não o melhor. É um policial duro, pesado, que se fosse feito no esquemão padrão de Hollywood muito provavelmente se perderia nas tentativas de se fazer glamour da violência e mostrar muita violência desnecessária. Este não tem glamour algum, e a violência é do próprio tema, e muito mais moral que visual. Continue lendo “Amizade Corrompida / Tough Love”

Nunca aos Domingos e Phaedra


Nota: ★☆☆☆

Anotação em 2008, com base em outras de 2004: Nunca aos DomingosNever on Sunday, de 1960, e Profanação/Phaedra, de 1962. Os dois filmes de Jules Dassin são elogiadíssimos, faladíssimos, badaladíssimos, clássicos. Nunca aos Domingos teve cinco indicações ao Oscar, levou o de canção (a de Manos Hadjidakis), fora outras oito indicações importantes – Cannes, Bafta, Globo de Ouro. Phaedra teve indicações ao Oscar, ao Globo de Ouro, ao Bafta. E, no entanto, achei os dois filmes ruins, muito ruins. Continue lendo “Nunca aos Domingos e Phaedra”

O Triunfo do Amor / The Triumph of Love


Nota: ★★★☆

Anotação em 2004, com acréscimo em 2008: A sensação que dá, imediatamente, é: pois não é que a mulher do Bertolucci é melhor do que ele? Enquanto o italiano anda cada vez mais chato, fazendo filmes deprê, soturnos, com personagens angustiados não se sabe muito bem por quê, sua mulher pegou, para estrear na direção, um texto (do século XVIII!) gostoso, divertido, saboroso, bem-humorado, alegre. Continue lendo “O Triunfo do Amor / The Triumph of Love”

Charlotte Gray, uma Paixão Sem Fim / Charlotte Gray


Nota: ★★½☆

Anotação em 2003:  Um filme bem feito, com reconstituição de época brilhante, fotografia perfeita, ótima música, Cate Blanchett dando um show e demonstrando que é uma das mais talentosas atrizes de sua geração. Mas… Continue lendo “Charlotte Gray, uma Paixão Sem Fim / Charlotte Gray”

Chá com Mussolini / Tea with Mussolini


Nota: ★★½☆

Anotação em 2003 e 2008: Se não por qualquer outra coisa, como a reconstituição de época (Florença, anos 30), vale pelo elenco extraordinário. Juntar as extraordinárias inglesas Maggie Smith, Judi Dench e Joan Plowright, mais as excelentes americanas Cher e Lily Tomlin num filme só é demais.   Continue lendo “Chá com Mussolini / Tea with Mussolini”

O Tigre de Bengala e O Sepulcro Indiano


Nota: ★☆☆☆

Anotação em 2003, com complemento em 2008: A aventura exótica de Fritz Lang, dividida em dois filmes, que estão entre as suas últimas obras, é ruim como aqueles piores filmes bíblicos de Hollywood nos anos 40 e 50. Só tem uma coisa que presta: a dança de Debra Paget quase nua, fantasticamente bela, sensualíssima, que deve ter chocado as platéias de todo o mundo nos anos 1950. Continue lendo “O Tigre de Bengala e O Sepulcro Indiano”

Rios Vermelhos / Les Rivières Pourpres


Nota: ★★☆☆

Anotação em 2003 e 2008: A melhor coisa deste filme não está no filme. É o especial do DVD, em que o roteirista, o autor do livro, o jovem diretor Mathieu Kassovitz, que havia feito o incensado La Haine e foi o ator que fez o personagem masculino principal em Amélie Poulain, e os atores discutem sobre o filme e sobre o fato de que, para alguns deles, a história é absolutamente incompreensível. Continue lendo “Rios Vermelhos / Les Rivières Pourpres”

O Pacto dos Lobos / Le Pact des Loups


Nota: ★☆☆☆

Anotação em 2003 e 2008: Eis aí um filme francês que se parece muito com um filme americano. Não um dos três ou quatro tipos de filmes americanos independentes, nem com o tipo de filme americano feito por grandes estruturas mas com sensibilidade e inteligência. Não. Ele se parece com o que de pior há no cinema americano – o espetáculo que dá mais atenção ao visual do que ao que se diz, a coisa metida a grandiosa, de muita ação e efeitos especiais para atrair multidões.   Continue lendo “O Pacto dos Lobos / Le Pact des Loups”

Nunca Te Amei / The Browning Version


Nota: ★★★☆

Anotação em 2003: Eu tinha visto, faz anos, a refilmagem, de 1994, com Albert Finney como o velho professor desiludido e amargurado, e a esplendorosa Greta Scacchi como sua mulher infiel; o filme era dirigido pelo Mike Figgis, que fez muita coisa boa. E tinha gostado bastante. Este aqui, com roteiro do próprio dramaturgo Terence Rattingan, que escreveu a peça em 1948, é ainda mais convencional na linguagem, no retrato do espírito inglês da primeira metade do século XX – e ainda melhor. Continue lendo “Nunca Te Amei / The Browning Version”