Desencanto / Brief Encounter

Nota: ★★★★

Do que eu já vi, li, ouvi e vivi sobre essa coisa tão absolutamente comum, mais comum que resfriado, que acontece a todos nós – basta estar vivo para que aconteça –, que é a infidelidade conjugal, Desencanto é uma das obras mais perfeitas.

Ouso dizer que Liev Nikolaievetich Tolstói teria admirado Desencanto, no original Brief Encounter, que o então jovem David Lean lançou em 1945. Ele, que fez a obra definitiva sobre o tema, aquele estupendo romance que se expande por mais de 700 gloriosas páginas, talvez se surpreendesse com a concisão de Desencanto – um filme de míseros 85 minutos.

Anna Karênina tem provavelmente o mais brilhante lead, início de texto, de toda a literatura – e certamente o mais citado e repetido:

“Todas as famílias felizes se parecem entre si; as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira.”

Laura Jesson (interpretada por Celia Johnson), no entanto, não é infeliz. Tem uma vida confortável; mora numa casa ampla e agradável em uma pequena cidade inglesa. Os dois filhos pequenos não lhe dão grandes problemas, e a família tem o privilégio de poder contar com uma empregada que cuida deles e da casa. Seu marido, Fred (Cyril Raymond), é educado, gentil, uma pessoa do bem.

Talvez Fred seja gentil demais. Sempre que surge alguma conversa entre eles, Fred rapidamente diz frases como: “É como você quiser, querida”.

Mas a questão de que trata Desencanto não é que Fred seja gentil demais, pouco aventureiro demais, pouco qualquer coisa demais.

Laura não vai se apaixonar por um outro homem porque é infeliz, porque é carente, porque Fred é isso ou aquilo. Laura vai se apaixonar por outro homem porque isso acontece – que nem resfriado, soluço, dor de dente.

É um perigo permanente na vida de cada uma das 7 bilhões de pessoas que habitam este planeta.

Naquela época, 1945, o mundo saindo da maior guerra global que já houve, não éramos 7 bilhões, claro. Em muitos aspectos, o mundo era melhor, mesmo tendo se enfiado numa guerra mundial que custou a vida de milhões de pessoas. Mas tudo bem: quando Laura se apaixonou por Alec (o papel de Trevor Howard), havia no mundo uns 4 bilhões de pessoas, e na vida de cada uma delas poderia perfeitamente, de repente, surgir um novo amor.

Apaixonar-se é um perigo permanente. Pode acontecer a qualquer pessoa, a qualquer hora. Não precisa haver motivo.

Não há cura para o amor. Nem vacina que possa evitá-lo

Laura não estava procurando nada. Não estava infeliz, vazia, triste, carente. Mas aconteceu de ela conhecer Alec.

Não há prevenção possível para o permanente perigo de alguém se apaixonar. Só se a pessoa se trancar em casa, fechar todas as portas, todas as janelas. Esconder-se embaixo da cama.

Se sair à rua, há o perigo.

Vinicius escreveu que são demais os perigos desta vida. Na verdade, acho que ele queria dizer que são demais as ocasiões em que pode ocorrer o perigo de alguém se apaixonar por outra pessoa, mesmo estando comprometido/a com um amor que veio antes.

Não existe vacina contra uma nova paixão.

A ciência progride formidavelmente. É verdade que ainda não achou uma boa vacina contra a gripe, mas progride formidavelmente.

Jamais achará, no entanto, uma vacina contra um novo amor. E, como diz Leonard Cohen,  there ain’t no cure for love.

Um brilhante trabalho de ourivesaria para fingir que não se teve trabalho de ourivesaria nenhum

Baseado mais uma vez em texto de Noel Coward, David Lean mostra em um filme genial tudo isso que só consegui expressar com frases ruins.

David Lean já havia feito dois filmes com Noel Coward: Nosso Barco, Nossa Alma/In Which We Serve, de 1942, e This Happy Breed, de 1944. Filmes esforço de guerra, propagandas, para estimular a moral dos britânicos na luta contra o nazismo.

Desencanto/Brief Encounter foi o terceiro filme dirigido pelo ex-montador que havia começado a carreira dez anos antes, em 1935, em Escape me Never.

