A Teoria de Tudo / The Theory of Everything

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Nota: ★★★★

Pessoas extraordinárias, espetaculares, vidas admiráveis, fascinantes. Feito com carinho, admiração, e absoluto capricho, o filme sobre Jane e Stephen Hawking só poderia mesmo ser uma beleza, uma maravilha.

Acho que uma das primeiras constatações a serem feitas é exatamente esta: não é um filme sobre a vida de Stephen Hawking, o cientista absolutamente brilhante, talvez o nome mais importante (e mais famoso) da física depois de Albert Einstein. É um filme sobre a vida de Jane e Stephen Hawkings. Jane tem o mesmo peso do marido, ao longo de toda a narrativa.

E isso é fascinante.

Claro que o filme existe por causa de Stephen – e a vida desse homem é duplamente interessante, fascinante, primeiro por ele ser o cientista brilhante que é, e segundo pelo fato de, tendo sido desenganado pelos médicos, que deram a ele no máximo dois anos de vida quando ainda não tinha 30 anos, estar aí vivo e trabalhando sem parar aos 73 anos de idade.

Parece de fato um milagre. A força de vontade desse sujeito, a tenacidade, a coragem que ele teve e tem de enfrentar a doença terrível – a esclerose lateral amiotrófica, que vai tirando a força de todos os músculos do corpo -, de não se deixar abater, de persistir… Stephen Hawking realmentee é um exemplo de força como dificilimamente haverá outro.

E então é claro que o filme existe por causa dele – mas Jane Wilde Hawking é mostrada como uma personalidade tão forte, tão poderosa, quanto o marido. É uma figura absolutamente encantadora, um monumento de coragem, de força.

O desempenho de Eddie Redmayne é absolutamente extraordinário

Tudo no filme é perfeito – roteiro, fotografia, trilha sonora, direção de arte, figurinos… Bem, que o cinema inglês é absolutamente brilhante na reconstituição de época é fato absolutamente conhecido.

Tudo é perfeito, mas o que deixa o espectador mais abismado é – acho que posso afirmar isso com segurança – o brilho dos atores, em especial, claro, da dupla principal, Eddie Redmayne e Felicity Jones.

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De novo, é natural que a interpretação de Eddie Redmayne (à direita) seja muito mais notável e notada – por causa da fantástica semelhança física com o cientista, e pela forma como ele conseguiu retratar a maneira com que a doença foi tornando cada mais difíceis os movimentos dele.

É impossível que o espectador não se emocione profundamente, não sofra muito ao ver as dificuldades imensas, abissais, que Eddie Redmayne-Stephen Hawking tem para executar qualquer movimento, até para falar.

É, sem dúvida alguma, uma interpretação magnífica, extraordinária. Merece todos os prêmios possíveis e imagináveis – e Eddie Redmayne ganhou vários dos mais importantes que há: o Oscar, o Globo de Ouro, o Bafta, o prêmio do sindicato dos atores dos Estados Unidos.

Mas, de novo, é preciso registrar que o desempenho de Felicity Jones é também brilhante. É um grande papel, essa moça fez por merecer, e soube aproveitar a oportunidade. A atuação dela como a mulher que decidiu, por amor, enfrentar a barra mais pesada que se possa imaginar é uma maravilha.

Confesso que não me lembrava de Eddie Redmayne. Ele fez o principal papel masculino no ótimo Sete Dias com Marilyn (2011) e, na minha anotação sobre o filme, disse que ele interpreta seu personagem “com a perfeição britânica de sempre”, mas não me lembrava disso quando vi este A Teoria de Tudo. Também não me marcou a interpretação dele em um filme que achei fraco, Ponto de Partida/Powder Blue (2009).

Depois de The Theory of Everything, não há como esquecer Eddie Redmayne. É simplesmente impossível. E dizem que ele está igualmente brilhante no filme que fez depois, A Garota Dinamarquesa/The Danish Girl (2015), outra cinebiografia, que conta a história de Einar Wegener, uma das primeiras pessoas a mudar de gênero, ainda nos anos 20, tornando-se Lili Elbe.

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Já de Felicity Jones, sou fã de carteirinha faz tempo. Me encantei com ela pela primeira vez em 2009, ao ver Reflexos da Inocência/Flashbacks of a Fool (2008). Ela dá um show como uma garotinha apaixonada por David Bowie e Roxy Music, que se maquila e se veste imitando seus ídolos do glam rock. Depois a vi em Caindo no Mundo/Cemetery Junction (2010), em que fez uma garota rica, filha dos personagens interpretados por Ralph Fiennes e Emily Watson, que simpatiza com um garoto da working class.

Em 2013, fez o principal papel feminino em Paixão Inocente/Breathe In (anotei que “a beleza de Felicity Jones é a melhor coisa” do filme) e de novo em O Nosso Segredo/The Invisible Woman, dirigido por Ralph Fiennes, sensível filme sobre uma jovem que foi amante de Charles Dickens quando ele já era famosérrimo.

