Brooklyn

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Nota: ★★★★

Brooklyn, a co-produção Inglaterra-Canadá-Irlanda de 2015 dirigida pelo jovem irlandês John Crowley, é um filme maravilhoso, grande, obra-prima. Excede em talento e sensibilidade, e emociona o espectador com sua história triste, amarga, sobre imigração, solidão, saudade, que de repente muda de tom, fica solar, até nova tragédia.

Tem todas as qualidades que se podem exigir de um grande filme. Mas tem, sobretudo, principalmente, primeiramente, uma atuação soberba, brilhante, superior de uma atriz de talento raro.

Quando o filme está com cinco minutos, a câmara do realizador John Crowley e de seu diretor de fotografia Yves Bélanger fica paralisada diante do rosto de Saoirse Ronan. É quase um close-up – vemos os ombros e o rosto de Saoirse Ronan. Ela interpreta Eilis Lacey, uma jovem da pequenina cidade de Enniscorthy, na Irlanda, no comecinho dos anos 1950, que, por não ter emprego nem perspectivas, está se preparando para emigrar para a América.

É um sábado à noite, e Eilis passou na casa de sua maior amiga, Nancy (Eileen O’Higgins), que ela chama de “a garota mais bonita do condado de Wexford”, para irem as duas ao baile num salão da cidadezinha – muito provavelmente o salão paroquial. No caminho, haviam falado sobre George Sheridan (Peter Campion), um rapaz bonitão e bom partido, filho de um comerciante bem sucedido, de quem Nancy está a fim.

No salão, Eilis vê que George está olhando para as duas. Diz isso a Nancy, mas ela não acredita. George vem em direção às duas, e pergunta a Nancy se ela quer dançar. Dirigem-se ao meio do salão.

É neste momento que a câmara se fixa no rosto de Eilis-Saoirse Ronan.

Ela sorri um belo sorriso. Está feliz pela amiga, que está agora dançando com o rapaz de quem estava mesmo a fim; está feliz porque soube antes mesmo da amiga que o rapaz viria até elas.

Eilis-Saoirse Ronan não é uma moça belíssima, dessas de beleza toda perfeita, toda dentro dos padrões, tipo, sei lá, Megan Fox. Não é feia, não, de forma alguma, mas não é uma Barbie. Tem uma beleza muito sua, forte, poderosa. Tem um daqueles rostos que em alguns momentos fulguram de beleza, mas em outros pode parecer apenas normal, nada especial.

Então Eilis sorri feliz, ali no salão de festas da pequenina cidade irlandesa que deixará em breve, daí a poucos dias, para enfrentar todo um universo desconhecido – uma viagem de vários dias atravessando o oceano, e depois um mundo estranho, muito longe de seu lar, de sua família, de suas amigas, um lugar onde ela conhece uma única pessoa, o padre Flood (Jim Broadbent), amigo de sua irmã mais velha Rose (Fiona Glascott), que, a pedido de Rose, conseguiu para ela um visto e um emprego no Brooklyn. Um emprego, essa coisa que não existe ali na Irlanda.

E Eilis sorri feliz.

Mas o sorriso vai desaparecendo. Lentamente – não de repente. O sorriso se vai, mas a expressão de Eilis ainda é alegre.

Mas pouco a pouco o rosto vai se fechando. Some a alegria. O rosto de Eilis agora está triste – e a câmara continua fixa nele, sem corte.

Eilis estava alegre por causa da amiga. Agora, meio minuto depois, está com o rosto muito sério, com uma expressão de tristeza. A amiga está com o rapaz que queria conquistar, mas ela mesma não tem namorado, não tem emprego, e vai ter que ir embora para um mundo totalmente novo.

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Na minha opinião, Saoirse Ronan é da mesma estatura de Kate Winslet, Meryl Streep

Quando termina essa longa tomada, e Eilis, depois de olhar mais uma vez para a amiga Nancy dançando com George Sheridan, se dirige para a porta de saída do salão, podem ser feitas duas afirmações peremptórias, definitivas. Estamos diante de um filmaço. E estamos diante de uma das melhores atrizes da História do cinema.

