O Que os Homens Falam / Una Pistola en Cada Mano

Nota: ★★★★

Depois de tantas conquistas das mulheres, ao longo dos últimos 100 anos ou mais, na luta pela igualdade de direitos, oportunidades, empregos, salários, tudo, como ficaram os homens? Pós-feminismo, pós os feminismos todos, como anda o Planeta Homem?

Essas são as questões que o roteirista e diretor catalão Cesc Gay aborda em seu sétimo longa-metragem, Una Pistola en Cada Mano, no Brasil O Que os Homens Falam (2012).

São cinco episódios, escritos por Cesc Gay e Tomàs Aragay. Duram entre 14 e 20 minutos. Cada um dos quatro primeiros mostra duas pessoas conversando; o quinto mostra duas duplas de pessoas se falando.

São 12 personagens, oito homens, quatro mulheres – 12 atores em interpretações maravilhosas, sensacionais -,  que dialogam, falam das coisas da vida, do dia-a-dia.

Os personagens todos estão aí na faixa dos 40 e tantos anos, a mesma do realizador, que é de 1967 e portanto estava com 45 anos quando o filme foi lançado. São todos eles classe média, gente como a gente – ninguém é milionário, ninguém é famosérrimo, ninguém é bandido. São todos pessoas comuns

Em cinco episódios, seis duplas de pessoas dialogando, 12 personagens interpretados por 12 atores em momento de explosão de talento, Una Pistola en Cada Mano responde àquelas questões do primeiro parágrafo da seguinte forma: o tal do homem vai mal, vai muito mal, mas vai mal demais.

O homem de meia idade da classe média, bem informado, bem alimentado, que não padece de falta das coisas básicas, das grandes cidades da Civilização Ocidental e Cristã está perdido, coitado. Perdidinho da silva telles. É fraco, muitas vezes indeciso, atrapalhado, abestalhado. Não sabe direito o que é, nem o que quer na vida.

Ah, sim, e ainda tem aquela característica muito típica do macho: não sabe lidar com seus sentimentos. Não consegue entender muito bem seus sentimentos, não sabe o que fazer com eles e, sobretudo, não é capaz de falar sobre eles. Não sabe expressar o que sente.

Quando duas ou até mesmo várias mulheres se encontram, abrem a alma, o coração, contam tudo o que estão sentindo, uma ajuda a outra, dá força para a outra.

O bicho homem é incapaz de contar para o maior amigo sobre a angústia que está pesando sobre seu peito como a pata de um elefante.

Mas que não se pense que estamos aqui diante de um drama pesadíssimo, denso, com uma seriedade nórdica. Nada disso. É um filme espanhol, a rigor catalão. É tudo latino, e então Una Pistola en Cada Mano mostra as feridas, mas ri delas, e faz o espectador rir também, porque, afinal de contas, que outro remédio há?

Aos 45 anos de idade, casado, dois filhos, provavelmente ele também um tanto perdido como os personagens que criou, Cesc Gay fez um filmaço. Bem, o cara é bom mesmo. Três anos depois, em 2015, faria outro filmaço, Truman.

O filme realça que não está falando de Barcelona, e sim de qualquer grande cidade

Duas características de Una Pistola en Cada Mano me chamaram atenção. A primeira é que os homens, os oito personagens masculinos, não têm nome. Seus nomes não são mencionados nos diálogos. Os nomes das mulheres são falados: o espectador fica sabendo o nome de cada uma delas. Os dos homens, não.

No IMDb, que deve ter copiado de material promocional das produtoras do filme, os personagens masculinos são identificados pela inicial de seu primeiro nome – E., J., S., G., L.

Acho que é como nos filmes americanos em que não se diz o nome da cidade em que se passa a ação: é uma maneira de dizer que não se está falando de uma cidade específica, que aqueles fatos poderiam acontecer em qualquer cidade americana.

Os oito homens não têm identidade própria, específica, porque eles representam o Planeta Homem de uma maneira geral: são aqueles ali que estamos vendo, mas poderiam ser qualquer outro homem naquela faixa de idade, naquele meio social.

Até porque, a rigor, ao fim e ao cabo, estamos aqui diante de histórias de homens que não estão sabendo encontrar direito sua identidade.