Por seu papel neste A Teoria de Tudo, recebeu indicações ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao Bafta. Em dezembro de 2015, quando escrevo esta anotação, a moça de 32 anos (e uma baby face que a faz aparentar 22) já colecionava 7 prêmios e 30 indicações.

É interessante notar que ela tenha feito o papel de filha da ótima Emily Watson em dois filmes, Caindo no Mundo e este aqui. Em A Teoria de Tudo, a bela, maravilhosa atriz aparece em apenas uma sequência com direito a fala. Beryl Wilde diz para a filha Jane – que está naquele momento enfrentando a barra pesadíssima de ter que cuidar sozinha do marido incapacitado de se mover e três crianças – que ela deveria voltar a cantar no coral da igreja. Jane Wilde Hawking dá um sorriso lindo e responde: – “Mamãe, essa é a coisa mais inglesa que você poderia me dizer”.

Será no coral da igreja que Jane ficará conhecendo Jonathan Hellyer Jones (o papel de Charlie Cox), que virá a ter grande importância na história a partir daí,

Mas aí estou avançando numa história sobre a qual ainda não falei coisa alguma.

Os dos se conhecem numa festa – e são imediatamente atraídos um pelo outro

Um letreiro situa o leitor bem no início da narrativa: “Cambridge, Inglaterra, 1963”. Dois rapazes – britanicamente vestidos de terno – estão correndo em disparada pelas ruas de uma das duas mais tradicionais cidades que abrigam universidades da Grã-Bretanha. São o jovem Stephen Hawking e seu maior amigo, colega de quarto e de curso, Brian (Harry Lloyd).

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O filme não especifica isso, mas Stephen William Hawking nasceu (em Oxford, a outra das duas cidades centros universitários de excelência) em 1942. Estava, portanto, com 21 anos de idade quando a ação do filme começa. Tinha se formado em Oxford em cosmologia, e em Cambridge se preparava para fazer doutorado em física.

Antes que o filme chegue a 10 minutos, Stephen está numa festinha – frequentada só por estudantes das várias faculdades de Cambridge – quando vê uma moça bonita. No momento em que ele está perguntando aos amigos quem é ela, Jane Wilde está perguntando às amigas quem é aquele rapaz.

O primeiro diálogo entre os dois é assim:

Stephen: – “Olá”.

Jane: – “Olá”.

Stephen: – “Ciência.”

Jane: – “Arte.”

Logo em seguida, ela especifica: está estudando francês e espanhol, e seu maior interesse é poesia medieval espanhola. E pergunta o que ele estuda.

Stephen: – “Cosmologista. Sou um cosmologista.”

Jane: – “O que é isso?”

Stephen: – “É um tipo de religião para ateus inteligentes”.

Stephen Hawking sempre se definiu como ateu. Jane, bem ao contrário, era religiosa. No filme, ela diz que é devota da C of E – Church of England, como a religião anglicana é chamada lá.

Num dos primeiros encontros dos dois, ele vai até a saída da igreja que ela frequenta.

O filme se baseia na autobiografia escrita por Jane Hawking

Estão namorando quando Stephen começa a ter problemas motores, dificuldade para se locomover. É então que ele recebe de um médico o diagnóstico da doença e a sentença de que morreria em dois anos. Stephen então se retrai, se recusa a continuar vendo a namorada. Jane é que insiste, insiste, insiste, até conseguir quebrar a barreira. A sequência em que os dois se vêem pela primeira vez após ele ter sido diagnosticado com a doença é brilhante.

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Depois de vencer a barreira criada pelo próprio Stephen, Jane enfrenta a barreira familiar. O pai do rapaz, Frank Hawking, tenta dissuadia-la, argumenta que ele tem pouquíssimo tempo de vida e que ficará cada vez pior, sem conseguir se movimentar. Jane finca o pé – diz que ama o namorado, o namorado a ama, e pronto.

Casaram-se no dia 14 de julho de 1965, exatos dez anos antes do nascimento da minha filha.

Vão chegando os filhos – um, dois, três. Stephen vai ficando cada vez mais famoso, mais reconhecido mundialmente – e cada vez mais tomado pela doença. É um exemplo de vida, sem dúvida, uma coisa incrível – mas Jane não fica atrás. Aquela mulher carregou o piano nas costas ao longo de muitos anos.

O roteirista Anthony Mccarten se baseou no livro Travelling to Infinity: My Life with Stephen Hawking, escrito por Jane Hawking e publicado em 2007. Em 1999, Jane já havia lançado uma autobiografia, com o título de Music to Move the Stars: a Life with Stephen. O segundo livro usa muito do primeiro, mas o texto original foi bastante reescrito e ampliado.