Um eventual leitor poderia perfeitamente se espantar com a afirmação que acabo de fazer: como assim, uma das melhores atrizes da História, essa garota tão nova, que nem é tão conhecida assim?

Bem, sou mesmo chegado a fazer afirmações assim peremptórias, definitivas. Costumo abusar de pleonasmos. Mas faz bastante tempo que acho Saoirse Ronan um talento extraordinário, que brilha acima de outros grandes talentos de jovens atrizes, como Michelle Williams (nascida em 1980), Natalie Portman (1981), Rebecca Hall (1982), Emily Blunt (1983), Scarlett Johansson (1984), Carey Mulligan (1985), Ellen Page (1987), Elizabeth Olsen (1989), Jennifer Lawrence (1990). Todas elas são muito competentes, e muito jovens – embora todas mais velhas que Saoirse, nascida em 1994.

É só a minha opinião, é claro, mas acho que Saoirse Ronan é da mesma estatura de Kate Winslet. De Meryl Streep.

Já achava isso, repito, faz tempo. A partir de Brooklyn, passei a ter certeza.

Tinha 13 anos quando foi lançado Atonement, no Brasil Desejo e Reparação, o filme brilhante feito pelo jovem Joe Wright a partir do romance assombrosamente belo de Ian McEwan. O desempenho dela me deixou embasbacado, e tentei não perder os filmes que faria a seguir. A cada novo filme com ela, mais eu ficava impressionado.

Sobre Atos que Desafiam a Morte/Death Defying Acts (2007), de Gillian Armstrong, anotei que tinha visual caprichadíssimo, exuberante, reconstituição de época perfeita, figurinos cuidadíssimos, boa música – mas o melhor de tudo, de longe, disparado, era Saoirse Ronan: “Saoirse Ronan simplesmente engole Guy Pearce, Timothy Spall e Catherine Zeta-Jones. Engole tudo na produção cara e muito bem cuidada. É a melhor coisa do filme.”

Sobre Um Olhar no Paraíso/The Lovely Bones (2009), escrevi: “Este novo filme de Peter Jackson tem uma beleza visual impressionante, de babar, e um grande elenco em ótimas atuações, no qual se destaca, mais que tudo, essa garotinha de talento absurdo, Saoirse Ronan.”

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Sobre Caminho da Liberdade/The Way Back (2010), escrevi: “O elenco que Peter Weir reuniu, gente de diversos países, uma grande Liga das Nações, é todo muito bom. (…) Para o único papel feminino de destaque, as diretoras de elenco tiveram a felicidade de escolher Saoirse Ronan. Saoirse Ronan interpreta Irena, uma adolescente que se junta ao grupo de caminhantes. Está maravilhosa. Sorte do filme por ela ter sido escolhida, sorte dela por acrescentar ao currículo um filme sob a direção de Peter Weir.”

Sobre Minha Nova Vida/How I Live Now (2013), uma interessante, tristíssima distopia sobre uma Inglaterra envolvida na Terceira Guerra Mundial num futuro próximo, anotei: “Está excelente neste The Way I Live. Ela convence o espectador como aborrescente problemática, pentelha, como a jovem que vive a maravilha do primeiro amor, e como a jovem que tem que encontrar forças não se sabe de onde para sobreviver ao inferno. Mesmo se o filme não tivesse outras qualidades – e ele tem muitas –, valeria a pena vê-lo só por ela.”

Entre 2011 e 2013, a garota fez dois filmes de ação, um de ficção científica e um de terror. Sempre produções caras, caprichadas. Destes só vi Hanna (2011), em que ela se reencontrou com Joe Wright o diretor que, com Atonement, a lançou para o mundo; é extremamente bem feito, bem cuidado – mas sem alma.