A segunda característica – interessantíssima, fascinante – tem um tanto a ver com a primeira. O espectador sabe que está diante de um filme que, mais que espanhol, é muito especificamente catalão. No início, antes de a narrativa começar – o filme não tem créditos iniciais, apenas os nomes das produtores e apoiadores –, vemos os nomes de várias instituições que colaboraram para a produção, e está lá sempre presente a Catalunha. Tem a Televisión Española (TVE), tem o Instituto de la Cinematografía y de las Artes Audiovisuales (ICAA), que são órgãos nacionais, espanhóis, mas estão lá também Catalan Films & TV, ICF Institut Català de Finances, Institut Català de les Empreses Culturals (ICEC), Televisió de Catalunya (TV3).

E, no entanto, não se fala, nos diálogos, de Barcelona, a metrópole catalã onde vivem os personagens. Não há uma única referência explícita a Barcelona nos diálogos. E – o que é ainda mais fascinante – não há uma única tomada externa de local que qualquer espectador poderia identificar como sendo específico de Barcelona. Não há tomada geral que mostre o traçado absolutamente regular das vias, as ramblas largas típicas da cidade. Não há uma tomada sequer que mostre obra de Gaudí.

O que se pretende, me parece óbvio, é realçar: não estamos falando especificamente de cidadãos de Barcelona, e sim de qualquer cidade ocidental.

Dois velhos amigos que não se viam fazia muito tempo se reencontram por acaso

No primeiro episódio, dois velhos amigos que não se viam fazia muito tempo, dez anos, se reencontram por acaso. Acontece diante de um elevador de um prédio de escritórios. E. (Eduard Fernández) está chegando ao prédio; vinha debaixo de chuva, sem guarda-chuva. Quando o elevador chega ao térreo, o único passageiro que está nele não desce – fica parado, imerso em seus próprios pensamentos. Quando finalmente se vira para sair, E. o reconhece: é J. (Leonardo Sbaraglia), seu velho amigo.

Não saberemos por que os dois, que aparentemente haviam sido amigos muito próximos, se distanciaram por tanto tempo.

Passam uns dez minutos conversando, antes de se despedirem e cada um voltar a tocar sua vida.

E . está duro, desempregado. Separou-se da mulher, não tem condições de montar casa, vai ter que viver com a mãe. Já J. está bem, em termos materiais: abriu um estúdio com dois amigos, os negócios não vão mal. Ele, sim, é que anda mal, não consegue dormir direito – está saindo naquele momento de uma sessão com seu analista, um alemão.

O reencontro, a situação, o jeito dos dois – é tudo desajeitado, desengonçado, desastrado, desconsertado. Se fossem duas mulheres, seguramente tomariam depressa a decisão de ir para o café – ou o bar – mais próximo, e poriam a conversa em dia.

Como são machos, não sabem direito o que fazer. J. chega a propor um encontro na semana seguinte – mas de uma forma um tanto vaga, e E. sequer se dá ao trabalho de dizer talvez. Fica aquela coisa de carioca: “Ah, apareça lá em casa um dia” – e o outro sabe perfeitamente que o convite não é de verdade, e os dois sabem que o outro não vai aparecer coisa nenhuma porque afinal é carioca, não é doido.

De um jeito trôpego, sonso, zonzo, o ex-marido pede para voltar

No episódio número 2, o ex-marido vai levar o filho de uns seis, sete anos à casa da ex-mulher. Era só para levar, deixar o garoto, mas S. (Javier Cámara) usa o pretexto de estar com sede para que Elena (Clara Segura) o deixe entrar.

S . enrola, enrola, e então começa a dizer, de um jeito trôpego, sonso, zonzo, que gostaria de voltar.

É bem possível que muitos espectadores morram de rir neste episódio, porque S. é excessivamente desengonçado, troncho – e Javier Cámara, assim como todos os demais atores, dá um show. Eu não ri, sequer sorri. Senti profunda pena daquele pobre coitado – mas tanta pena, tanta simpatia por ele que me angustiei, e tudo que eu queria era que aquela tortura acabasse, e o infeliz S. fosse embora, parasse com aquela desengonçada demonstração de solidão, de necessidade do amor da ex-mulher que não queria mais saber dele, que já estava em outra.