O filme aborda a vida do casal desde o início do namoro, em 1963, até um tempo depois do lançamento de A Breve História do Tempo, a mais famosa das várias obras assinadas por Stephen Hawking, lançado em 1988. Para encerrar a narrativa, o roteirista Mccarten escolheu a ida de Stephen e Jane para que ele recebesse uma condecoração das mãos da Rainha Elizabeth II.

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Na realidade, Stephen Hawking recebeu duas honrarias concedidas pela rainha. A primeira foi a Ordem do Império Britânico, em 1982, e a segunda, o título de Companheiro de Honra da Rainha, de 1989.

Antes dos créditos finais – que surgem diante de um visual brilhante, belíssimo, mostrando uma viagem pelo cosmo –, naqueles letreiros típicos de final de filmes baseados em fatos reais, é dito que Stephen e Jane continuam a manter um bom relacionamento, e que seus três filhos deram a eles três netos.

É dito também que Jane concluiu seu PhD sobre poesia medieval espanhola.

Em 2014, o ano de lançamento do filme, Jane estava com 70 anos. Stephen, dois anos mais velho que ela, estava com 72.

(O tal médico que atestou que ele viveria apenas mais dois anos deveria ter desistido da profissão, como Mary bem notou.)

Jane Hawking fez uma exigência: que não houvesse cena de sexo entre ela e o marido

No meio de tanta beleza que há no filme, me encantou especialmente a forma doce, suave, polida, com que são abordadas questões afetivas que surgem na vida do casal já depois do nascimento do terceiro filho. Não convém relatar exatamente do que se trata, porque são questões um tanto surpreendentes, e apresentá-las seria spoiler. Mas faço questão de registrar isso: que maneira extremamente educada de apresentar os fatos.

Só mesmo os ingleses.

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Depois que escrevi os parágrafos acima é que fui ler as informações sobre a produção do filme na página de Trívia do IMDb. Há dois dados fascinantes, que têm a ver com o que digo logo acima, essa coisa da elegância, da educação.

Consta que Jane Hawking demorou três anos para autorizar a realização de um filme com base em seu livro e em sua vida.

E, quando finalmente deu o sinal verde para o roteirista Anthony Mccarten, fez uma exigência: que não aparecesse no filme cena alguma de sexo entre ela e Stephen.

Foi atendida.

Hawking disse que em alguns momentos achou que estava se vendo na tela

É interessante registrar que este foi o segundo filme a retratar parte da vida de Stephen Hawking. Em 2004, a BBC lançou Hawking, dirigido por Philip Martin, com Benedict Cumberbatch no papel do cientista. O filme aborda exatamente os tempos de Hawking como estudante em Cambridge.

Cumberbatch faria, também em 2014, exatamente o ano deste The Theory of Everything, o papel de outro cientista inglês, o matemático Alan Turing, que liderou um grupo de brilhantes estudiosos na tentativa de decifrar códigos usados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. De 2010 até agora, Cumberbatch tem interpretado outro grande herói britânico, Sherlock Holmes, em uma série de TV passada em Londres em pleno século XXI.

Sendo da BBC, e com esse grande ator, o primeiro filme sobre a vida de Stephen Hawking deve seguramente ser muito bom. Mas dificilmente será tão bom quanto este aqui. Até a semelhança física entre o personagem real e o ator que o interpreta é absolutamente impressionante, como mostram estas duas fotos.

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Consta que, depois de ver o filme, Hawking enviou um e-mail ao diretor James Marsh dizendo que em alguns momentos ele achou que estava observando a si mesmo na tela.

O ator Eddie Redmayne teve apenas um encontro com Stephen Hawking antes das filmagens, e contou que não se sentiu à vontade, de forma alguma, para fazer perguntas íntimas, pessoais, ao grande cientista. Mas fez intensa preparação para o papel. Perdeu sete quilos e treinou durante quatro meses com um dançarino para aprender a controlar os movimentos do corpo. Encontrou-se com 40 portadores da mesma doença de Hawking, fez um cronograma indicando a ordem que o cientista foi perdendo a força dos músculos e passou horas e horas diante de espelhos contorcendo a face. “Acho que exagerei. Fui obsessivo”, disse.

Ainda bem.

Anotação em novembro de 2015

A Teoria de Tudo/The Theory of Everything

De James Marsh, Inglaterra, 2014.

Com Eddie Redmayne (Stephen Hawking), Felicity Jones (Jane Hawking),

e David Thewlis (Dennis Sciama), Charlie Cox (Jonathan Hellyer Jones), Simon McBurney (Frank Hawking), Maxine Peake (Elaine Mason), Harry Lloyd (Brian), Emily Watson (Beryl Wilde), Guy Oliver-Watts (George Wilde), Lucy Chappell (Mary Hawking),

Roteiro Anthony Mccarten

Baseado no livro Travelling to Infinity: My Life with Stephen Hawking, de Jane Hawking

Fotografia Benoît Delhomme

Música Johann Johannsson

Montagem Jinx Godfrey

Produção Universal, Working Title. DVD Universal.