Na minha opinião, David Lean é um dos mais brilhantes realizadores de todos os tempos.

E seu casamento artístico com Noel Coward é uma dessas coisas sensacionais, especiais, que acontecem algumas poucas vezes na História. Como o encontro Lennon-McCartney, Tom-Vinicius, Bergman-Liv Ullmann.

O roteiro de Desencanto – assinado por Coward, Lean e Anthony Havelock-Allan – é um brilhante trabalho de ourivesaria para fingir que não se teve trabalho de ourivesaria nenhum, e está só se contando uma história comum de pessoas comuns.

Não sei se o contista mineiro Luiz Vilela viu Desencanto, mas até parece que viu, sim, se a gente se lembrar de uma frase dele que diz mais ou menos assim: “Quer coisa mais lugar comum que a vida?”

Tudo o que acontece em Desencanto é lugar comum. Coisas que acontecem a qualquer um, a qualquer dia.

Nego anda por aí e – pá, de repente se apaixona. Quer coisa mais lugar comum?

A câmara focaliza um casal. Mas o casal protagonista da história está ao fundo

Para iniciar sua história que é lugar comum, os roteiristas de Desencanto fugiram do lugar comum.

A ação começa sem mostrar os protagonistas. Estamos em uma estação de trem da Inglaterra – essa coisa civilizada que é a Inglaterra, essa coisa civilizada que é haver trens.

Na primeira sequência, quem ocupa o primeiro plano são um empregado da estação, Albert (interpretado por Stanley Holloway, que muitos anos mais tarde faria um papel delicioso em My Fair Lady) e a senhora bastante inglesamente feia que administra o café do lugar, Myrtle (Joyce Carey, os dois na foto acima).

A câmara se concentra no empregado da estação e na senhora do bar.

Passeando pelo lugar, em um travelling, a câmara mostra, rapidamente, um casal sentado a uma das mesas do bar da estação. Têm expressões pesadas, sérias, de casal em crise.

Mas aquilo é visto só en passant. A câmara volta para Albert e Myrtle. Albert, está na cara, dá umas paqueradas em Myrtle, mas ela repele o pretendente. Percebe-se claramente que aqueles dois têm aqueles papos furados todos os dias.

De repente, entra no bar uma outra mulher – e ela reconhece Laura, e senta-se à mesa em que Laura e Alec estavam muito sérios, com cara de casal que tinha discutido a relação.

Na verdade, como veremos depois, Laura e Alec estavam se despedindo.

A mulher empata-foda, ou mais exatamente empata-despedida  (à esquerda na foto), fala sem parar.

Alec vai embora depois de algum tempo; seu trem está para chegar. Ele cumprimenta a mulher chata e, antes de sair, coloca a mão suavemente no ombro de Laura. Não sorriem, não dizem uma palavra um para o outro.

Depois que ele sai, a amiga pentelha não pára de falar.

Laura e a amiga pentelha entram no trem para a sua cidadezinha.

Em casa, afundada em sua poltrona, diante do simpático marido que faz palavras cruzadas no jornal do dia, Laura rememora sua história.

Em sua cabeça, Laura se dirige ao marido. Conta para Fred o que vinha acontecendo havia várias semanas. Em silêncio, enquanto Fred se concentra nas palavras cruzadas, Laura conta para ele como aconteceram as coisas que a levaram a se apaixonar por Alec.

Alec se lança sofregamente ao novo amor. Laura tenta puxar o freio de mão

Com o perdão de Liev Nikolaievetich Tolstói, é preciso dizer que a infidelidade conjugal não é prisioneira da infelicidade.

Ela pode vir quando você menos espera. Ou quando você mais a espera.

Apaixonar-se por alguém, quando se está vivendo bem com uma pessoa amada, é, repito, tão comum do que gripe, soluço, dor de dente.

Apaixonar-se pode ser das melhores coisas da vida. E também das piores.