G., o papel de Ricardo Darín, senta-se na praça onde mora o amante da mulher

No episódio número 3, Ricardo Darín está sentado no banco de uma bela praça cheia de verde. Segura na mão o celular e de vez em quando olha para um apartamento no último andar de um edifício da praça.

O personagem dele é identificado como G.

Passa perto dele um sujeito com um cachorro – L. (o papel de Luis Tosar). Reconhecem-se: nas últimas férias de verão, haviam se conhecido na ilha de Mallorca. Começam a conversar, de um jeito não muito diferente daquele em que E. e J. conversavam no primeiro episódio, meio sem jeito, meio sem graça.

Muito rapidamente, G. começa a contar para L. que está ali porque seguiu Laura, sua mulher. Ele sabe, há meses, que Laura tem um amante, que mora naquele apartamento ali, ó – e aponta

G . não parece à beira de um ataque de nervos, ou então pronto para matar a mulher que o trai e o amante dela. Nada disso. Parece conformado. Fala várias vezes a palavra “corno”, cita o Manual dos Cornos. Parece até enfrentar a situação com algum humor, como se risse de sua própria pequena tragédia. Diz: – “Nós, argentinos, filosofamos muito, mas somos inofensivos”.

O episódio de Darín e Luis Tosar dura, segundo mediu o IMDb, 19 minutos. É o segundo mais longo do filme. Lá pela metade desses 19 minutos, que passam depressa demais, porque a história é interessante e os atores, excelentes, o espectador começa a desconfiar de alguma coisa. Daí a pouco ele verá que tem razão: é aquilo mesmo que ele pensou.

P . tenta cantar uma colega de trabalho. Ela vai humilhar o sujeito cruelmente

O quarto episódio é particularmente cruel, ao exibir como pode ser feio, pavoroso, o comportamento humano.

Passa-se num escritório de uma grande, imensa empresa, e é sexta-feira, no final do expediente. P., um funcionário (o papel de Eduardo Noriega), se aproxima da mesa de uma colega de trabalho, Mamen, o papel de Candela Peña – e o IMDb informa que Cesc Gay escreveu o episódio e criou o papel de Mamen especialmente para a atriz, que levou apenas quatro dias para filmar os 15 minutos do episódio.

P . vai tentando puxar conversa. De uma forma desajeitada, sem graça, sem charme, troncha, ele tenta paquerar a moça, ver se daria para eles saírem dali para um bar.

O espectador percebe, pelo diálogo, que não era comum, usual, P. e Menen conversarem – bem ao contrário. Era a primeira vez que ele parava junto da mesa dela e puxava conversa.

Menen menciona o fato de que fez regime – saberemos depois que ela antes tinha 15 quilos a mais.

Quando P. consegue exprimir um convite para que os dois fossem tomar alguma coisa, Menen menciona o fato de que afinal P. é casado e teve um filho coisa de um ano atrás.

Fica absolutamente claro que ali naquela firma – como em toda firma do mundo – todos sabem da vida dos outros, todos fofocam, todos falam dos outros pelas costas.

Menen vai humilhar P. Vai fazer gato e sapato daquele macho bobo. Vai nocauteá-lo. Mas com tanta, tanta crueldade, que acabei ficando com pena do rapaz – embora cansado de saber que ele era um babaca e ela tinha bons motivos para se vingar daquela forma.

Dois amigos ficam sabendo intimidades do outro – através de suas mulheres

No quinto e último episódio, dois casais se encontram, e vão juntos para a festa no apartamento de um amigo em comum.

Os dois homens são grandes amigos, tipo os melhores amigos um do outro – M. (Jordi Mollà) e A. (Alberto San Juan). Cada um deles, por absoluto acaso, encontra a mulher do outro, e cada um deles então vai até o apartamento do amigo em comum conversando com a mulher do outro.

A . estava à procura de um táxi quando é visto por María (a bela e sempre ótima Leonor Watling, na foto abaixo), que estava em seu carro, saindo do trabalho e indo para a festa. Vão conversando no caminho longo, trânsito pesado. A. pega um livro que estava no carro – um livro de auto-ajuda, que ensina, entre outras coisas, como casais em crise devem fazer para voltar a ficar numa boa. Alguns trechos estão sublinhados, e A. os lê em voz alta. Há ali revelação de intimidades, tipo o marido deve passar mel nos dedos do pé da mulher e então passar a chupá-los, bem devagar.