Não gosto de filmes de ação, não é minha praia, mas quero ver Violet & Daisy (2011) e também A Hospedeira (2013) e o terror Byzantium (2012) – nem que seja só pelo prazer de ver Saoirse Ronan. Quero ver também Stockholm, Pennsylvania (2015), que parece ser um drama pesado, em que ela interpreta uma jovem que foi sequestrada ainda criança e, lá pelos 20 anos de idade, volta para a casa da família da qual mal se lembra.

Também em 2015 veio esta maravilha que é Brooklyn.

Saoirse Ronan foi criada no interior da Irlanda, como sua personagem

É bom registrar que não sou só eu que fico impressionado com o talento de Saoirse Ronan. Ela teve duas indicações ao Oscar, o de atriz de coadjuvante por Atonement e o de atriz principal exatamente por Brooklyn. Foi também indicada a dois Globos de Ouro, por esses mesmos dois filmes, e a três Baftas, por esses dois e também por Um Olhar no Paraíso/The Lovely Bones.

Até aqui, meados de 2016, aos 22 anos de idade, já venceu 40 prêmios, fora outras 93 indicações. Só por sua interpretação em Brooklyn foram 51 indicações.

Quando recebeu a primeira indicação ao Oscar, estava com 13 anos. Até hoje, só seis outras atrizes foram indicadas quando eram ainda mais jovens que ela (Tatum O’Neal, Mary Badham, Quinn Cummings, Abigail Breslin, Patty McCormack e Anna Paquin).

Saoirse Ronan era mesmo a atriz mais que perfeita para interpretar essa Eilis Lacey, a garota do interior da Irlanda que, por volta dos 20 anos, chega ao Brooklyn, para viver em uma pensão para moças e trabalhar como vendedora numa grande loja de departamentos. Soirse nasceu em ali mesmo em Nova York – não no Brooklyn, e sim no Bronx –, filha de um casal de irlandeses, Paul Ronan, um ator, e Monica Ronan, nascida Monica Brennan. Paul e Monica voltaram para sua Irlanda natal quando a garotinha tinha 3 anos de idade. Foi criada no interior da Irlanda, no condado de Carlow.

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Segundo anota o IMDb, Saoirse Ronan tem um especial talento para falar com diferentes sotaques. O IMDb não faz a comparação, mas eu faço: assim como a americaníssima Meryl Streep. E a inglesérrima Kate Winslet.

Esse prenome difícil é a palavra gaélica para liberdade. Também segundo o IMDB, isso se pronuncia, na Irlanda, “seer-sha”. Sircha. Nos Estados Unidos, a própria Sircha pronuncia “sur-shuh”.

Eilis, o nome da personagem, pronuncia-se “Ay-lish”. Acento na primeira sílaba – Êilich.

As sequências da Irlanda foram feitas lá mesmo. As do Brooklyn, no Canadá

O roteiro de Brooklyn é do escritor, produtor e roteirista inglês Nick Hornby, autor, entre muitos outros, dos livros que deram origem aos filmes Febre de Bola (1997), Alta Fidelidade (2000) e Um Grande Garoto (2002), e do roteiro do excelente Educação (2009).

Ele se baseou no livro homônimo de Colm Tóibín, escritor, dramaturgo, ensaísta, jornalista e poeta nascido em 1955 exatamente na cidade de Enniscorthy, condado de Wexford, sudeste da Irlanda, a terra de sua criatura Eilis Lacey. Brooklyn é seu sétimo livro, e foi lançado em 2009. Pela resenha do livro da Wikipedia, Nick Hornby foi fiel à história criada por Tóibín, mas o IMDb cita pequenas discrepâncias (como, por exemplo, o fato de que no livro Eilis tem quatro irmãos, e, no filme, apenas uma irmã) e diz que o final é bem diferente – Hornby criou um final que não está na história escrita por Tóibín.