Cor, 123 min

****

10 Comentários para “A Teoria de Tudo / The Theory of Everything”

  1. eu gostei muito das interpretações, da leveza e elegância da direção, claro que a vida dele é interessantíssima e o recorte que usaram, inusitado, mas achei um filme algo esquecível. Talvez porque no mesmo ano de Birdman que, pra mim, é absurdamente genial, de uma forma ofuscante pras demais produções do mesmo período terem qualquer relevância na minha memória.

  2. (ou, talvez, justamente por ter sido um filme tão claramente “autorizado”, ficou faltando um olhar mais complexo, talvez, um roteiro com mais riqueza)

  3. Gostei, é um filme bem feito, dirigido e interpretado, mas acho que ficou romanceado demais, faltou um pouco mais de realidade. Fiquei pensando enquanto assistia, que Stephen Hawking deve ter sentido e ainda sente muitas dores/desconforto, sem falar em desalento/desesperança, e isso em nenhum momento é mostrado, só mostram as dificuldades com a locomoção. Também senti falta de saber como as crianças reagiam e lidavam com a doença do pai. Tendo a concordar com a Luciana que talvez tenha faltado um olhar mais complexo na história, mais riqueza de detalhes.

    Em resumo, é aquilo que você falou: a vida dele é um exemplo (que doença terrível), mas a dela também não fica atrás. Cada vez que era mostrado o nascimento dos filhos, eu ficava me perguntando como ela dava conta de tudo sozinha (e admirando a coragem de ter 3 filhos em condições tão adversas).

    A história é bonita, e emociona em algumas partes. O espectador menos tolo sabe que não foi tudo exatamente como retratado ali, mas não deixa de ser um belo filme.

    SPOILER

    Pelo o que andei lendo, santificaram a imagem da Jane, pois dizem que ela levou Jonathan para morar na casa deles. E verdade seja dita, que ver um terceiro elemento na pele de Charlie Cox faz com que o público simpatize mais facilmente com o personagem. Eu mesma me peguei torcendo pelos dois, mas não sem sentir um pouco de culpa. (O Jonathan “real” é bem aquém em termos de beleza, assim como a própria Jane). A relação de Jane e Hawking parece que não era tão boa assim, pois a vida dele sempre girou em torno da física, o que faz todo o sentido, mas não para quem está casada com ele.
    Li ainda que ele apanhava e era maltratado pela segunda mulher, e que foi parar no hospital por conta disso.

    [engraçado como a moda vai e volta. o primeiro modelo dos óculos do personagem é no mesmo estilo que a maioria das pessoas usa hoje. os hipsters adoram. sinal dos tempos]

  4. Gostei muito, a interpretação de Eddie Redmayne é excelente e o tudo o resto está muito bem. Quanto à exigência de Jane sobre a ausência de cenas de sexo achei óptimo; estou farto de cenas de sexo a propósito e a despropósito, repetitivas até à náusea. O filme Hawking está ou esteve no Youtube; é um bom filme mas inferior a este, embora tenha um actor de grande nível – Benedict Cumberbatch.

  5. “Teoria de Tudo”… Lógico, habia que ter um viés, um começo, meio e fim harmoniosos, mas não havia como contar tudo, nem contar exatamente como foi porque assim o filme teria 10 horas e não alcançaria o objetivo nem teria linguagem cinematográfica. Mas o principal está ali. Hawking lutando com locomoção, linguagem, saindo-se com bom humor e uma pitada de depravação. Jane, santificada ou não, uma guerteira, um pilar que sobrrviveu sem desenvolver, pelo menos aparentemente, algum transtorno depressivo. O que ela passou não é fácil. Se for fato algum ato “fora da moralidade” da parte dela, ora bolas, nada mais que normal. Não que eu esteja dizendo que é certo, mas uma mulher, por mais guerreira que seja, fragilizada por uma situação bizarra, com 3 filhos e um marido frio e dependente, alguma forma de valvula de escape havia de encontrar. Não detrai a imagem dela, a humaniza, pois poderia ter optado que fossem desligados os aparelhos quando ele ficou internado. Imagine essa mulher estarrecida e cansada ao longo do tempo que ela pensava ser tão pouco e ela queria contribuir em tudo que pudesse para que esse amor do princípio não fossedescartado. Olha as adaptações que essa mulher teve que fazer ao longo do tempo. Isso destruiria qualquer emocional. O dela não. Reydmane se caracterizou bem, atuou bem, mas Felicity Jones, com ou sem santificação, se mostrou o pilar. De Hawking, do filme, de toda a narrativa.

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