Enquanto isso, numa loja de bebidas, Sara (Cayetana Guillén Cuervo, na foto acima), a mulher de A., encontra-se com M, o marido de Maria. Não se passaram nem dois minutos e Sara, com aquela facilidade que as mulheres têm para falar as coisas, diz para M. que o grande amigo dele, A., está com problemas de disfunção erétil. Ela usa essa expressão – não fala a palavra brocha.

Quando os dois grandes A. e M. se encontrarem na festa, saberão coisas íntimas do outro. A. saberá que M. passa mel nos pés de María e os lambe bem devagarinho. M. saberá que A. está brocha. São o maior amigo um do outro, são íntimos – mas jamais falariam dessas intimidades um para o outro.

Nos anos 90, difundia-se no mundo um troço chamado men’s movement

Ver esta maravilha de filme me fez lembrar demais de uma experiência que tive, muitos, muitos anos atrás. É algo pessoal, mas tem tudo a ver com o tom do filme, e então me permito contar.

Era 1992, e havia uma novidade na imprensa dita feminina: a Editora Globo lançara a versão brasileira da respeitadíssima Marie Claire. A revista, sob a direção de uma jornalista brilhante, Regina Lemos, e com um time pequeno mas aguerrido de jornalistas muito talentosas, fazia diferença, trilhava caminhos não usuais. Em vez de dar conselhos, ouvia as leitoras, tentava entender suas dúvidas, suas demandas. Em vez de dar capas com figuras famosas, conhecidas, atrizes, modelos, privilegiava rostos belos mas sem fama, gente como as leitoras.

Procurava idéias diferenciadas de pautas, temas não usuais nas outras publicações. Apostava em reportagens. Em especial, reportagens sobre comportamento. Para tentar ver o que estava acontecendo e contar para os leitores/as leitoras o que os repórteres haviam visto, registrado, anotado.

Consta que Ricardo Noblat, na época editor-chefe do Correio Braziliense, teria dito, numa reunião de pauta em que só se apresentavam sugestões de matérias déjà-vu, que era preciso que todos aprendessem com Marie Claire, segundo ele a publicação brasileira que tinha as melhores idéias de pauta.

E então Lucy Dias, a editora de Comportamento, me propôs um frila. Estava chegando ao Brasil um australiano, Craig Gibsone, que tinha um nome respeitado como realizador de workshops do men’s movement – isso mesmo, o movimento dos homens, não para enfrentar, combater o feminismo, mas para trabalhar os homens para a nova realidade que surgia pós-feminismo, as mulheres agora fortes, poderosas, iguais.

A proposta era que eu me inscrevesse para fazer o workshop, sem revelar para os demais participantes que era um repórter – mas com todo o apoio do terapeuta.

Foi uma das minhas mais extraordinárias experiências como jornalista. Em boa parte, porque não sou, nunca fui um bom repórter. Sou bom copydesk, redator, editor – sei melhorar os textos dos outros, sei fazer bons títulos, sei hierarquizar notícias. Sou bom na redação, mas não tanto no campo, na reportagem.

Foi a melhor reportagem que já fiz na vida. E foi por causa dela que Regina Lemos me convidaria meses depois para assumir o cargo de redator-chefe da revista.

“Os homens continuam sendo analfabetos na cultura do pessoal”

Não quero parecer pretensioso, mas também não sou um poço de modéstia, e então digo que muito do que aquela minha matéria de 1992 mostra é o que este filme maravilhoso de 2012 escancara.

Minha matéria começava assim:

Os protagonistas são todos homens, adultos, instruídos, com dinheiro no banco. Durante três dias, eles se reuniram em um local isolado, no meio do mato, a menos de 70 quilômetros do Centro de São Paulo, e viveram cenas como estas:

 * O homem olha demoradamente dentro dos olhos do outro, à sua frente, e diz: ”Eu sou seu pai, eu sou seu irmão, eu sou seu filho”. Ele responde com a mesma frase. Em seguida, cada um troca de parceiro, olha demoradamente dentro dos olhos do outro, e diz ser seu pai, seu irmão, seu filho. Depois que cada um dentro do salão repete esse ritual com todos os demais, formam-se pares, e cada par se abraça. Ouvem-se suspiros fundos. Os pares se desfazem, formam-se novos pares: novos abraços, novos suspiros.