As sequências passadas na Irlanda foram de fato filmadas na cidade de Enniscorthy. Cerca de 300 moradores foram usados como extras – e foi lá mesmo que o filme teve sua avant-première europeia. As cenas passadas no Brooklyn, no entanto, foram feitas em Montréal, por economia.

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Uma sequência impressionante: a sopa de Natal para os deserdados da fortuna

Os primeiros tempos da garota Eilis no Brooklyn são de uma profunda, profunda, profunda solidão. Ela é dominada o tempo inteiro por uma saudade avassaladora. Lê mil vezes a primeira carta que recebe da irmã Rose. Chora pelos cantos. No trabalho, é advertida mais de uma vez por uma supervisora, Miss Fortini, de que precisa sorrir para os clientes, puxar conversa, tratá-los bem. (Miss Fortini é interpretada por Jessica Paré, a bela canadense que fez Megan, a segunda mulher de Dan Draper em Mad Men.)

Creio que todos os espectadores ficarão com medo – como eu fiquei – de que Eilis perca o emprego.

O padre Flood, o responsável pela mudança de Eilis para a América, cuida bem dela. Encontra um conhecido rico disposto a pagar pelo primeiro ano de estudos da moça num curso de escrituração – e ela, inteligente, bem dotada, além de esforçada, trabalhadora, se dará bem no curso, seguindo os passos de Rose, a irmã mais velha, que havia feito contabilidade e tinha um emprego sólido mesmo numa Irlanda sempre às voltas com altas taxas de desemprego.

Há uma sequência impressionante passada na véspera do primeiro Natal de Eilis no Brooklyn. Ela vai trabalhar como voluntária, servindo a sopa para os pobres, os deserdados imigrantes irlandeses no salão paroquial da igreja do padre Flood. São mais de cem homens, no meio do inverno pavoroso, usando seus sobretudos velhos, surrados – tão surrados quanto o próprio rosto deles. – “São os homens que construíram os túneis, as pontes, e agora não encontram mais emprego aqui”, diz para Eilis o padre Flood. E então ela pergunta: – “Mas por que eles não voltam para a Irlanda?”

E o padre Flood, na pele de Jim Broadbent, esse ator extraordinário, responde: – “Nossa terra não tem lugar nem mesmo para uma moça cheia de talento como você. O que poderia oferecer a eles?”

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Brooklyn é um dos mais belos filmes que já foram feitos sobre imigração

São impressionantes os números sobre a emigração de irlandeses para a vizinha Inglaterra, os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália. A população da Irlanda foi reduzida pela metade: eram 8 milhões de habitantes em 1841 e passaram a ser pouco mais de 4 milhões em 1921. Estima-se que a Grande Fome de 1845 a 1852 matou um milhão de irlandeses. As condições econômicas, em especial a falta de empregos, foram responsáveis por uma gigantesca diáspora. No censo de 2008, 36 milhões de norte-americanos – 11,9% da população total – disseram ser descendentes de irlandeses. No Canadá, em 2006, 4,3 milhões de pessoas, ou 14% da população total, eram de origem irlandesa.

Diversos filmes falam da imigração de irlandeses para os Estados Unidos, ou sobre a colônia irlandesa lá, como por exemplo os ótimos Os Irmãos McMullen (1995) e Terra de Sonhos/In America (2002). John Ford, provavelmente o mais irlandês dos diretores americanos, fez dois filmes passados na terra de seus antepassados – O Delator/The Informer (1935) e Depois do Vendaval/The Quiet Man (1952). Este último é citado em Brooklyn – o filme estava passando nos cinemas do bairro.

Nos últimos anos, no entanto, o país que exportava irlandeses agora passou a ser a América, a Meca de estrangeiros: a Irlanda tem recebido imigrantes da Polônia e de outros países da Europa Central, como Lutuânia e a República Checa. O delicioso Apenas uma Vez/Once (2007), do irlandês John Carney, mostra o relacionamento entre dois músicos de rua em Dublin, um jovem irlandês e uma imigrante checa, interpretada pela checa Markéta Irglová.