O apaixonar-se começa de formas diferentes para Laura e para Alec. O filme nos mostra a vida de Laura com seu marido gentil, mas nos omite a vida de Alec com a sua mulher. Alec se joga sofregamente na relação proibida. Já Laura vai entrando nela aos poucos, contra sua vontade, contra seus valores. Até que tenta puxar o freio de mão – mas não consegue.

Três indicações ao Oscar e a Palma de Ouro em Cannes

Desencanto teve três indicações ao Oscar: direção para David Lean, atriz para Celia Johnson e roteiro para o trio Coward-Lean-Havellock-Allan. Não levou nenhum deles, mas ganhou a Palma de Ouro em Cannes, no primeiro festival realizado após a interrupção com a Segunda Guerra.

O livro 1001 Filmes para Ver Antes de Morrer traz um belo texto sobre Desencanto. Vale a pena transcrever trechos, até porque eu não consegui fazer um texto bom sobre este filme maior.

“Os épicos imponentes da maturidade de David Lean às vezes ameaçam ofuscar os relativamente modestos primeiros trabalhos do diretor. Porém concentrar-se mais no puro espetáculo de Lawrence da Arábia e Doutor Jivago significaria ignorar algumas das maiores façanhas de Lean. (…)

“Ao elaborar um dos mais eficazes arranca-lágrimas da história do cinema, Lean realizou uma série de avanços formais que lhe deram rapidamente a reputação de mais do que um mero seguidor de Noel Coward. Para começar, ele retirou a história da estação de trem, acrescentando mais detalhes ao romance malfadado. Explorou também todo o aparato cinematográfico à sua disposição; a iluminação, por exemplo, se aproxima do visual grave de suas adaptações posteriores de Dickens, tornando o mais simbólica possível a estação escura e esfumaçada. Os efeitos sonoros também são bem utilizados (especialmente o de um trem acelerando), assim como a música, que incorpora o Concerto para Piano nº 2 de Rachmaninoff como tema do filme.

“No entanto, o mais importante é a utilização por parte de Lean de closes frequentes nos olhos de Johnson, que contam melhor uma história do que muitos roteiros.

Ela e Howard estão excepcionais nesta que é a mais triste das histórias, cada movimento dos dois prenhe de significado e os diálogos impecáveis repletos de emoções profundas. Um olhar furtivo, um dedo acariciando a mão do outro e um riso compartilhado são praticamente tudo que é permitido a esses amantes desventurados, e Johnson e Howard transmitem belamente essa triste certeza.”

Atenção: o que vem aqui é quase um spoiler. Pode-se pular para o próximo intertítulo

Não transcrevi um trecho do belo texto do livro 1001 Filmes que traz uma sinopse da história, por considerá-lo desnecessário a essa altura. Mas é interessante notar que o texto fala de “caso amoroso platônico” entre os dois protagonistas.

O caso amoroso entre Laura e Alec não é propriamente platônico. Eles se beijam apaixonadamente diversas vezes. Chegam a ir, em uma determinada seqüência, até o apartamento de um amigo de Alec – e, se não fosse a chegada extemporânea do tal amigo, muito certamente teriam ido para a cama.

A rigor, o espectador pode até entender que o casal já havia ido outras vezes àquele apartamento. E que isso não foi mostrado porque os costumes (e a censura) da época não permitiam.

A rigor, a rigor, pode-se admitir que sim, Laura e Alec chegaram a trepar. Ou não. Pode ser que o filme tenha deixado isso propositalmente em aberto.

Mas o fato é que não se mostra explicitamente que tenha havido trepada.

Já Billy Wilder, safado como era, tinha absoluta certeza de que sim, houve cama ali.

A história está no livro Billy Wilder – e o resto é loucura, do professor e crítico alemão Hellmuth Karasek, uma biografia do mestre que contém longos depoimentos do próprio biografado. Karasek diz que Se Meu Apartamento Falasse/The Apartment, de 1960, é seu filme preferido, e acredita que também seja o preferido de Wilder, embora ele se recusasse a dizer isso. Karasek conta também que The Apartment foi muito criticado, na época, como imoral, por ter um protagonista que “transforma seu apartamento numa espécie de bordel”.