Seguiam-se mais três descrições do que acontecia no workshop, e aí eu dizia o seguinte:

Parece um exótico piquenique. Parece um grupo de adultos brincando de escoteiro. Parece coisa de veado, diria muita gente. Eram homens tentando melhorar – tentando se conhecer mais, tentando compreender seus sentimentos, seus medos, suas angústias, sua identidade. E era também a chegada oficial ao Brasil de um fenômeno que cresce sem parar, do outro lado do Equador, embora muito pouco conhecido aqui – o movimento dos homens.

Nos últimos 30 anos, o movimento feminista mudou a face do mundo, ou no mínimo de boa parte dele. Foi “o único movimento social a respeito do qual se pode hoje dizer que teve êxito”, como disse o filósofo alemão Jürgen Habermas. Criaram-se dezenas e dezenas de publicações para discutir a identidade feminina, escreveram-se centenas, milhares de artigos, teses, livros, houve cursos de todos os níveis e de todos os tipos, o cinema está cheio de filmes sobre a nova mulher. Houve até o backlash, a contra-reação, que rendeu novos livros, novos artigos, novas reflexões. E os homens? “Os homens ainda têm tudo para dizer sobre a própria sexualidade”, diz a escritora francesa Hélène Cixous. “O que é masculino? Eis uma pergunta à qual as sociedades ocidentais já não sabem responder”, diz o filósofo francês Alain Finkielkraut. “Podemos nos surpreender com o silêncio dos homens desde o início desta mutação extraordinária, que começou há 20 anos. Nem livros, nem filmes, nem reflexões profundas sobre sua nova condição. Permanecem mudos, como que paralisados por uma evolução que não têm condições de controlar”, diz a socióloga francesa Elisabeth Badinter. “Os homens continuam sendo analfabetos na cultura do pessoal”, diz o escritor italiano Primo Moroni. “A cultura masculina é alheia e hostil ao universo sentimental, emocional”, diz a jornalista italiana Marisa Rusconi. 

(A reportagem, à qual Lucy Dias deu o título de “Para abrir o coração dos homens”, está no 50 Anos de Textos.)

Entre 1992, o ano em que participei daquele exótico convescote de homens à procura de formas de compreender o que está acontecendo com os homens, e 2012, o ano em que o talentoso Cesc Gay fez este Una Pistola en Cada Mano, não mudou muita coisa no mundo. As mulheres ficaram mais fortes, mais firmes, mais seguras – e os homens ficaram mais inseguros, mais perdidos, mais sem ter idéia de como fazer para entender o que está acontecendo. E mais incapazes de chegar para o maior amigo e abrir a alma.

Anotação em novembro de 2016

O Que os Homens Falam/Una Pistola en Cada Mano

De Cesc Gay, Espanha, 2012

Com (no episódio 1) Eduard Fernández (E.), Leonardo Sbaraglia (J.),

(no episódio 2) Javier Cámara (S.), Clara Segura (Elena),

(no episódio 3) Ricardo Darín (G.), Luis Tosar (L.),

(no episódio 4) Eduardo Noriega (P.), Candela Peña (Mamen),

(no episódio 5) Jordi Mollà (M.), Alberto San Juan (A.), Cayetana Guillén Cuervo (Sara), Leonor Watling (María)

Argumento e roteiro Cesc Gay e Tomàs Aragay

Fotografia Andreu Rebés

Música Jordi Pratz

Montagem Frank Gutiérrez

Casting José Manuel Gómez

Produção Audiovisual Aval SGR, Canal+ España, Catalan Films & TV, ICF Institut Català de Finances, Impossible Films, Institut Català de les Empreses Culturals (ICEC), Instituto de Crédito Oficial (ICO), Instituto de la Cinematografía y de las Artes Audiovisuales (ICAA), Televisió de Catalunya (TV3), Televisión Española (TVE)

Cor, 95 min

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7 Comentários para “O Que os Homens Falam / Una Pistola en Cada Mano”

  1. O filme é um filmaço, você é um escritorzaço e o Ricardo Darin é um Ricardaço!

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