Brooklyn é um dos mais belos filmes que já foram feitos sobre imigração.

No navio em que faz sua travessia do Atlântico, Eilis teve a ajuda de jovem irlandesa que já havia emigrado para a América, já era veterana, já conhecia os macetes. Quando, ao final da narrativa, Eilis retribui a gentileza, ensinando ela mesma as dicas que havia aprendido para uma outra jovem irlandesa que percorria o mesmo caminho, chorei baixinho. Algo bem raro.

Impressionante como a mesma humanidade que produz tanta tragédia sabe criar tão belas obras de arte.

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Anotação em junho de 2016

Brooklyn

De John Crowley, Inglaterra-Canadá-Irlanda, 2015

Com Saoirse Ronan (Eilis Lacey)

e Emory Cohen (Tony), Domhnall Gleeson (Jim Farrell), Julie Walters (Mrs. Kehoe), Jim Broadbent (padre Flood), Brid Brennan (Miss Kelly), Fiona Glascott (Rose), Jane Brennan (Mary Lacey), Eileen O’Higgins (Nancy), Peter Campion (George Sheridan), Eva Birthistle (Georgina), Eve Macklin (Diana), Nora-Jane Noone (Sheila), Jessica Paré (Miss Fortini), Al Goulem (Mr. Rosenblum), Jenn Murray (Dolores), Ellen David (Mrs. Fiorello). Christian de la Cortina (Laurenzio), Michael Zegen (Maurizio)

Roteiro Nick Hornby

Baseado no romance de Colm Tóibín

Fotografia Yves Bélanger

Música Michael Brook

Montagem Jake Roberts

Casting Fiona Weir

Produção BBC Films, BFI Film Fund, Irish Film Board, Ingenious Productions, Téléfilm Canada

Cor, 111 min

****

5 Comentários para “Brooklyn”

  1. Também adorei esse filme. E fiquei espantado igualmente com a interpretação da protagonista. Há grandes filmes sobre imigração, mas nenhum fala tão bem sobre a saudade e as dúvidas de um imigrante como Brooklyn. Outros filmes sobre imigração que me vem a mente são Samba e o triste e muito importante Bem Vindo (ambos franceses). Abraço!

  2. Vixe, permita-me discordar totalmente de você nessa, Sérgio. O filme não me tocou, e assim como em “Carol”, é tudo perfeito e colorido demais. Não gostei da atuação de Saoirse Ronan, apesar de achar que ela atua muito bem, no geral. Não que ela esteja mal, simplesmente não me convenceu. O ator que faz o futuro marido dela, então, é muito fraco! (E o sotaque ridículo e forçado?). A historinha de amor dos dois, se era pra ser tocante, não conseguiu me fazer acreditar nem por um minuto (não sei se foi um problema de roteiro, ou de atuação. Whatever). E as interpretações das moças da pensão? E a da mulher fofoqueira e maldosa da cidadezinha dela, extremamente caricata? E a não atuação de Jessica Paré, que graças aos céus, faz apenas uma ponta?

    A história é interessante, e claro, muito triste, mas pela maneira como foi contada, não me pegou. Até tentei assistir a algumas partes soltas depois, pra ver se mudava de ideia, mas não desceu. Engraçado como Eilis fica de pobrezinha na história, mas a irmã é quem é de uma abnegação tremenda.

    Sobre a trama, fiquei com a impressão de que o marido foi mais uma escolha para não ficar solitária, do que um amor. Já a amizade de Eilis com o rapaz de sua cidade, pareceu ter lhe despertado algum sentimento, mas ela já havia se precipitado no casamento.

    Enfim, embora o filme tenha suas qualidades, a forma superou o conteúdo, na minha opinião. “Terra de Sonhos”, que você citou, é bem despretensioso e me encantou muito mais.

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