Karasek e o próprio Wilder contam que a gênese de Se Meu Apartamento Falasse aconteceu quando o cineasta viu Desencanto, em 1946. “Desde então”, diz Wilder, “esse amigo (de Alec, que lhe empresta seu apartamento) não me saiu mais da cabeça. No filme ele aparece apenas em uma ou duas cenas ínfimas, mas fiquei imaginando como ele voltava para casa, dormia na cama ainda quente que o casal acabara de deixar. Naturalmente, uma história assim era inconcebível em 1946.”

Safado, Billy Wilder viu no filme o que ele quis ver e o filme não mostra.

Mas também não era exatamente um amor platônico.

O filme foi feito antes do fim da guerra, e ainda havia blecautes à noite

Algumas informações objetivas sobre o filme, boa parte delas retirada do IMDb:

. Quando as filmagens foram feitas, a Segunda Guerra ainda não havia terminado. Aconteceram antes de maio de 1945, o mês da capitulação final dos nazistas. Ainda havia blecautes à noite.

. Na época do lançamento, o filme foi proibido na Irlanda, por retratar um caso adúltero com simpatia.

. Foi o primeiro papel importante de Trevor Howard (1913-1988), então com 32 anos. Antes, havia tido apenas duas pequenas participações em outros filmes. A partir daí, viria a ser um dos grandes atores do cinema inglês. Sua filmografia tem mais de 110 títulos; teve uma indicação ao Oscar (por Filhos e Amantes, de 1960) e cinco indicações ao Bafta – ganhou uma vez, por The Key, de 1968. Voltaria a trabalhar com David Lean em A Filha de Ryan, de 1970, o penúltimo filme do mestre.

. Celia Johnson (1908-1982) era a atriz que tanto David Lean quanto Noel Coward e Anthony Havelock-Allan queriam para o papel central. Ela era basicamente uma atriz de teatro, e dizia não gostar de fazer cinema. Já havia, no entanto, participado das duas obras anteriores da dupla Coward-Lean, Nosso Barco, Nossa Alma e This Happy Breed.

. Foi a primeira indicação de David Lean ao Oscar de melhor direção. A primeira de muitas. Ele seria depois indicado por Grandes Esperanças (1946), Quando o Coração Floresce (1955), A Ponte do Rio Kwai (1957),  Lawrence da Arábia (1962), Doutor Jivago (1965) e Passagem para a Índia (1984). Ganhou o prêmio duas vezes, por A Ponte do Rio Kwai e Lawrence da Arábia.

. A peça Still Life, de Noel Coward, em que o filme se baseia, foi lançada em 1935. Tinha apenas meia hora de duração, em um único ato – e toda a ação se passava na estação de trem.

. Lean e seus co-roteiristas preferiram não citar filmes existentes, nas cenas em que Laura e Alec vão ao cinema. Todos os três filmes citados e mostrados na história, The Loves of Cardinal Richelieu, Love in the Mist e Flames of Passion, são criações fictícias dos roteiristas de Desencanto.

. Em 1974, Elizabeth Taylor e Richard Burton cometeram o desatino de estrelar uma refilmagem da pérola de David Lean num filme feito para a TV e dirigido por um tal de Alan Bridges. Nunca passei por perto disso, e jamais vou passar. Leonard Maltin – que, aliás, dá a cotação máxima de 4 estrelas para o original – diz que que a refilmagem é “simplesmente terrível”.

Acrescento ainda que, em 1984, Robert De Niro e Meryl Streep praticamente repetiram a história aqui interpretada por Trevor Howard e Celia Johnson. Em Amor à Primeira Vista/Falling in Love, os dois grandes atores americanos interpretaram um homem e uma mulher – ambos casados – que se conhecem no trem que os leva de um subúrbio para Manhattan. O filme, dirigido por Ulu Grosbard, não faz qualquer menção a Desencanto, mas é claramente inspirado por este grande clássico.

De resto, só duas coisas. Uma: foi uma pena não ter conseguido fazer um bom texto sobre este maravilhoso filme. Duas: o livro 1001 Filmes fez isso por mim; de fato, esta é a mais triste das histórias.

Anotação em setembro de 2012

Desencanto/Brief Encounter

De David Lean, Inglaterra, 1945.

