Do Que as Mulheres Gostam / What Women Want


Nota: ★★★☆

Anotação em 2006, com complemento em 2008: Uma delícia de comédia de costumes. Parte de uma premissa ilógica e absurda – é preciso desligar o botãozinho da lógica real para aceitá-la. O personagem de Mel Gibson, um publicitário em Nova York, um autêntico e acabado machista porco-chauvinista que acaba de ser preterido numa promoção e ganha uma chefe mulher (Helen Hunt), sofre um choque e a partir daí passa a ouvir os pensamentos das mulheres.

O choque é só o pretexto para que o filme discuta as diferenças entre homem e mulher – e as discute de forma inteligente, engraçada. Há sacadas deliciosas, divertidíssimas.

Mel Gibson, antes de dirigir o polêmico A Paixão do Cristo, estava em período de graça. A sensação que se tem é de que ele se divertiu pra burro – e está impagável, com caras e bocas ótimas. O elenco cheio de bons nomes está todo ótimo.

A diretora Nancy Meyers é uma mulher bem interessante. Nascida em 1949, fez seu primeiro roteiro em 1980, de A Recruta Benjamin/Private Benjanim, gostosa comédia feminista e progressista com Goldie Hawn – e já ganhou uma indicação ao Oscar. Em 1987, fez, também com o então marido, Charles Shyer, o roteiro de Presente de Grego/Baby Boom, dirigido por ele, outra boa comédia mansamente progressista, um manifesto anti-yuppismo e, remando contra a maré dominante, a favor da fuga da grande cidade e da ida para o interior. Este Do que as Mulheres Gostam foi o segundo filme que ela mesma dirigiu. E os dois que faria depois são também gostosos, divertidos, mas sobretudo inteligentes – Alguém tem que Ceder/Something’s Got to Give, de 2003, com Jack Nicholson e Diane Keaton, e O Amor Não Tira Férias/The Holiday, de 2006, com Kate Winslet, Jude Law e Cameron Diaz.

Do que as Mulheres Gostam/What Women Want

De Nancy Meyers, EUA, 2000.

Com Mel Gibson, Helen Hunt, Alan Alda, Marisa Tomei, Valerie Perrine

Música Alan Silvestri

Cor, 127 min

5 Comentários para “Do Que as Mulheres Gostam / What Women Want”

  1. Lembro que esse filme foi super bem falado e lá fui eu assistir esperando muito. Claro que não gostei tanto, mas tinha mesmo umas tiradas ótimas. Não achei assim nenhuma brastemp. Prefiro os outros dois filmes da diretora. Tb gosto de “Presente de Grego” (que tem uma das bebês mais lindas que já vi), mas nem sabia que era do ex-marido dela.

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