Com Celia Johnson (Laura Jesson), Trevor Howard (Alec Harvey),

Cyril Raymond (Fred Jesson), Stanley Holloway (Albert Godby), Joyce Carey (Myrtle Bagot), Everley Gregg (Dolly Messiter), Margaret Barton (Beryl Waters), Dennis Harkin (Stanley)

Roteiro Noel Coward, David Lean e Anthony Havelock-Allan

Baseado na peça Still Life, de Noel Coward

Fotografia Robert Krasker

A trilha sonora usa Sergei Rachmaninoff

Montagem Jack Harris

Produção Noel Coward, Cineguild. DVD Continental.

P&B, 85 min

****

 

11 Comentários para “Desencanto / Brief Encounter”

  1. Mas eu amo tanto esse filme que nem consigo elogiá-lo… Mas posso elogiar você, por este post. Parabéns, obrigada, continue trazendo pérolas sobre pérolas.

  2. Entre “rio Kwai” e “Lawrence”, prefiro Desencanto. Talvez por ser menos conhecido que os outros, ficou mais gravado que estes 2 do Lean.
    É um show de atuação do casal, uma pérola onde senti de verdade o amor aflorando meio sem-querer neste filme tristíssimo.

    E para ficar ainda mais triste, sempre tive opinião totalmente contrária a de Wilder – ainda que agora lendo os comentários dele, posso repensar 😉

    É um filmaço, que mostra que David Lean não precisava criar épicos para mostrar o quanto era bom no que fazia.

  3. Desencanto é uma maravilha,um espetáculo,um verdadeiro filmaço !! Ainda que seja um melodrama,não caiu no exagerado e, na minha opinião,até da para lembrar “As Pontes de Madison”. Duas lindas histórias de amor,com final triste.Só que,”As Pontes…”,para mim,é insuperável.
    Quanta coisa aquela mão do Alec,no ombro da Celia,quis dizer,disse ou ainda tinha para dizer…
    Terrível,aquela amiga que não parava de falar
    enquanto eles tinham tanto prá dizer um ao outro,estavam se despedindo…
    Quando acabei de assistir este filme,me perguntei se ele era de fato tão bom assim ou se eu estava exagerando mas quando vi as 4 estrelas que deste,vi que eu estava certo.
    É,de fato,um filme maravilhoso.
    “Doutor Jivago”,eu assisti e gostei tanto,que
    anos mais tarde,dei à minha filha o nome Lara
    Um abraço, Sergio !

  4. Voltei só para fazer uma correção.
    Quando eu disse “quanta coisa aquela mão do Alec no ombro da Celia”,quero dizer,no ombro da Laura. Celia é a Atriz. Obrigado.

  5. Caro Sérgio,
    não acho seu texto ruim. Acho-o instigante e divertido. Dei boas risadas com algumas frases suas, tão suas, só suas, meu amigo.
    Uma das perguntas mais difíceis que nos fazem é sobre nosso filme preferido. Quantas vezes me vi na dificuldade de respondê-la! Mesmo assim, “Desencanto” sempre esteve no topo ou ao lado de “Jules et Jim” e de “Os Incompreendidos”. Hoje em dia eu os distribuo em temáticas, e, certamente, “Desencanto” está na categoria de melhor filme sobre infidelidade conjugal que já se fez. Já perdi a conta de quantas vezes o vi, mas nem ligo e vou revê-lo de novo, ainda hoje. Acredito que muitos dos seus leitores farão o mesmo. Portanto, meu comentarista (não digo crítico pois você não gosta) de filmes preferido, não diga que seu texto não é bom. Ele é ótimo e convincente como sempre!

  6. Não concordo com o Billy Wilder, o apartamento do amigo do Alec não era um local de encontros clandestinos. Pelo que me lembro (salvo eu esteja enganada),quando o amigo, dono do apartamento, chega e percebe que havia uma mulher lá com o Alec, ele fica contrariado e pede ao Alec a chave de volta. O resto, essa inspiração para “Se meu Apartamento falasse”, fica por conta da imaginação de Billy Wilder. No mais, o filme é mesmo maravilhoso…

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